Ela vem em minha casa
Ela me fez descer as escadas
Me diz: vamos ser livres
Até sentamos na calçada.
Olhamos no olho
Conversamos sobre assuntos sociais
Eu comento
"Por deus, do mundo insano me livrais".
Nós corremos feito loucos
Nós passamos os sinais
Porque por uma noite
Essas regras são banáis.
Nos deitamos na grama
Nos chamam de animais
Pessoas passam despercebidas
Libertamos o sagaz.
E mesmo que um dia precisarmos dizer "até jamais"
Eu ainda lhe vejo em mim
Porque você é minha paz.
Mas você foi embora
Partiu daqui e partiu meu coração
Mas não esqueço o que passamos
Nada foi em vão.
Meu erro foi esperar de mais
De quem eu sabia ter alma e pé no chão
Meu erro foi esperar a calmaria
De quem sempre será furacão.
Meu erro foi esse
Não compreender os teus sinais
Querer sempre um começo
Esquecendo da ideia de finais.
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Contos Poéticos
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