RENEGADOS

Uma missão sem pontos nos i's

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  Aline está tomando tranquilamente seu café quando  Nay chega do nada para interrompe-la.

- E aí bebê? - diz Nay com seu jeito de sempre parando ao lado da mesinha que Aline estava sentada.

- Tô tomando café. - responde Aline com seu humor de sempre.

- Reparei. - retruca Nay irônica. - mas não temos tempo.

- Por que?

- O chefe disse que temos uma reunião com ele.

- Ouviu o recado que a Débora deixou na secretaria eletrônica? Se ela descobrisse que somos agentes do FBI ela esganaria a gente.

- Eu ouvi, mas isso a gente vê depois, toma logo esse café! Tive que limpar a sua sujeira na cozinha!

- E quem mandou roncar a noite toda? Cê quase derrubou a casa! Assim não tinha concentração que aguentasse, cochilei mesmo fazendo o café da manhã!

- Parece uma velha reclamando.

- Saudade de quando éramos as três velhinhas... - diz Aline nostálgica.

- ALINE, BEBE LOGO ESSE CAFÉ! Antes que eu derrube ele nessa tua chapinha aí. - rosna Nay.

- Amor, não é chapinha. É selagem. E custou 200 dólares. - respondeu Aline passando a mão nos fios lisos.

- BEBE LOGO!

- Tio, embala pra levar! - disse Aline rendida ao garçom.

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  Saímos correndo e entramos no primeiro táxi que surgiu na nossa frente. Tá. O táxi quase nos atropelou e o motorista só nos aceitou porque mostrei meu distintivo para ele.

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- Mana, precisava jogar o café na careca daquele tio? - perguntou Nay quando entramos no quinto andar do prédio onde trabalhavamos.

- Ele tava dando em cima da gente. - me defendo.

- Era só ter deixado ele pra lá.

- Mas o café tava horrível. Tinha que arrumar uma utilidade pra ele. - dei de ombros.

- Ah... - Nay bateu na porta do escritório do nosso chefe.

- Entrem. - ouvimos a voz abafada do chefe dizer. Nay abriu e entrou comigo atrás, fechei a porta atrás de mim e ficamos em pé diante da mesa dele.

- Tá bonitão, chefe. - disse Nay com seu jeito paquerador.

- Gravata nova? - completei.

Ele arrumou a gravata.

- Tenho uma missão pra vocês.

- Outra? - pergunto. Nay me dá uma cotovelada.

- Deixa ele falar. - ela resmunga.

- Eu preciso que vocês vigiem um cara.

- Quem?

- Chris Evans. - disse abrindo uma pasta amarela. Tira de lá uma foto tirada as escondidas de um homem com a barba castanha por fazer.

- Tá, chefe. Deixa com a gente. - Diz Nay abrindo a porta e me puxando pra fora.

- Espera! - digo a ela e volto a perguntar. - Porque?

- Saberão em breve. - disse o chefe Nay me puxou para fora.

- Eu nem expliquei os detalhes da missão. - disse o chefe se levantando.