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Se passaram 6 anos, já não estávamos mais na universidade. Tínhamos trabalhos fixos, um carro comprado e era a noite de nosso casamento. Maxime e Gabriel eram meus padrinhos, além de dois primos meus. E por escolha de Tina, Dara e Louise também estavam entre as madrinhas.

Minha família inteira não pode vir, então resolvemos optar por um evento menos exuberante. Meu pai, minha mãe e alguns tios primos conseguiram ir. A família de Tina, que já gostava de mim, estava presente lá. Faltaram algumas pessoas mas isso não impediu de ter dado certo.

O  casamento foi verde.

Eu usava um terno verde e com uma roupa branca por dentro. Não sabia o que Tina usava até o momento em que ela entrou pela porta daquela igreja. Eu fiquei totalmente paralisado em cima do altar.

Ela estava linda.

Um vestido verde claro longo e bordado, seus cabelos loiros estavam presos em forma de coque e ela usava um tipo de tiara com diversas flores brancas e verde. O buquê também era branco e verde.

Nos poucos segundos em que ela andava pelo corredor de cadeiras, fiquei horas notando a beleza dela, o tempo não se passava. Até que ela chegou no altar.

A ocasião foi se seguindo, até a hora de ambos dizerem "Sim" e trocar seus votos. E tudo deu certo.

Às palavras do padre, eu a puxei para perto e dei um beijo na frente dos nossos amigos e famílias. Ali a minha vida com ela começou.

Houve uma pequena festa, nos reunimos e comemoramos. Deixamos para fazer uma comemoração maior com amigos e outros familiares em outro dia.

Ela ainda fez questão de jogar o buquê. E a que conseguiu pegar foi Dara, que anos depois se casa com Maxime, mas isso já é outra história.

 E a que conseguiu pegar foi Dara, que anos depois se casa com Maxime, mas isso já é outra história

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Três anos já tinham se passado. Agora, entre nós, havia uma pequena garotinha que se chamava Lina Lemaire. Ela tinha 2 anos e já era muito alegre e bagunceira.

Entretanto. Junto com a garotinha, problemas surgiram dentro da casa e entre o casal. Isso fez com que um buraco abrisse dentro de meu peito.

Um dia, passeando pela antiga e memorável Pont des Arts, Tina e eu tivemos uma grande briga. Lina estava em casa com a babá Jeanne.

Durante a briga, que não foi leve, muitos xingamentos e gritos foram proferidos de um amante ou ao outro. Um fato engraçado foi de que quando tínhamos checado o cadeado de nosso amor, ele estava rachado.

Após não aguentar mais aquela briga e com lágrimas nos olhos, Tina correu olhando o chão. Eu corri atrás dela.

- Tina! Espere! - Eu gritava. Quando eu via o que estava prestes a acontecer eu gritei mais ainda. - Tina! PARE! - Ela não me ouvia.

Quando foi atravessar a rua, um ônibus passava e a acertou.

Eu corri o mais rápido que pude para checar ela. Estava em um estado péssimo e não estava acordada, mas seus pulso ainda batia. Eu liguei para uma ambulância. Corri o mais rápido possível até nossa casa, eu chorava, tentei contar para Jeanne o que aconteceu, mas nenhuma palavra saía da minha boca. Eu peguei alguns documentos e voltei correndo. Fui correndo até o acidente, a ambulância chegou e fomos até o hospital.

Eu não saí nenhum momento do lado dela até os médicos me segurarem para não deixar eu entrar na sala de emergência para onde ela estava indo.

Os dias se passaram, e em todos eles eu ia até o hospital ver como ela estava se saindo...

Até não precisar mais.

- Papai! - Lina falou com uma voz de sono

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- Papai! - Lina falou com uma voz de sono. - Você está me acordando. - Vai dormir, já está tarde.

Mark estava deitado ao lado da filha e não tinha percebido que ela já tinha caído no sono desde as primeiras palavras que ele tinha dito. Ele sempre se empolgava contando essa história.

- Ah, desculpe-me minha flor. - Ele deu um beijo na testa dela. - Boa noite. - Falou, saindo do quarto da filha e indo para sua cama, pensou um pouco, e acabou adormecendo.

No dia seguinte, já às 6:00 da manhã ele acordou a filha, que relutantemente se levantou.

- Vamos acordar, está na hora de ver sua mãe. - Mark falou a Lina.

Eles se arrumaram e saíram caminhando. Enquanto os minutos se passavam, as lojas iam se abrindo e eles foram em uma floricultura. Lá, Mark comprou um buquê de flores idêntico ao que fora usado em seu casamento.

Eles atravessaram a ponte que lembrava sempre do amor de Mark por Tina. Mas ela não havia mais nenhum cadeado, pois estes foram retirados para preservar a ponte e evitar um desmoronamento, pelo menos era o que a prefeitura dizia.

E foram andando. Chegaram em frente a um cemitério que havia por lá, e adentraram o prédio que ficava do outro lado da rua.

Ao entrar, subiram uma escada, e lá estava ela, mais bonita do que nunca.

Tina estava sentada explicando parte de uma matéria para diversos alunos. Mark bateu na porta. A mulher estranhou.

- O que você faz aqui? - Tina perguntou.

- Feliz sétimo aniversário de casamento. - Mark falou enquanto puxava a mulher para um beijo.

Enquanto a felicidade se espalhava pelos dois corpos e gritos de alegria saíam de dentro da sala de aula, Lina fechava os olhos para não ver o beijo.

Ela amava ambos, pai e mãe.


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