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Todos os dias era a mesma coisa, levantar, trabalhar, conviver, jantar e dormir. Durante estes últimos dias tenho vindo a aproximar-me mais de todos os rapazes, eles até são simpáticos e alguns deles são muito bons amigos. Mas, finalmente, tinha passado um mês e isso quer dizer que a qualquer momento aquela caixa ia subir com alguém novo.

Estávamos todos a trabalhar até que começámos a ouvir um barulho que já era familiar a todos. Fomos a correr até à caixa e assim que ela parou, abrimo-la e um rapaz ficou a olhar para nós como se fôssemos extraterrestres.

Nós ajudámo-lo a sair da caixa e assim que já estava cá fora começou a correr desesperadamente em direção ao labirinto, os rapazes estavam quase todos a rir mas eu fiquei a olhar para ele com um pouco de pena para dizer a verdade, pois eu sei que ele queria sair dali, quer dizer queremos todos, mas não há saída por enquanto... O rapaz estava quase ao pé das portas do labirinto até que o Minho(o corredor, que vinha a sair do labirinto) o apanhou e não o deixou continuar.

- Deixem-me sair! - gritou ele.

- Só se quiseres morrer! - gritou Minho de volta.

- Mesmo que quisesses nós não deixava-mos! - disse Gally (um dos rapazes que está lá desde o inicio).

- Como assim só se eu me quiser matar? - perguntou ele confuso.

Antes que alguém conseguisse dizer alguma coisa as portas do labirinto começaram-se a fechar e nós ficámos todos parados a ver aquilo a acontecer, em silêncio.

- O que é que está a acontecer aqui? - perguntou Alby.

- O novato tentou fugir. - disse Newt.

- Eu entendo, queremos todos sair daqui, mas agora deixemos isso de lado e vamos mas é fazer a nossa festa....ou não querem? - disse Alby com um sorriso a olhar para nós.

- Claro que queremos! - disseram quase todos os rapazes em coro.

Lá foram eles que nem uns malucos a correr para começarem a festa e enquanto isso eu olhei para trás e vi que o novato ainda estava no chão com uma expressão um pouco assustada, então fui ajudá-lo.

- Estás bem? - perguntei esticando a mão para o ajudar a levantar.

- Estou. - disse ele agarrando na minha mão e levantando-se - Obrigado.

- Então? Lembras-te do teu nome? - questionei.

- Hmmm....Por acaso sim, lembrei-me à pouco quando bati com a cabeça no chão.... É Thomas. - respondeu.

- Ui deve ter doído, não? Queres que te leve aos médicos para verem se estás bem? - disse eu olhando para ele. - Já agora eu sou a Elena.

- Não é preciso, obrigado, eu acho que estou bem. Já agora, és a única rapariga aqui? - perguntou.

- Infelizmente sou. - retorqui.

- E estás aqui há muito tempo?

- Não, eu cheguei no mês passado. Imagina a reação deles ao verem que era uma rapariga... - ri-me.

- Pois, acredito. - ele sorriu.

Nós fomos até perto da fogueira, pegámos no nosso jantar e fomo-nos sentar a comer. Assim que acabámos eu levei o novato para o apresentar a toda a gente e reparei que o Gally não gostava muito dele, não consegui perceber porquê mas tenho quase a certeza de que não gostava, dava para ver na cara dele.

Nós ainda ficámos ali um pouco a falar uns com os outros, gritar, dançar e etc... mas como começámos todos a ficar cansados e como no dia seguinte tínhamos que trabalhar fomos para as nossas camas. Chuck arranjou uma rede para Thomas, ele agradeceu-lhe e deitámo-nos todos, cada um na sua cama.

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Editado: 07/12/2019


The Maze Runner • A different storyOnde histórias criam vida. Descubra agora