- Hã? Eu estou correndo... Mas eu não lembro o motivo.
É estranho o meu corpo está se movendo sozinho, sinto as gotículas de suor no meu rosto todo os meus músculos se esforçando ao máximo para continuar indo para frente! Acabei de notar que minha respiração está muito ofegante por quanto tempo estou correndo?O corredor parecia não ter fim, além das grandes paredes de metal varias inscrições em vermelho nelas davam um drama de complexo secreto ao lugar, a palheta de cores que passavam do cinza para o azul escuro também só pioram as coisas.
-Que coisa estranha, consigo escutar alguns barulhos de tiro, mas eles não me atingem. Aviso?! Não tenho tempo para isso, depois daquele acesso ao corredor da direita eu penso melhor.
Após cruzar o corredor indo em direção a direita meu corpo começa a doer todos os músculos que estava se esforçando já não tem mais condições de continuar com aquilo minhas pernas dobraram o corpo ficou sustentado apenas pelo um ultimo esforço dos meus joelhos a visão já perdeu o foco nesse momento tudo é uma mistura turva do ambiente ao redor; Até que então uma voz faz um último suspiro de consciência voltar aquele corpo quase morto.
-Finalmente te encontrei!
Antes de poder responder qualquer coisa o som dos soldados se posicionando fez minha cabeça de mover instantemente olhando para trás, os soldados estão dando passos para trás com armas apontadas e uma expressão de terror em suas faces, é quase como se estivessem vendo a própria encarnação do mau.
-Então vocês estavam incomodando ele? Acho que não posso perdoar isso, você poderia me fazer um favor e morrer?
Com um sorriso no rosto ela começou a pular amarelinha até estar entre eu e os soldados, ela balançou a cabeça e os soldados começaram a gritar de dor pedindo socorro e uma a uma as cabeças deles começaram a explodir de dentro para fora a sala ficou cheia com uma mistura de sangue e miolos para todos os lados, mas incrivelmente eles nãos chagaram até a gente. Então ela se virou para mim, estava com um sorrido ainda maior seu rosto estava um pouco vermelho... Seria excitação?!
Mantando seus olhos fixos nos meus ela sentou ao meu lado e apoiou a minha cabeça em suas pernas.-Você deve estar muito cansado, descanse um pouco eu irei cuidar de você.
Mesmo tendo visto tudo aquilo meu corpo não conseguiu dizer não para aquelas palavras tudo foi ficando cada vez mais escuro até a consciência se perder completamente.
Ao abrir os olhos e olhar um tempo para o teto percebo que tem uma mensagem escrita com sangue:
" Desculpe não estar ai para ver seu lindo rosto acordando, eu tenho que cuidar de algumas coisas. Tenho certeza que nos veremos novamente até lá!"
Um tempo após estar totalmente consciente novamente noto a existência de um homem de meia idade com cabelos escuros sentando lendo um livro sentado a uns 3 metros a minha esquerda. Ele era estranhamente familiar como se tivéssemos laços de amizades por anos, ou laços de amor?
-Tudo bem por ai? Você dormiu por 4 horas se nos atrasou muito, não temos quase mais nenhum tempo para gastar aqui; Se levanta logo precisamos andar muito para ir embora desse lugar.
-Hã? Meu corpo está um pouco fadigado não irei conseguir ir muito rápido...
-Sua voz está trêmula e tensa, teve mais uma perca de memória?
-Sim, não recordo de nada além de correr até achar a garota que me trouxe até aqui, se me permite como descobriu?
-Seu olhar o denunciou, toda vez que me olha parece que vai perguntar quem eu sou, não irei responder. Só precisamos sair daqui, mesmo com a força tarefa tendo recuado por causa do ataque dela essa calmaria não vai durar para sempre.
-Sem problemas.
Inativamente estou confiando nele, não sei se isso é certo bem, vamos torcer para que eu não esteja errado.
Após o breve diálogo andamos em direção ao que ele explicou ser algum tipo de salão principal onde precisaríamos pegar um elevador para a saída. Não perguntei o motivo de um plano tão simples e fácil de se pensar já que até uma criança notaria que tem altas chances de dar errado.-Escutou? Sons de tiros logo a frente, prepare-se talvez tenhamos que matar algo.
A tonalidade na voz dele está um pouco estranha, não consigo sentir medo além parecer algo rotineiro pela maneira que ele fala essas coisas. Talvez, sejamos assassinos?
Por enquanto essa não é minha maior preocupação.-Certo, mas como iremos combater? Não temos armas ou, qualquer outra coisa que ajude...
-Pare por ai, precisamos nos focar em sobreviver, não como lutar!
Mesmo ele dizendo isso, notei algumas inconstâncias em seu olhar. Como se não acreditassem no que estivesse me falando, parece um adulto tentando confortar uma criança assustada.
Pensando bem, olhando bem para meus braços eles são pequenos, e minha altura também. Eu sou uma criança?-Os tiros sessaram vamos! É nossa chance de passar.
-Ok, vamos.
É indiscutível quanto mais vamos prosseguindo em direção aonde os disparam vinham o lugar parece menos seguros, uma mistura de órgãos, sangue, ossos e fezes para todo lado. É diferença de quando aquela garota explodiu a cabeça dos soldados; As pessoas aqui foram completamente trucidas, como se feras estivessem destroçado tudo por puro instinto.
Enquanto andávamos uma voz desconhecida tira nossa atenção.-VOCÊS SÃO MUITO ENGRAÇADOS! "TENTAR SOBREVIVER", VOCÊS NUNCA IRÃO SAIR VIVOS DAQUI!
Após tudo ter ficado em silêncio novamente um rosnado misturado com uma risada estranha começou a se aproximar até que a frente em uma parte pouco iluminada do corredor da escuridão emergiu uma criatura monstruosa. Ela parecia com uma cão andando em 4 membros devia ter uns 4 metros de comprimento além de 3 cabeças 2 humanas que ficavam nas extremidades e uma central cãnina que rosnava ferozmente e as humanas ficavam rindo sadicamente.
Estava distante em meus pensamentos, quando o velho me trás a volta puxando meu braço.-CORRA!
Meu corpo por extinto começou a correr o seguindo, entramos correndo em um acesso a esquerda nesse momento olhei para a criatura. Ela estava ali parada como se estivesse se divertindo com tudo aquilo. Esperando uma boa caçada?
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Exolvuntur
Mystery / ThrillerUm garoto recobra a consciência em um complexo cheio de corredores esgotado fisicamente, sem memórias e sendo perseguido.