Cap37 - Temos visita

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 Bakariel pega a faca angelical do chão, e começa a ir em direção ao demônio, que fazia sinais com as mãos, como se pedisse piedade.

O anjo era forte, e lutava com todas suas forças, mas isso não era o suficiente, o demônio conseguia retardar seus movimentos com seu poder. Alguém precisava equilibrar a briga.

Corro para ficar perto dos meus amigos, passando fora do pentagrama no centro da sala.

 Samuel: - Eu cansei desse demônio, me dá as correntes, Laura!

Samuel pega as correntes entregues por Laura e corre para o centro da sala, onde Bakariel e o demônio travavam sua batalha.

 Nat: - Henrique! Vai ajudar ele, a gente dá conta deles!

 Eu: - Deles qu... Ahhh - Os demônios que havíamos trancado na sala de baixo, estavam vindo para esta sala.

 Laura: - Vai!

Sem discordar, corro para a batalha. Mesmo com Samuel ajudando, parecia desigual a luta. Após algum tempo de luta, corto a canela do demônio, e Samuel lança as correntes ao seu redor.

Bakariel se aproxima e faz um corte na garganta dele, um corte pequeno e quase superficial, do lugar surge um fio de luz branca, que vai até os lábios do anjo, essa era sua graça.

Quando a luz finalmente some, a sombra de Bakariel cresce na parede, mas dessa vez com asas, asas num estado quase tão deplorável quanto as de Laura durante sua fusão, faltando penas por toda parte.

Como um golpe final, o anjo usa a lâmina em suas mãos para perfurar o pescoço de seu inimigo no mesmo local do corte. O corpo pareceu piscar algumas vezes em um tom alaranjado, antes de cair sem vida no chão.

 Nat: - Gente, e a Ana?! - Ela grita do outro lado da sala.

As meninas haviam dado conta dos dois demônios, Suellem tinha manchas de sangue perto dos lábios e Natasha segurava a faca angelical, que pingava sangue.

Nos juntamos perto de Ana, mesmo acorrentada em uma cadeira e com sua boca tapada por uma fita, seu olhar era bem expressivo: "Me tirem daqui logo!"

 Samuel: - Como a gente tira ela daí?

 Suh: - Não tem fechadura em lugar nenhum.

 Laura: - Henrique, derrete as correntes!

 Eu: - Mas pode queimar ela...

 Laura: - Dá um jeito.

Suspiro alto, sem medo de ser ouvido. Procuro por uma ponta mais frouxa das correntes, assim não teria o risco de queimá-la. Depois de muito procurar, encontro uma parte mais folgada da corrente, que não estivesse encostando na pele de Ana.

Seguro aquela parte com as duas mãos, crio calor e logo consigo ouvir o chiado do metal derretendo, a mistura de corrente meio sólida meio líquida escorre pelos meus dedos. As correntes caem por não estarem mais unidas, Ana levanta se livrando das correntes que haviam ficado por cima de si, Laura chega mais perto e puxa "delicadamente" a fita na boca de Ana.

 Ana: - AI! DOEU!

 Laura: - De nada anjinha.

 Samuel: - E agora? A gente simplesmente vai deixar tudo assim?

 Suh: - Chama o Ross, que ele limpa a bagunça.

Apesar de não gostar muito da ideia de colocar Ross para dar um jeito em nossa bagunça, não tínhamos outra opção, não sabíamos como dar uma jeito em corpos, ou como dar desculpas esfarrapadas do porquê a igreja estava fechada.

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