Capítulo 17

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Ao terminar a minha aula na faculdade, sinto meu telefone vibrar no bolso, tirei ele do bolso e olho para ver quem estava me ligando e vejo o nome da delegada Silvia, atendo o telefone dizendo:

— Oi, Silvia pode falar.

— Preciso falar com você, pode me encontrar ali naquele restaurante da esquina, na frente da delegacia? Eu vou almoçar ali hoje, e preciso falar com você com urgência, e precisa ser fora da delegacia.

Olho para o relógio e vejo que já é quase meio-dia, então eu respondo dizendo:

— Te encontro lá daqui meia hora, pode ser?

— Pode ser, só vou terminar algumas coisas que eu tenho para fazer aqui e já estou indo para lá.

— Até... ─ Desligo o celular e o coloco no bolso novamente, vou até a sala dos professores para deixar alguns materiais lá, em seguida vou para o estacionamento, pego meu carro e me dirijo ao restaurante para me encontrar com Silvia.

Meia hora depois, entro no restaurante e vejo Silvia sentada em uma mesa mais no canto. Quando me vê, ela faz um sinal e vou até lá, ao me aproximar ela levanta e me cumprimenta com dois beijinhos no rosto e assim que sentamos, olho para ela e digo:

— Me atrasei um pouquinho, o trânsito estava complicado.

— Sem problema, também acabei de chegar, pois me atrasei um pouco lá na delegacia. Você almoça comigo?

— Claro, preciso almoçar mesmo.

Ela fez um sinal e a garçonete logo se aproximou com os cardápios, eu escolho um bife, arroz e batata frita com um pouco de feijão e Silvia preferiu uma salada. Assim que a garçonete anotou os nossos pedidos, ela se retirou, e Sílvia apoiou os cotovelos na mesa olhou séria para mim e disse:

— O que eu vou te falar aqui, não pode sair daqui, é confidencial. Se você falar você pode me complicar, eu sei que você não irá fazer isso. E eu só vou te falar, porque eu conheço você e sei que você não irá me prejudicar.

— Mas o que aconteceu?

Ela olha em volta para ver se havia alguém prestando atenção em nossa conversa, como não havia ninguém, ela se aproxima da mesa e diz:

— Hoje pela manhã, uma moça denunciou você de ter abusado dela... ─ Fico sem saber o que falar e não sei nem o que pensar, simplesmente respiro fundo, e pergunto:

— Você poderia me dizer quem é a moça?

Silvia olha na mão dela, onde havia anotado o nome e responde em seguida:

— Marcela Santiago. Você conhece?

Eu não sabia se eu ria ou se eu chorava de raiva, só podia ser coisa do João. Ele realmente estava em desespero e estava usando a futilidade de sua irmã para tentar me atingir.

Silvia começou a rir e disse em seguida:

— Mas como toda a mentira tem perna curta, nós já descobrimos que é mentira dela... ─ Ela respirou fundo e continuou falando em seguida: — Que ela foi agredida e abusada por alguém ela foi, pelo menos isso os exames confirmaram, mas não foi por você, isso eu tenho certeza.

— Como assim?

— Pela hora que ela disse que aconteceu, pois ela disse que aconteceu no sábado à noite, por volta da meia-noite, no estacionamento da faculdade. E aquela hora, você estava no apartamento da Renata... ─ Ela deu uma risadinha e concluiu em seguida: — Você chegou por volta das 21h 30 minutos no apartamento e saiu só no domingo de manhã, então não pode ter sido você, e as câmeras do edifício comprovaram isso.

AMOR A TRÊS - O ENCONTRO.Onde histórias criam vida. Descubra agora