O dia em que a conheci

549 51 8
                                    

*Era uma tarde de Outono de 1991, eu caminhava tranquilamente puxando minha bicicleta, havia completado meus exatos 10 anos, e estava me achando o dono do mundo naquele momento.
Avistava um banco em uma pracinha, e lá me sento. Olhava para o nada, o vento batia nos meus cabelos negros, atrapalhando minha visão. Bem longe vinha algumas voz, que aos poucos se aproximam, no princípio apenas vía duas sombras, mas aos poucos, tudo vai se formando. Uma mulher de cabelos castanhos junto a uma menininha, bem menor que eu. Ela parecia muito com a mãe, os olhos, os cabelos...
Elas vão se aproximando mais e o pequeno "anjinho", pois parecia um, sorri doce para mim, e eu retribuo o sorriso. Elas passam direto por mim, e quando já haviam se afastado a menina se virá e acena com mão para mim.

                      ************

23 ANOS DEPOIS.....

Rosáriooo!! - eu grito a procura de minha empregada

-Rosaaarioo!!! - novamente grito e ela aparece mais rápido que um relâmpago.

-Estou aqui menino! Para que tantos gritos?

*Rosário era uma mulher de uns 50 ou 52 anos por aí, ela estava comigo desde sempre, digo isso porque quando nasci ela já trabalhava na casa dos meus pais, era como uma segunda mãe para mim. Sua pele era morena puxada a negro e seus cabelos com o tempo ficaram grisalhos. Mas ela continuava a mesma, a minha nana! *

-Dá o nó na minha gravata? Estou atrasado para o meu primeiro dia na minha nova empresa!

-Claro! - ela larga o pano que segurava e toma minha gravata

-E como esta se sentido? Agora é dono de uma empresa!!

-Sim! Sou! Minha primeira empresa! Estou feliz e muito ancioso.

*Há alguns dias havia comprado uma empresa, que estava falindo, e sería meu primeiro dia*

-Prontinho! - ela termina de arrumar minha gravata e da dois passos para trás.

-Me dê a sua benção?

-É claro filho! Deus te abençoe!

-Amém! -lhe dou dois beijo, um em cada lado da bochecha.

-Tchau menino! E boa sorte!

-Obrigado!

*Havia botado meus pés para fora de casa,  era uma manhã fria de Inverno. Caminhei até o carro vermelho, que estava super na moda na época, abri a porta e entrei. Em menos de meia hora tinha chegado na "Revista", sim era uma revista de fofocas sobre famosos! Entrei no elevador e fui até o último andar, lá eu fui recebido por uma mulher alta, loira, e muito bonita.

-Bom dia senhor!

-Bom dia! Procuro a sala da Presidência! Sou o novo dono!

-Ahh, Claro! A primeira porta a direita! Seja bem vindo senhor!

-Obrigado!

*Apesar de ser bonita, a loira tinha uma voz fina e muito irritante. Eu seguia para a sala da Presidência, abri a porta, e meus olhos encontraram os belos olhos castanhos da mulher que estava sentada atrás da mesa presidencial, olhos tão lindos e tão meigos, olhos que eu tinha certeza que já havia visto, nem que tenha sido em outra vida. A dona dos olhos tão lindos se levanta e sorri, ela era bela, seus cabelos eram da mesma cor dos olhos, seu corpo era escultural.

-Bom dia! O senhor deve ser o novo dono da "Model", estou certa? -

*Eu a olhava incrédulo, como uma mulher poderia ser tão perfeita como ela? Acho que a melhor coisa que fiz na vida foi ter comprado aquela revista*

-Bom... Dia! Sim! Exato!

-É um prazer conhecê-lo! Sou Lucero, Lucero Hogaza!

-O prazer é todo meu! Sou Fernando Colunga!

*Sim, Fernando, esse é o meu nome. O nome do Homem que fez a dona desse par de olhos tão meigos sofrer tanto*

-Encantada! Bom eu sou a vice Presidente! Espero que não se encomode!

-Claro que não! Será um prazer, senhorita!

*Pego na mão dela e deixo um beijo no verso da mesma. Ela sorri gentilmente, aquele sorriso.... Era como um déjà vu! Já havia os visto antes. Mas onde?.... *

-Então, suponho que vai querer conhecer sua empresa!

-Claro! Eu quero muito! Você me acompanha?

-Ah, eu adoraria, mas não posso! Adelina vai fazer isso!

-Adelina?

-Sim!  A secretária! Ela está ali fora na porta!

*Ahhh Deus! A loira gostosa de voz irritante não! Qualquer pessoa menos ela. Odeio pessoas que tem voz fina e que tagarelam como papagaios*

-Quer que te acompanhe até lá?

-Não! Não é preciso senhorita!

-Ok! Então nos vemos mais tarde, senhor Colunga!

*Ela se virou e foi andando até sua mesa. Fiquei a olhando por um longo tempo, até que sai e fui atrás da tal Adelina*

Oiii xuxus! Tô eu aki de volta, espero que gostem!

Continua ou não? Deixem sua opinião é muito importante!

Déjà vuOnde histórias criam vida. Descubra agora