Meu corpo estava sendo guiado pela senhora Casa Blanca. Ainda não consigo me lembrar de seu nome ao certo. Camilla? Consoelo?
- Senhora Carmen, não precisava ter se levantado... - um dos dois homens, que ainda para mim eram desconhecidos, falava preocupado. O Carlos nem aquele ruiva escarlate estão aqui. Gracias a Dios.
Ah é... Carmen... Qual a diferença? Eu não sabia mesmo.
- Ah, tontinho, não se preocupe. Eu estou bem... - ela gargalhava enquanto me botava sentado ao lado do dela, e bem... Era constrangedor... Seus olhos pararam lá no fundo da sala de jantar, onde via o meu segurança. - Ber! Que surpresa! Quando é que você chegou? - uau... Ela nem o notou primeiro.
O sorriso tímido dele era engraçado. Tive que por uma de minhas mãos na boca pra ninguém perceber minha pequena pontada de humor.
Depois de várias negações da parte dele para se juntar a nós no café, ela conseguiu. Uma mulher totalmente inflexível e persistente. E pra minha surpresa ela o pôs sentado ao meu lado.- Ber?! - eu ri baixinho pra ele.
- Somente ela pode me chamar assim. - ele me advertiu, com um sorriso malandro nos lábios.
- Uhum.. tá sei... - virei minha atenção para os pães brancos quentes em minha frente e o ronco bateu em meu estômago.
- Nem ouse em me chamar assim. - seu tom por mais que parecesse sério, e charmoso, sabia que ele estava se divertindo com isso.
- É o que veremos. - eu ri, uma risada bem humorada. Aquelas que vem do fundo da alma, que corta qualquer tristeza dentro de você. É a primeira vez que dou uma desse tipo depois que tudo isso na minha vida aconteceu. E agora só estou achando a postura dele de "O-segurança-machão" era só no início. Ou de está na frente do Carlos.
No total que estavam na mesa eram sete contando com a gente, dois casais e a Sra. Carmen.
- Que porra é essa? - meus olhos foram rumo a voz familiar incrédula.
Carlos estava na porta parado, com os pés afastados e de braços cruzados. Seu cenho, por engraçado que seja, estava fazendo suas sobrancelhas se tocarem. Acho que alguém deve ter estressado ele pela manhã. Logo atrás a mulher ruiva escarlate, com seu short jeans, uma camisa amarela e uma sandália bege de cano-cadaço longo aparece ao seu lado, levando seus recentemente pintados a vermelhos dedos acariciando seus ombros. Ele parece nem um pouco se importando com isso. Eu suspiro, tentando controlar meu coração para não afundar mais ainda perante aquela visão escrota!! Será que eles dormiram no mesmo quarto? O que deve ter acontecido? Eu ergui uma de minhas sobrancelhas enquanto o encarava. Sinceramente? Eu já sei até a resposta.
- E isso é jeito de você chegar na hora do café com sua família? - eu falei, com uma frieza que até mesmo sua mãe deve ter sentido.
- Aí que menino mais mal educado! - a sra. Escarlate se entrometeu. Eu só pude direcionar minha atenção a ela com um sorriso cruelmente venenoso, e respondê-la.
- Bem... - voltei a mesa farta, fingindo que estava escolhendo algo para comer. - Esse assunto e problema só desrespeita a mim e ao seu noivo, querida. - eu peguei um pão branco e o parto ao meio. - Então, por favor, não se meta.
Carlos me encarou, aproximando-se de mim como uma bala. Agarrou e apertou meu braço com força para me fazer levantar da cadeira, me prendendo com seu olhar furioso.
- Temos que conversar. - disse com seus dentes rangidos.
- Carlos Eduardo! - eu não conseguir desviar meus olhos, mas sua mãe estava nervosa aponto de eu ouvir o som da cadeira arrastar no chão e suas mãos baterem na mesa com força.
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O Perseguidor
FanficEntre as vias do Rio de Janeiro, Augusto de Souza, uma garoto de lindos olhos castanhos esverdeados apenas de 19 anos, prestes a se graduar em administração. Seu temperamento agradável, porém forte, desperta um enorme interesse no possessivo Carlos...