— Nós vamos morrer. Nós vamos morrer, nós vamos morrer! Merda, nós vamos morrer! — Marinette andou de um lado para o outro, enquanto Adrien ainda permanecia de olhos arregalados. — ADRIEN, NÓS VAMOS MORRER!
Haviam se passado cerca de dez minutos desde o assassinato e os dois não tiveram outra reação a não ser correr pra rua. Depois de uma pequena caminhada, estavam na casa da azulada.
Adrien sentou-se no sofá e dali não moveu nenhum músculo. Quando a garota o balançou gritando, piscou e focou seu olhar no rosto da amiga.
— P**A MERDA MARINETTE! Somos testemunhas de um homicídio! — puxou os próprios cabelos com força, se jogando no encosto do sofá.
— VOCÊ TA PREOCUPADO COM ISSO AGORA?? NÓS VAMOS MORRER SEU IMBECIL! – sua voz já começou a dar indícios de medo. — Ai ca**te. O Nino tava na festa?
— O que? O que isso importa?
— A Alya! Alya adora raposas. N-não, não era a voz dela... — pegou o celular trêmula e procurou na agenda o número da amiga. — Vamos Alya...
Um toque.
Dois toques.
Três toques.
— Alô? — quando reconheceu a voz da Césaire, pareceu que uma pedra saiu de suas costas. Aliviada, se jogou ao lado do loiro. — Marinette, eu to chegando na casa da Juleka, nos vemos daqui à pouco. Beijinhos!
E a chamada se encerrou.
— Adrien... alguém viu a gente ir embora?
— Não, acho que não.
— Eu não sei se isso é bom ou ruim. — olhou para o teto, com uma expressão apavorada.
Regra número vinte e seis: não se apavore em momentos apavorantes.
— O que faremos agora? — o loiro perguntou, também olhando para o teto branco da sala. — Ele viu nossos rostos, ele vai vir atrás de nós!
— Eu sei. Mas não tenho ideia do que fazer. E se jurarmos ficar quietinhos? Nós só vimos os olhos dele! — disse lembrando-se do azul celeste mais intenso que já vira.
— Marinette. Ele não ta nem aí se vimos os olhos dele ou não, nós vimos ele matar aquela garota!
O coração da Cheng estava à mil. Fez de tudo pra não se envolver em uma história melodramática mas olha só o destino aí minha gente, brincando com ela de novo, a cada segundo.
Uma lágrima desceu por seus olhos que ganhavam um tom avermelhado. Mais do que nunca, queria ter seus pais ao seu lado, pra ter um porto seguro, o qual onde poderia correr e chorar como um bebezinho. Adrien ficou sem reação. Ele não sabia o que fazer em uma situação como aquela, literalmente nunca viu uma mulher chorar assim em sua frente.
Assim como nos filmes, desajeitado levou uma das mãos até a costa da amiga, dando leves tapinhas.
Marinette, apoiou os cotovelos nos joelhos, soluçando. Não era como nos filmes. Não iriam se livrar dessa situação facilmente. Polícia? Bem, até funcionaria mas é sempre a pior das hipóteses então não tinha saída.
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FanfictionMarinette Dupain-Cheng, a garota mais clichê que se pode existir: A solitária invisível, incompreendida e desastrada. Sua maior preocupação no momento é terminar o ensino médio sem cruzar o caminho do outro clichê ambulante do colégio: Adrian Agrest...