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Capítulo especial para entender a história da mãe da Maju.

Alana

Conheci o Bertão através do meu primo o Jhon, tinha só 14 anos quando o conheci o Bertão, no princípio sabia que séria só mais uma pra ele, mais me surpreendi ele me tratou muito bem era tão carinhoso, amoroso que até dúvidava.

Quando ia completar meus 15 anos faltava dois dias, comecei a enjoar e vomitar. Minha mãe nunca gostou muito de Bertão a mesma cansava de dizer que ele seria minha perdição.

Mãe: Alana tu tá grávida daquele marginal.- disse.

Alana: Não mãe, que isso!

Mãe: Vou comprar um teste pra tu.- meu corpo todo gelou, sabia que eu tava grávida só não queria aceitar a idéia.

Depois de um tempo ela volta com dois teste e me entregou. Fiquei encarando meus dedos.

Mãe: Vai fazer logo esse teste Alana, to de brincadeira não!- engulo seco.

Fui até o banheiro e fiz os dois, esperei uns dez minutos e olhei. Deu positivo.

Me senti sem chão, sabia que dali em diante minha vida era resumida nessa criança em meu ventre, a parti dali saberia que tudo seria para esse bebê meu tempo seria todo dedicado a ele, não sabia o que fazer grávida aos 15 anos.

Mãe: E aí o que deu?- chegou na porta do banheiro.

Alana: Eu to grávida.- disse com os olhos cheios de lágrimas.

Mãe: Não acredito Alana, tu só tem 14 anos. Eu te falei pra você parar de andar ali mais você não me escuta, olha agora grávida de um traficante tu é a vergonha da nossa família... você não vai ficar na minha casa com essa criança ou você tira ou sai daqui.

Não acreditei no que minha mãe tinha acabado de dizer, como ela pode me dizer isso é meu filho neto dela. Que tipo de ser humano fala isso?

Alana: Não vou tirar o meu filho, eu errei mais a criança não tem culpa.- as lágrimas desciam por meu rosto.

Mãe: Sai da minha casa agora! Esquece que sou sua mãe, eu não sou nada desse coisa aí na sua barriga.- apontou pra minha barriga.

Fui em direção ao quarto pegar minhas coisas mais ela me parou.

Mãe: Você não vai levar nada, só a roupa que você tá vestida e pronto.

Sai dali chorando pensado pra onde eu ia, não iria contar para Bertão tinha medo dele rejeitar e dizer que não era dele. Fui pra casa da minha tia esperando que ela me ajudasse.

Cheguei na casa da minha tia a mesma conversou comigo me falou que fui errada em não me prevenir mas a criança não tem culpa e que ela iria me ajudar a cuidar do bebê.

Sumi por um tempo e sabia que não podia esconder a gravidez por muito tempo.

(...)

Já estava no oitavo mês de gestação e era um menino, durante esse tempo ninguém nunca soube onde eu estava, meu primo Jhon me disse que o Bertão sempre perguntava de mim pra ele.

Minha tia conversou comigo e disse que mais cedo ou mais tarde teria que contar pro pai da criança. Então tomei a decisão de contar a Bertão, mais quando cheguei na casa dele vi a cena que partiu meu coração Bertão estava com outra. Sai dali antes que ele notasse minha presença.

Decidi que ele nunca iria saber da existência do bebê. Meu filho eu iria criar sozinha.

(...)

Já tinham se passado dois meses já tive o meu bebê o Lucas, minha tia e meu primo sempre me ajudavam mais eu queria poder trabalhar conseguir o meu próprio emprego.

Deixei meu filho com a minha tia e fui atrás do meu pai ele era dono de duas lojas de roupas, o mesmo tinha se separado da minha mãe a três anos.

Conversei com meu pai e o mesmo disse que minha mãe não falou nada com ele, papai disse que desejava ver o neto expliquei minha situação e o mesmo disse que me apoiaria a cima de tudo.

Meu pai nunca foi presente mais ele sempre me apoiou e me repreendeu quando tava errada.

E fui justamente nesse mesmo dia que conheci o Marcos ele foi tão gentil tão atencioso, dai começamos uma amizade mais não contei que tinha um filho. Depois de meses Marcos me pediu em namoro eu o amava muito, queria muito contar do Lucas mais tinha medo dele me julgar.

Tinham se passado alguns anos consegui terminar o ensino médio Marcos me ajudou muito consegui um emprego e sempre que podia ia visitar meu filho. Descobri que estava grávida novamente, dessa vez era uma menina fiquei muito feliz e Marcos principalmente, não havia falado pra ele que tinha outro filho.

Decidimos que só escolheriamos o nome quando nascer.

(...)

Estava com minha bebê em meus braços, uma emoção tomava conta de mim.

Alana: Agora a gente tem que escolher o nome.- disse com minha pequena nos braços.

Marcos: Ela vai se chamar Maria Júlia ''jovem senhora soberana''.

Alana: Lindo nome.- segurei a mão da minha bebê.- minha Maria.

Minha bebê já estava com 1 ano, hoje descidi levar Maria pra minha tia conhecer e o Lucas conhecer a irmãzinha. Quando cheguei no morro a primeira pessoa que encontrei foi o Bertão, tentei passar por ele mais o mesmo me impediu.

Bertão: Preciso conversar contigo.

Alana: Me solta.- gritei.

Maria logo começou a chorar, balançei a mesma que se acalmou.

Bertão: Por que tu me escondeu o moleque?- perguntou.

Alana: Como você sabe do Lucas?

Bertão: Me fala logo.- aumentou o tom de voz.

Alana: Não escondi, quando cheguei aqui pra te falar que tava grávida você tava com outra na cama.

Bertão: Quero meu filho aqui comigo.- nego.

Alana: Você vai ver ele só que comigo junto.

Bertão: Tu acha que vou tocar um dedo na minha cria, essa menina e a tua com policial?

Alana: Para de envestigar minha vida, me deixa em paz.

Bertão: Só quero o meu filho.

Depois desse dia Bertão queria passar o tempo todo com Lucas ele se apegou muito ao pai, comecei a me afastar de Marcos, só vivia mais no morro também ele não saia do batalhão. Mal nos víamos.

Durante oito meses Bertão e eu ficamos algumas vezes tive a certeza que quem eu realmente amava era Bertão, o mesmo disse que me amava e queria a nossa família formada.

Só que ele não aceitaria Maria porque ela era filha de um policial, Bertão disse que se não deixasse a Maria lá ele tomaria o Lucas de mim.

Me separei do Marcos deixando minha filha com a Luísa a babá da mesma, sei que errei e até hoje me arrependo disso.

6 anos depois o Bertão resolveu aceitar Maria, então fui atrás do Marcos para pegar a minha filha só que ele não queria me da minha filha disse que ela ficaria melhor sem mim e que ela nem lembrava de mim.

Ao ver que Maria nem notava minha presença deixei a mesma lá com o pai, sabia que com o Marcos ela seria mais feliz do que comigo.

Amor com Traficante(Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora