Belinda Stiller ( EM BREVE )

Epílogo

- Que surpresa em vê-lá senhorita! - Fala, o investigador sentando-se na minha mesa sem ser convidado.

Continuou encarando o meu copo de vinho, ignorando sua presença.

A beleza dele me distrai, e odeio isso. Se distrair é sinônimo de fraqueza. E eu não posso ser fraca.

Levo o Malboro entre os lábios, tragando forte, para em seguida soltar a fumaça em sua direção e o olhando de soslaio. O mesmo apenas ri descontraído.

- Tenho minhas dúvidas senhor .... - Digo, circulando a visão pelo bar, entre a multidão que se movimenta.

Óbvio que não foi por acaso!

Constato, mirando o meu olhar para três homens no balcão, vestido casualmente em uma conversa por cima da música baixa que soava no recinto, rindo desesperadamente.

Pareciam nervosos.

Nervosos demais.

São rapazes grandes e vistosos. Passariam despercebidos a olhos alheios, exceto por mim.

O volume da camisa pólo listrado do moço moreno por trás, denuncia uma arma.

Um montão no cós, na parte da frente da calça preta do tatuado e na bermuda verde-lodo do outro, não é bem o que algumas das mulheres que andam por perto e analisam o ponto, achando ser outra coisa.

Bem que eles queriam!

Esse bairro é calmo. Então porque andar armado?

Por dois simples motivo : Para atacar e para defender-se.

Meu sorriso se alarga. Apago o cigarro no cinzeiro que é destribuido por todas as mesas daquele lugar. Pego o copo a minha frente, despejando o resto do líquido branco em minha boca de um gole só e sorriu simpática para o homem sentado na minha mesa.

Hunter arqueia a sombrancelha e bufa.

Ele é atento e já percebeu que essa será apenas mais uma de suas inúmeras tentativas falhas, de capturar-me.

- É sempre um prazer encontra-ló, senhor Scott!

- Igualmente senhorita Stiller. - Diz, a contra gosto.

O momento em que ele baixa os olhos, e a hora certa de sacar minha arma do coldre preso em minha coxa e disparar na luminária do teto, tornado o lugar meia-luz, para facilitar minha saída. Com o aglomerado de pessoas gritando e correndo amedrontadas, me levanto sem pressa alguma.

Me dirijo despreocupada até a saída dos fundos e olho para trás, encontrando um investigador irado, de cara feia me olhando de volta, juntamente com os 3 grandalhões. Pisco o olho marota e sumo de sua vista.

Ando a passos lentos por um beco estreito e escuro, atrás da minha bebê estacionada logo a frente.

Sorriu ao perceber que ela brilha em contraste com a lua.

Subo na minha moto, e rumo para o meu aparty.

Necessito de um banho quente, na banheira com sais e óleo.

Relaxar com uma taça de vinho em mãos. A madrugada será bem produtiva.

800 mil Euros. É o preço que se paga, para ter uma pedra do seu caminho.

Prazer. Sou Belinda Stiller!