Capítulo 25 - Dividindo o noivo...

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Julie voltou do almoço, até aquele momento não encontrou Samir, sentiu até um alivio, por que depois da noite passada, após quase se perder naqueles braços, teve a sua primeira visão da realidade do que ela representava para ele, era apenas a moeda de troca, para recuperar o dinheiro que não recebeu de seu avô, e pensando nisso decidiu que continuaria a ser a noiva falsa, até o seu aniversário e assim que fosse maior de idade, ela iria embora e pagaria tudo de uma vez, não tinha ideia de quanto o seu pai tinha, mas sabia que a Construtora Scott S/A iam muito bem, além de propriedades que ele possuía. Sentou na sua mesa que fora colocada naquela manhã, pegou os papeis e voltou a digitar os relatórios de estadia dos hóspedes. Taíra aproveitou que Julie voltou e foi almoçar, ela também tinha muito trabalho naquela segunda feira. Estava no elevador quando se lembrou que não avisou que o Senhor Kapur estava com sua noiva, na sua sala.

- Ela vai descobrir.... - Taíra deu de ombros.

Julie estava concentrada no que fazia apenas depois de três toques ouviu a campainha do interfone.

- Oi, quero dizer, pois não Senhor Kapur.

- Tai... Ranya é você? Cadê a Taíra? - ele perguntou curioso.

- Ela saiu para o almoço... em que posso ajudar?

- Ranya por favor, traga um copo de água com açúcar...

Julie achou estranho o pedido, mas foi levar o copo de água com açúcar, entrou e viu uma mulher sentada de costas para a porta. Atravessou a distância até a mesa dele, foi pega de surpresa pela mulher que virou a mão, batendo na bandeja que virou no chão, ouviu o som de vidros se quebrando, próximos a seu pé, mas isso não a incomodou o que incomodou foi ouvir a mulher gritar.

- Não é possível que ainda quer que eu aceite água das mãos dela, Samir o fato de aceitar este seu noivado de mentirinha, não quer dizer que vou ter que aturar ela... - Julie saiu, "não sou obrigada a ouvir esse tipo de discussão", sentou em sua cadeira e digitava furiosa.

Samir quase foi atrás de Julie, mas olhou para Susan que tremia, seus olhos injetados e vermelhos pelas lágrimas.

- Susan esta situação será por pouco tempo, não vou me casar com ela, mas preciso estar com Ranya até os meus pais irem embora, vou inventar uma briga com Julie e vamos terminar, mas não posso ainda, será muito duro para minha mãe, desde que Alía morreu, minha mãe estava murchando como uma flor, ela e meu pai estão tão felizes, agora é só alegria... por isso quero pensar em algo que não vai magoar minha mãe nem meu pai.... entenda.

- Samir e quanto a mim, você está pensando em mim?

- Susan você sabe que gosto de você, e assim que resolver tudo, vamos nos casar, mas não chore mais... - Ele se abaixou perto da cadeira dela e a abraçou e beijou suave os seus lábios. - Se ao menos você fosse meia indiana, teria mais chance de os convencer...

- Samir e se eu aprender? Quero dizer, não pode ser tão difícil ser uma esposa indiana... - Samir a olhou espantado.

- O que quer dizer? - Se levantou confuso.

- Fui clara, eu posso vestir as roupas, comer as comidas aprendo até umas expressões, já até sei algumas de tanto ouvir você falar.... e neste mês que ficarei aqui eu os convenço que sou muito melhor para você, do que aquela, aquela... garota. Por favor, pense bem nós nos amamos e não vale a pena eu ficar aqui discutindo... tenho certeza que seus pais, vão me amar até o nosso casamento.

- Não isso é loucura... Susan, eu gosto de você, mas essa sua ideia tem tudo para dar errado, primeiro que uma mulher indiana vai muito além de roupas e saber falar, tem toda uma tradição que aqui na Índia é muito forte.... tem a submissão, tem a religião e tem a Casta, cozinhar, cuidar da casa, do marido e dos filhos... - Ela não ouviu o que ele dizia e continuava divagando em sua ilusão.

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