Quando Scarlett acordou naquela manhã de primavera a primeira coisa que ela percebeu que havia passado embaixo de sua porta eram três envelopes grandes com brasões diferentes.
Scarlett nunca tinha recebido um envelope como aquele, mas ela como mãe já sabia bem o que eles significavam e ela sorriu enquanto os recolhia e ia na direção da cozinha que também era caminho para o quarto de sua filha.
Molly ainda dormia, ela tinha chegado tarde na noite anterior e estava aproveitando um sono muito pacífico. Ela até pensou em acordá-la para mostrar os envelopes que há meses sua filha estava aguardando, mas achou que havia maneiras mais tranquilas de se acordar como por exemplo o cheiro de bacon no ar.
- Parabéns princesa... – murmurou beijando a cabecinha dela e então colocando os três envelopes na mesa de cabeceira.
O cheiro de bacon, o barulho da faca cortando as frutas e passarinhos cantando no plano de fundo tornaram o sono de Molly mais leve. Havia também uma fresta de luz que escapava da cortin quando de madrugada William pulou a janela para ir pra casa.
Molly abriu os olhos lentamente, piscou duas vezes e se espreguiçou, soltando um longo bocejo enquanto acostumava-se com a claridade e seus músculos adormecidos se alongavam.
Aos poucos as paredes amarelo-pálido de seu quarto se tornavam mais nítidas, assim como a mala que tinha sido abandonada num canto para ser desfeita no dia seguinte. Ela rolou para o lado da mesa de cabeceira a fim de checar as horas quando percebeu que havia algo diferente, o familiar brasão de uma das escolas espantou o sono e quando deu por si Molly estava sentada segurando três envelopes grandes das três escolas que tinha se candidatado.
Quando Scarlett escutou os gritos, ela desligou o fogo e foi correndo até o quarto para ver Molly pulando na cama e abraçando seus três envelopes.
- Eu passei! Eu passei em todas! Bem-vinda a Oxford, Srta. Hammond. – ela dizia em êxtase. – Bem-vinda a St. Andrews, Molly. Temos o prazer de anunciar que você foi aceita na primeira chamada para a Universide de Yale.
- Eu estou tão feliz por ter te encontrado no lixo quando estava saindo do bar.
Molly riu e então pulou da cama para abraçar sua mãe. Não demorou para que Cyrus, que já tinha acordado e tinha sido o primeiro a ver as cartas, descesse as escadas para se meter no abraço das duas.
- Que privilégio, Mols. Você pode escolher para onde quer ir. – disse Cyrus enquanto eles tomavam café da manhã.
- Eu sei! – Molly disse com a boca cheia de bacon. – Eu preferia que talvez tivesse sido aceita em só uma!
- Você vai tomar a decisão certa. – Cyrus disse confiante. – Os buldogues vão te receber bem,
- Cyrus, não. – Scarlett disse o beliscando. – Ela vai decidir sozinha para onde quer ir.
Ela não queria pensar nisso agora, porém. Só queria aproveitar seu café da manhã especial e seu milk-shake de morango.
Quando escutou a campainha, Molly foi a primeira a correr para abrir a porta e não foi uma surpresa que fosse William. Ele só estava usando seu moletom de St. Andrews e trazia consigo um monte de bexigas de gás hélio.
- Eu entrei em todas! – gritou pulando em cima dele e passando as pernas ao redor de sua cintura.
- Eu sei! Eu que passei os envelopes embaixo da porta! – William respondeu enquanto entrava. – Parabéns! Uau! Oxford e St. Andrews! Vai ser uma escolha difícil...
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WIN SOME, LOSE SOME
Любовные романыWilliam tem 16 anos, perdeu sua mãe há um ano em um acidente de carro, e é o futuro Rei da Grã-Bretanha. Molly tem 14 anos e tem uma vida ordinária na pacata Tetbury, uma cidade paroquial de Gloucestershire. Ninguém espera conhecer o amor de sua vid...