Capítulo XV

2.5K 338 30
                                    

Capitulo XV

GUS

Quando a porta fechou e ficou só eu e o Rafael achei melhor abrir o jogo com ele e ver até onde eles estavam dispostos a ir.

- Bom Rafael agora que estamos nós dois eu gostaria de ser bem sincero contigo, eu quero que o pai do Gus seja afastado de tudo, de todas as empresas. – ele ficou me olhando assustado. –

- Desculpe, como assim ... eu acho que não entendi direito, todas tu diz da dele também e da nossa... –

Expliquei pra ele da herança do Gus, de como tudo tinha ficado pra ele.

- Quem mais sabe disso na cidade?? – ele me perguntou. -

- Bem nós e o advogado do Gus.

- Olha vai comprar uma briga sem tamanho, o Gustavo sabe sobre esses teus planos. – ele era cauteloso, gosto disso, queria saber se eu não tava passando a perna no Gus. –

- Olha, vou te dizer a verdade, meu plano inicial era vender tudo e levar os jovens e as crianças comigo para a capital, seria muito mais fácil pra mim resolver tudo lá, mas o Gus tem interesses aqui por esse motivo por enquanto eu vou ficando, mas ao menor sinal de que as coisas não vão correr como eu quero, volto ao plano inicial e levo todos comigo para a capital. – Tá eu sei, sou grosso, mas esse é o jeito Claudio de ser. -

- Vender??...tudo...levar as pessoas...desculpe estou confuso...tu sabe o que isso...essa tua ideia de vender tudo significa? Vai acabar afundando essa cidade. Ninguém aqui poderia comprar as empresas. Cara só essas empresas que tu falou são as que mais dão empregos aqui... as outras gravitam na volta. - eu fiquei olhando pra ele, era melhor ele ver que eu não tava brincando. -

- Eu te confesso que estou surpreso pra dizer o mínimo, realmente eu preciso saber se o Gus sabe de tudo isso. – ele realmente se assustou com tudo, ele sabia que a própria empresa dele perderia o valor e acabaria fragmentada. Mas era isso que eu queria, era bom ele saber que as coisas teriam que ser como eu quero. –

- Bem pra responder a tua pergunta sobre o Gus ... bem tu sabe ou o teu pai de falou sobre como ele saiu daqui... em que situação ele saiu daqui dessa cidade?? – ele baixou os olhos, ele sabia. –

- Bem, meu pai era amigo de dona Dafne, um pouco mais até que isso...- ele ficou me olhando o que tinha por trás disso. –

- E bem ... ele me falou que o pai do Gustavo descobriu que ele era gay e colocou ele pra fora de casa, depois de dar uma surra no guri, só sei que ele ficou no hospital muito tempo pelo que meu pai falou. Foi Dona Dafne que ajudou meu pai a entender quando... bem quando eu falei pra ele que eu também era gay. – ok esse assunto eu saberia depois, tem uma estória ai atrás. –

- Bem sabendo disso eu te respondo então... o Gus não se importa com essa cidade, com a família dele, com nada, ele nem queria vir, queria que eu resolvesse tudo. Consegui convencer ele a voltar pra cá, e a preocupação dele hoje são as crianças e os jovens, que são o legado da tia dele e quero que tu tenha a certeza...de que eu posso fazer o que eu quiser.... – fiquei olhando pra ele, acho que ele entendeu. -

- Tu viu quando ele saiu daqui com o teu pai, ele deixou tudo pra eu decidir... e é bom tu saber que meu interesse é o Gus... eu vou fazer o que for melhor pra ele...se isso significa vender tudo aqui e levar todos pra capital é isso que vou fazer...então quero que todos nessa cidade saibam que a felicidade do Gus vai garantir que tudo se resolva da melhor maneira possível. – fiquei olhando pra ele, realmente ele tava assustado. –

- Olha tu me deu muita coisa pra pensar, largou essa bomba na minha mão e eu preciso conversar com meu pai quanto a tudo isso que tu está falando, mas agora preciso saber o que tu quer com a empresa que somos sócios, eu preciso saber onde estamos pisando. – O Cara tava suando. –

ENTERRAR O PASSADO - CLAUDIOOnde histórias criam vida. Descubra agora