[COMPLETA]Jin Sun-Mi, uma jovem coreana possui poderes especiais, ela consegue enxergar coisas que ninguém mais vê no entanto sofre com isso, afim de se livrar dos espíritos malignos que a cercam, inocentemente ela faz um contrato mágico com o jovem...
Aquela notícia deixou O-Gong em estado de choque, pois ele não conseguia acreditar em uma coincidência tão impressionante.
- O quê? Você está me dizendo que... Não, não... - ele murmurou, perplexo.
- Você sabe, certo? Samjang possui um sangue com aroma de lótus, e quem o beber se tornará a criatura mais poderosa de todas e ainda ganhará um desejo - afirmou o Rei Demônio com ironia na voz.
O Grande Sábio se animou imediatamente ao imaginar quão forte e extraordinário poderia se tornar ao devorar Samjang. Son O-Gong também estava acumulando pontos para realizar um dos maiores prazeres de sua vida: beber. Ele apenas focava em eliminar alguns espíritos malignos que eram fortes o suficiente para gerar os pontos necessários.
Ele pegou seu casaco com pressa e se dirigiu até a Sala do Tempo, onde Soobori já o aguardava, imóvel. O ambiente, com suas paredes etéreas, refletia a calmaria de quem sabia muito mais do que estava disposto a dizer.
- Então, o Rei Demônio te contou sobre Samjang? - perguntou Soobori, sua voz serena, como se já soubesse a resposta.
- Exatamente. - O-Gong respondeu, sem perder tempo. - Mas, antes de tudo, eu vim tratar de um assunto mais urgente. A minha punição. Eu juntei pontos, agora exijo que o plano espiritual me liberte, que me permita beber novamente e retorne ao Mundo Espiritual.
Soobori o observou em silêncio, os olhos do guardião fixos nele, implacáveis. O Grande Sábio começou a sentir a tensão no ar, algo estava errado. Então, Soobori abaixou lentamente a cabeça, como se estivesse se preparando para dar uma notícia difícil.
- Você ainda não está livre... - murmurou o guardião.O-Gong ficou paralisado por um momento, o choque tomando conta de seu corpo. Ele estreitou os olhos e deu um passo à frente.
- O quê? - A voz de O-Gong saiu baixa, mas carregada de incredulidade. - O que você disse?
Soobori o encarou sem emoção, mas com firmeza. Não havia espaço para debate em seu olhar.
- Eu disse que você ainda não está livre da sua punição. - repetiu, mais uma vez, com uma calma desconcertante.
O-Gong ficou em silêncio por um instante, processando aquelas palavras. A raiva, no entanto, logo se transformou em uma explosão de fúria. Ele não podia acreditar naquilo. Ele havia cumprido as regras, lutado, destruído inimigos, acumulado pontos. Como assim ainda não estava livre? Sua paciência se esgotava rapidamente.
- Como assim?! Eu juntei pontos suficientes, seu maldito! - gritou, os olhos ardendo de ódio. Sua voz, carregada de desprezo, ecoou pela sala, enquanto ele dava um passo ameaçador em direção a Soobori. - Acha mesmo que vou aceitar isso?! Agora que sei da Samjang, vou devorá-la imediatamente! Vou obter poder o suficiente para beber o quanto eu quiser e, quando tiver esse poder, ninguém, nem você, será capaz de me deter! Nem os céus, nem o inferno... nada vai me parar!
A ira de O-Gong era palpável. A sala parecia vibrar com a energia destrutiva que emanava de seu corpo. Suas mãos se cerraram, e um tremor de raiva percorreu seu ser, fazendo com que o ambiente à sua volta começasse a se distorcer. Ele não conseguia mais controlar a força de sua raiva. Tudo ao seu redor começou a se partir, como se sua própria fúria tivesse o poder de destruir o espaço.
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— Você não pode matar Samjang, porque vocês têm um contrato perante aos céus!!! — gritou o senhor Soobori.
— Vamos ver isso. No final, serei eu a devorar Samjang. — retrucou O-Gong, dando as costas e indo embora.
***
Ao retornar para casa, O-Gong começou a berrar "Rei Demônio!" repetidamente, como um louco. Foi então que Woo apareceu, descendo as escadas com uma taça de vinho na mão, gargalhando.
— Você sabia que eu não poderia devorá-la! — exclamou O-Gong, irritado.
Woo parou diante dele, com um sorriso maldoso no rosto.
— Ah! Era só um detalhe de nada que eu esqueci de mencionar. — mal terminou de dizer isso, e Son lhe deu um tapa na mão, fazendo com que a taça caísse no chão.
— Eu não deixarei você ficar com a minha refeição! Eu terei o poder! Então, não encoste nela! — ameaçou, segurando com firmeza o braço de Woo.
Rei Demônio puxou o braço para se soltar e o encarou com seriedade.
— Mesmo se eu quisesse, não poderia devorá-la! Afinal, preciso me tornar uma divindade de qualquer jeito. Se a devorar, perco esse direito para sempre! — respondeu, com firmeza.
Son O-Gong apenas o empurrou e caminhou até a porta. Mas antes de sair, olhou-o com desdém e disse:
