Perfect

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Pov Harry

- Alô? – disse assim que atendi meu celular
- O Sr. É Harry Potter? – disse a voz masculina do outro lado da linha
– Quem é?
- Senhor, eu sinto lhe dizer isso, mas – ouvi-o suspirar e eu comecei a ficar nervoso – A Srta.  Ginny Prewett sofreu um acidente a caminho da cidade, vasculhamos o celular dela e encontramos o seu número salvo como última ligação. – ele começou a falar mas eu não dei a mínima importância.
Ginny havia sofrido um acidente. Sozinha. Eu nem pude ao menos me despedir. Eu precisava ir agora mesmo para aquele hospital.
- Senhor Potter? Está tudo bem? – ele disse do outro lado da linha me tirando dos meus devaneios.
- Estou...estou aqui – eu disse ainda atordoado – q-qual o hospital em que ela se encontra? – eu perguntei sentindo meus olhos ardendo
- Hospital St. Mungus – ele disse e então eu desliguei e fui correndo procurar as chaves do meu carro.
Alguns minutos depois, eu estacionei o carro no estacionamento do hospital, entrei correndo, mas logo fui barrado.
- Me deixa....eu preciso vê-la – eu tentava sair dali sem ao menos olhar para a pessoa que me segurava.
- Harry, eu sei que você está nervoso. Só que você tem que se acalmar, senão eu vou usar um calmante em você, aí daqui 3 dias você acorda – eu olhei para o rosto de Hermione e percebi que era ela quem me segurava, parei de me debater e a abracei sem conseguir aguentar mais as lágrimas. – chora Harry, é bom chorar e colocar para fora – ela afagou meu cabelo
- E se algo acontecer com ela? Eu não me perdoaria nunca se ela morresse e eu nem ter me despedido direito dela. – eu chorava no ombro da minha irmã e ela começou a andar e me levar até algum lugar que eu não reconheci.
Alguns minutos depois, eu estava na sala dela no hospital com um copo de chá de camomila na mão e ela sentada ao meu lado.
-Tá melhor? – ela perguntou e eu respirei fundo inalando o cheiro de camomila e então disse:
- Acho que sim
- Ela tá em cirurgia agora – ela disse e eu arregalei os olhos – Harry ela perdeu muito sangue, fora os cacos de vidro e metais que foram parar nela. Por favor. Põe a mão na consciência.
Algumas horas depois, chamaram Hermione para ver algo em uma cirurgia e quando ela voltou, me pediu para segui-la.
Ela me levou até o quarto 776 e ao entrar eu senti meu coração parar uns instantes.
Ginny estava com a maior parte do rosto enfaixado, respirava por uma máscara de oxigênio, e seus braços estavam em pele viva.
Lágrimas começaram a rolar livremente pelo meu rosto sem eu conseguir impedir e eu abracei Hermione novamente, mais forte que nunca.
Meu corpo simplesmente não conseguia atender ao comando do meu cérebro de ir até a maca de Ginny, sentar ao lado dela, e me desculpar.
Hermione me guiou lentamente até a poltrona mais próxima da maca, e me sentou nela.
- Harry, ela está bem. – ela começou como se fosse preparar o território para jogar algo pesado – mas ela está em coma por causa da batida no asfalto. – ela disse olhando o chão e eu voltei a olhar para Ginny, seus cabelos ruivos flamejantes estavam escuros por causa da sujeira do asfalto, seu peito subia e descia lentamente, e em seu rosto havia uma máscara de oxigênio.
Me aproximei da maca, e com o polegar, fiz um carinho na área livre de sua bochecha. Sua pele continuava lisa e macia como sempre.
- Hey, maninho. – minha irmã chamou minha atenção – ela corre o risco de perder a memória. Totalmente. Nós pedimos para que você conte à ela, histórias que vocês passaram juntos. – ela disse e eu assenti – eu preciso ir, você vai ficar bem? – ela perguntou se aproximando e eu assenti – qualquer coisa me chame ok? – ela me abraçou na ponta dos pés e eu a abracei de volta dando um beijo no topo de sua testa.
Assim que ela passou pela porta, eu puxei a poltrona mais para perto da cama e segurei delicadamente sua mão direita. Estava na temperatura normal e com um leve toque que me fazia sentir um arrepio gostoso.
- Bom, Ginny Prewett. Eu vou contar a nossa história...
“Era verão, e nossas famílias se juntaram na chácara da sua família para comemorar o início das férias de verão.
Estavam todos na toalha estendida no chão d’Toca, meus pais, seus pais e tios.
Foi o dia em que nós nos conhecemos.
- Harry – minha mãe chamou e eu fui até ela, um garotinho de 6 anos com cabelo escuro e óculos redondos – vá brincar com a Ginny, querido. – ela disse apontando para você que estava sentada num balanço de pneu e em seguida voltando a brincar com os cabelos ralos da minha nova irmãzinha, Hermione.
- Ah mãe, eu quero brincar com Rony – eu resmunguei e ela lançou um olhar intimidador que eu fui até você, que estava com o rosto olhando o nada e sem focar em algo especifico. – Olá, eu sou Harry, Harry Potter. Você é a Ginny? – eu perguntei estendendo a mão em um cumprimento e você levantou o rosto, me olhando e então, sorriu assentindo
- Você é o filho da tia Lily? – você perguntou sorridente e eu assenti – você é forte?
- Sim, eu acho
- Me empurra? – você disse mostrando os pezinhos que não alcançavam o chão e então eu comecei a empurrar o seu balanço delicadamente enquanto você começou a gargalhar e pedir para ir mais alto – Desse jeito você vai cair Ginny – eu disse e ouvi gargalhadas gostosas como resposta
- Mais alto! Mais alto Harry! Por favorzinho – você pediu e eu empurrei mais forte te fazendo ir mais alto. – Uii, eu sou uma fada Harry! – nós ríamos.
- Se segura Gin – eu gritei tentando cobrir o som de suas gargalhadas, e comecei a perceber que o balanço estava indo rápido demais – GINNY CUIDADO – eu gritei antes de ouvir você arfar e cair do balanço, eu saí correndo até você e estava sentada abraçando o joelho
- Ai, isso dói – foi a única coisa que você disse, me deixando surpreso pelo tombo feio e você ser forte a ponto de não derrubar uma lágrima sequer
-Está tudo bem? – eu perguntei e você assentiu
- Vamos na minha casa, lá tem remédios de machucados – eu te ajudei a levantar e passei seu braço pelos meus ombros a ajudando a andar até a casa.
- Onde ficam os remédios? – eu perguntei colocando você sentada numa cadeira e você mesma se levantou, e foi mancando até um armário e tentava pular para alcançar a caixa que estava em cima.
Eu peguei a caixa e coloquei na mesa, você logo veio atrás de mim tomando a dianteira da situação e pegando o remédio.
- Você passa pra mim? – você disse estendendo o remédio para mim e sentando na cadeira. Eu ri e peguei de sua mão, me ajoelhei na sua frente e comecei a pingar devagar no machucado e ouvi seu grunhido de dor – Tá doendo Harry
- Vai passar, você está sendo forte. Aguente por mais alguns segundinhos e passa. – eu sorri sendo retribuído.
Quando acabei de pingar o remédio, eu coloquei um band-aid
- Prontinho – eu disse dando um beijo leve no machucado – vai sarar logo, logo. – eu olhei para você, e seu rosto estava tão vermelho quanto o ruivo do seu cabelo. Me virei e todos estavam nos olhando, principalmente minha mãe. Me olhando com um olhar carinhoso e sonhador.”
- Harry – Hermione apareceu na porta, e eu olhei para ela – você está sorrido! – ela ficou feliz – vamos para casa
- Vamos – eu suspirei me levantando e depositando um beijo na testa de Ginny – boa noite minha guerreira – sussurrei e saí junto a Hermione em direção ao meu carro
- Posso ir com você? – ela perguntou quando eu já estava entrando no meu carro – aí você me leva de manhã e vem vê-la – eu assenti
- O que seria de você sem mim, né? Maninha. – eu disse convencido e ela riu
- Harry, são só 6 anos de diferença. – ela disse revirando os olhos rindo e eu a acompanhei – o que vamos comer?
- Não sei, quer fast food? – perguntei e vi a criança transparecer em seus olhos cor de mel e eu ri vendo-a assentir freneticamente.
Quando saímos do drive-thru fomos para o nosso apartamento. Comemos em silêncio e fomos dormir.
Acordei com Hermione me chacoalhando levemente. Saltei para fora da cama e indo me arrumar.
Em poucos minutos, estávamos tomando café e então fomos para o hospital, onde minha irmã trabalhava.
Quando chegamos, me despedi de Hermione com um beijo na bochecha e fui para o quarto de Ginny.
- Bom dia, princesa – eu disse colando meus lábios na testa dela – trouxe para você – eu coloquei os lírios no vaso ao lado de sua maca.
Me sentei na mesma poltrona de ontem e comecei a contar a próxima história:
“Era inverno, eu estava com 9 anos e você com 8. Estávamos no parque, e a minha família já estava no parque esperando pela sua.
Quando vi vocês chegando, eu fui correndo até você e apertei você em meus braços a rodopiando no ar.
- Oi, quanto tempo ruiva – eu disse rindo e dando um beijo estalado em sua bochecha enquanto você corava com os olhares de nossos pais
- Oi Harry. Vamos brincar? – ela convidou e eu assenti, e você tocou no meu peito – tá com você – e em seguida saiu correndo e eu fui atrás, embora você corresse bem rápido, eu conseguia te alcançar e pegar você.
-Peguei – eu gritei e comecei a correr rindo e ouvindo suas gargalhadas atrás de mim.
Eu corri para o meio de algumas árvores e ouvi o barulho das árvores se mexendo atrás de mim, me indicando que você adentrou a mata atrás de mim.
Eu desviei meu caminho te despistando e saindo dali, fiquei observando seu desespero atrás de mim. Apenas comecei a rir da pequena ruivinha correndo de um lado para o outro desesperada. Até o momento em que eu ouvi fungadas indicando um choro.
- HARRY – eu ouvi você gritar meu nome – CADE VOCÊ? – eu entrei lá novamente e a encontrei no meio das árvores sentada no chão encolhida abraçando os joelhos com seu corpo tremendo.
Eu contornei seu corpo, agachando em sua frente, e colocando a mão em seu ombro.
- Ginny? Está tudo bem? – eu perguntei e você me olhou com seus olhos cor de chocolate, que agora estavam vermelhos e brilhantes por causa das lágrimas, e em seguida você se jogou em mim e eu consegui me manter em pé, até o momento que nós caímos deitados na neve, eu no chão e você por cima de mim. Com o impacto, seu rosto passou bem perto do meu, fazendo nossos narizes e lábios roçarem. Provavelmente você não sentiu, mas eu senti, e como eu senti. A partir desse momento, você não era só Ginny Prewett minha amiga. Pelo menos não para mim
- Onde você estava? – você perguntou desesperada se sentando na minha barriga limpando suas lágrimas – você me deixou preocupada seu chato – você deu um tapa leve no meu peito e eu ri – não ri não Potter
Eu passei meus braços por cima de seus ombros e a puxei para se deitar em cima de mim enquanto nos aquecíamos um abraçado no outro, compartilhando sonhos."
Eu acabei de contar a história e ouvi a porta abrir, revelando minha irmã, Luna e Neville amigos meus, da minha irmã e de Ginny.
- Eai Harry, ta melhor? – Neville chegou me cumprimentando com um tapa camarada nas costas – Mione disse que você tava bem mal ontem. – ele perguntou e eu assenti dando um sorriso.
- Vem Harry, vamos comer algo. Você está ai desde às 8 da manhã. – disse Luna
- Que horas são? – perguntei e Hermione respondeu:
-  Quase 10. – eu me levantei e nós fomos para a lanchonete do hospital e eu pedi um lanche natural junto à Hermione, Luna pediu um pudim e Neville um Hambúrguer (eu falei para ele que era ruim, mas ele me ignorou, então se ele reclamar depois eu vou jogar na cara dele por que eu não sou obrigado).
Comemos entre risadas e piadas, e então voltei para o quarto 776.
Ginny estava da mesma forma, eu por algum motivo, esperava que ela se mexesse ou quando eu voltasse ela estaria sentada olhando para mim com aquele sorriso lindo que ela tinha que me fazia suspirar.
Voltei a me sentar na poltrona e me aproximei mais da maca, peguei sua mão direita e a coloquei entre as minhas tomando cuidado para não tirar do lugar o aparelho que estava preso em seu dedo indicador. Fiquei brincando delicadamente com seus dedos finos e delicados, e então me lembrei de uma história para contar.
“Nesta primavera de 1994, eu estava com 15 anos e você com seus 14 aninhos. Esse foi um ano de paixonites, de todos do nosso colégio, sejam garotas, garotos ou qualquer um lá. Neste ano, haviam entrado na escola um casal de irmãos, Dino Thomas e Cho Chang. Os garotos caíram de amor por ela e as garotas fizeram o mesmo por Dino, embora eu não gostasse muito de Cho, ela se aproximou de mim e nós começamos a namorar. Você também havia iniciado um namoro com Thomas, eu não havia gostado muito dele,  mas era algo como se eu achasse que ele não era suficiente para você.
Alguns meses depois de eu ter iniciado o namoro com Chang, nós terminamos após eu não aguentar mais os choros dela por tudo, todos a chamavam de chorona, e eu comecei a aderir este apelido.
Até que um dia, estávamos na hora do almoço e eu fui no nosso lugar de encontro para que fossemos almoçar. Só que já haviam passado 20 minutos e nenhum sinal de você aparecer.
Eu sabia que a sua última aula era na sala do primeiro andar, então, eu subi rapidamente os lances de escada e encontrei você e Dino na frente da porta fechada da biblioteca, ele segurava você pelo braço de uma forma possessiva, e eu comecei a andar lentamente até que estivesse parado com os braços cruzados atrás de você encarando Dino.
- Solta ela Thomas – eu disse calmamente e ele olhou para mim com cara de deboche
- Se não o que Potter? Vai me ameaçar como? Você está dentro da escola, qualquer coisa que fizer, você leva uma advertência – ele disse e eu sorri cinicamente.
- Sabe Dino, muitos dizem que eu sou muito parecido com meu pai, mas não é só pela aparência – eu disse sem aumentar o tom de voz, e então dei um soco na cara dele esvaziando a raiva que eu tinha por ele, ele cambaleou e caiu de costas – mas pela aversão às regras, também. – Eu disse pegando sua mão e te guiando para longe dele.
Nós descemos as escadas em silêncio, quando chegamos ao pátio eu te virei de frente para mim e tirei a jaqueta que você usava, revelando uma regata preta e uma parte vermelha na área que o desgraçado havia apertado.
- O filho da puta ainda te machucou – eu chiei e olhei para ela – está tudo bem? Você está quieta – eu disse olhando nos olhos seus e vi que seus olhos estavam brilhantes devido às lágrimas que você segurava fortemente e então você se encaixou nos meus braços me apertando contra você e eu retribuí o abraço a prensando contra meu peito e senti seu corpo tremer por causa do choro. – Shh, está tudo bem, eu estou com você. Não vou deixar ninguém te machucar. Eu prometo. – eu disse dando um beijo no topo de sua cabeça.
Comecei a empurrá-la delicadamente para que andássemos para fora da escola e então comeríamos em um lugar sem alunos para perguntar o que havia acontecido.
Chegamos em um restaurante pequeno e comemos em silêncio, eu atento a qualquer pedido seu e qualquer demonstração de que precisasse de alguma coisa. Eu estaria lá para você. Sempre.
- Você vai ficar bem? – eu disse assim que cruzamos o portão da escola, indo em direção à nossas salas. Você assentiu e eu te entreguei um bilhetinho e me inclinei para sussurrar em seu ouvido – veja quando puder, e quando estiver sozinha. – senti ela arrepiar e dei um beijo em sua bochecha – boa aula – desejei e fui para a minha sala.
3 horas depois, fui ao mesmo lugar de sempre, e agora você estava lá. Me aproximei por trás, e abracei sua cintura e vi você se assustar enquanto eu ria.
- Leu o bilhetinho? – eu perguntei e você assentiu
- Você quer que eu vá com você ao baile de formatura ou apenas ir comprar o vestido? – você perguntou e uma ideia surgiu em minha cabeça.
- Você tem par?
-Não
- Se você quiser ir comigo, eu estou sem par – eu disse sentindo minhas bochechas corarem e eu cocei a nuca em um sinal de nervosismo.
- Eu adoraria ir com você Harry – você respondeu me dando um beijo no rosto e eu senti meu rosto esquentar novamente – mas, já que vamos juntos, você só vai me ver no dia do baile. – você determinou e eu fiz bico
- E com quem você vai fazer as compras? – eu perguntei e antes de me responder ela apertou minha boca com os dedos – ai Ginevra – eu reclamei batendo na sua mão
- Ginevra é o teu cu – nós rimos – eu vou fazer as compras com a Mione e a Luna – você deu de ombros e eu concordei.
Algumas semanas depois eu estava com meu carro estacionado na casa de Ginny a esperando sair.
- Harry, querido entre. – disse sua mãe e eu entrei me sentando no sofá ao lado de Rony.
- Eu preciso dar as explicações para levar minha irmã ao baile? – ele disse com tom ameaçador e eu olhei confuso – é eu preciso sim.  – ele abriu a boca para começar a falar algo mas eu nem prestei atenção.
Você estava descendo as escadas com um vestido longo até o chão, o decote em ‘v’ era bem aberto e dava destaque aos seus seios fartos, o vestido era dividido em três cores, do busto até metade das coxas era roxo escuro, e então ficava dégradé até bem perto da barra num tom lindo de rosa e então finalizava com a barra bege claro e delicado. Em seus pés havia um salto prateado e junto à seus cabelos ruivos que caíam sobre suas costas como uma cachoeira, havia uma tiara linda, prateada e brilhante.
Sua maquiagem era uma mistura de sombra bronze e dourada, e em seus lábios estavam com um batom vermelho escuro. Estava simplesmente linda. Eu realmente fiquei com medo de ficar duro ali no meio de todos, então eu me levantei e fiquei ao lado da escada estendendo a mão, que você aceitou de bom grado e nos despedimos de todos ali e fomos no meu carro.
Chegando no parque que a escola havia alugado para a festa, ficamos um pouco em cada lugar, as vezes entre amigos, bebemos um pouco, dançamos bastante. Quando já era quase 00:00, nós fomos para uma parte que não havia ninguém, e era decorada por fios com lâmpadas pequenas e delicadas que deixavam o local aconchegante e confortável.
Tiramos os sapatos e caminhamos um pouco, então eu parei abruptamente e você me olhou confusa. Eu joguei nossos sapatos em algum lugar ao nosso lado, e peguei meu celular e coloquei na playlist ‘Perfect’ para tocar e passei meus braços por seus ombros e você passou os braços por minha cintura e se aconchegou em meu peito.
Ficamos ali, mexendo nossos corpos no ritmo da música lenta e aproveitando o momento em que criamos, apenas nós dois abraçados ao som da nossa música favorita.
- Você está perfeita esta noite – eu sussurrei, mas você deve ter ouvido, pois abriu um lindo sorriso e me encarou, e eu acabei me perdendo na imensidão que são seus olhos cor de chocolate.”
- Olha ele tá bem feliz – ouvi minha irmã dizendo e me tirando dos meus devaneios – cuidado, vou levar ele para a área cirúrgica plástica. O rosto dele vai rasgar. – ela disse e eu mostrei o dedo do meio e senti minhas bochechas doerem de tanto estar sorrindo.
- Mesmo com 20 anos você sempre vai ser aquela menininha que achava o meu melhor amigo lindo – eu disse rindo e caminhando até ela a abraçando e ela revirou os olhos me mostrando a língua – não falei?
- E você sempre vai ser o meu irmão mais velho que é apaixonado pela melhor amiga dele desde os 9 anos – ela disse e eu corei, mas meu coração realmente parou quando eu ouvi algo atrás de mim:
- Harry? – ela disse quase como se fosse um sussurro e eu me virei para a maca.
Ginny piscava para se acostumar com a claridade do quarto, eu senti meus olhos arderem, eu corri para sua maca a abraçando desajeitadamente
- Ginny, você está bem! Eu não acredito! – eu disse sem conter as lágrimas apertando-a em meus braços e senti ela mexer no meu cabelo
- Calma Harry, o que aconteceu? Você está tremendo – ela disse meio alarmada e eu a soltei respirando fundo tentando me acalmar.
- Eu estava com medo de te perder. Você sofreu um acidente há uns 3 dias e entrou em coma. Você poderia ter perdido a memória, poderia ter morrido... – eu disse brincando com seus dedos já bem mais calmo, Ginny conseguia me passar uma calma inexplicável.
- Mas, eu me lembro de tudo o que aconteceu – ela disse confusa
- Hermione me disse para contar histórias nossas para você, e eu tenho vindo aqui todos os dias para contar histórias nossas para você não esquecer
- Que histórias você contou?
- Quando nos conhecemos, aquela vez que estávamos brincando de pega-pega e você me perdeu aí você começou a chorar, e eu contei o nosso baile de formatura – eu disse e ela sorriu
- São minhas memórias favoritas – ela disse e eu simplesmente não me aguentei mais, como se uma força invisível e inevitável me empurrasse eu colei minha boca na dela a beijando lentamente.
De início ela ficou confusa, mas ao sentir que ela retribuiu eu quase explodi de felicidade.
Quando descolamos nossos lábios, eu colei nossas testas e ficamos uns segundos respirando o mesmo ar.
- Eu te amo Ginny – eu disse como um sussurro e ela fechou os olhos sorrindo, quase, aliviada?
- Eu também Harry, desde quando você começou a me empurrar naquele balanço e eu nem sabia o que era amor. – ela disse e eu ri pelo nariz, me sentindo aliviado
- Será que você aceitaria se eu te pedisse para ser a minha ruiva? – eu perguntei mordendo o lábio inferior e ela sorriu
- Claro que eu aceitaria. Só que eu vou precisar de um beijo para poder aceitar – ela disse sorrindo e eu colei nossas bocas de novo, pedi passagem com a língua e ela cedeu, dando início a uma batalha dentro de nossas bocas.
1 ANO DEPOIS

Estávamos em uma pequena festa na chácara dos Weasley, Ginny estava com um cropped creme e uma saia florida com um corte na coxa, Teddy (meu afilhado) e sua namorada Vic (filha de um dos irmãos de Ginny) haviam colocado uma coroa de flores em seus cabelos.
Eu estava realmente nervoso para a reação de todos perante ao que eu iria fazer a seguir.
Com certeza meu pai faria suas costumeiras piadas, e minha mãe ficaria me enchendo de perguntas.
Estavam todos em volta de uma roda, eu estava de um lado da fogueira e ela estava do outro lado, nos deixando um de frente para o outro.
Ginny conversava algo com minha irmã quando eu respirei fundo e me levantei da minha cadeira e me dirigi até ela.
Quando eu fiquei na frente dela, me ajoelhei e segurei sua mão já ouvindo arfadas atrás de mim.
- Ginny Prewett Weasley – eu comecei – eu te conheci com apenas 6 anos e graças à minha mãe eu estou aqui. Naquela época eu tenho certeza que nós nem sabíamos o que era se apaixonar, ou o que era amor, mas eu tenho certeza que no momento em que eu vi, aquela menininha sentada no balanço de pneu, olhando para o nada, meu coração sabia que você era a pessoa destinada para mim. Você é a pessoa mais forte que eu conheci, nunca chora por algo fútil, é doce e linda como uma deusa grega. Em seus olhos eu consigo ver o meu futuro com você, e eu sinceramente tenho fé no que eu consigo ver. Você é o anjo em forma de uma pessoa e eu queria saber: Você quer casar comigo? – eu perguntei abrindo a caixinha que continha um anel de noivado de ouro rose com um coração formado de diamantes. Seus olhos estavam transbordando indicando seu choro que você tentava amparar, e me deixava nervoso a cada minuto que você demorava para falar
- Eu aceito Harry, claro que eu aceito – ela disse e eu sorri aliviado enquanto alguém atrás de mim começava uma salva de palmas e era seguido por todos ali, nós nos levantamos e eu coloquei o anel em seu dedo.
- BEIJA BEIJA BEIJA – começou meu pai (palhaço) e eu olhei nos olhos de Ginny e ela cochichou no meu ouvido
- Só me beije lentamente, o seu coração é tudo o que eu quero ter. – ela sussurrou e então eu a empurrei, mantendo-a suspensa apenas por meus braços e a beijei. Como ela pediu, lentamente, ouvindo os assobios vindo de meu pai e seus irmãos.
ALGUNS MESES DEPOIS
Eu não conseguia me manter quieto mais, era simplesmente impossível.
-Harry você vai abrir um buraco no chão – Rony, meu padrinho principal disse zombeteiro
- Ele tá nervoso, não vai poder ser a piranha que sempre foi – Draco disse e eu mostrei o dedo do meio para ele que riu.
- Harry você já está pronto? – Hermione entrou no quarto com um vestido até a canela, vermelho quase vinho tomara que caia e com um cinto dourado combinando com seus saltos da mesma cor. – Você está lindo – ela sorriu
- Vamos nos retirar – Rony disse antes de dar um beijo na bochecha da minha irmã e sair com Draco da sala.
- Parabéns mano – ela veio até mim e me abraçou, por causa de seus saltos, ela batia de altura comigo e envolveu meu pescoço com seus braços num abraço forte e eu envolvi sua cintura com meus braços retribuindo o abraço.  – Já está tudo pronto, mas queria vir aqui e te entregar uma coisa antes. – ela disse e então abriu uma caixinha com um anel dourado super fino, com uma pequena pedra prata no centro como decoração. Era lindo e fino, no momento que vi não pude deixar de reconhecer
- É o dela? – perguntei sem acreditar realmente
- É, achei que você deveria dar para a Ginny, assim como o papai deu para ela quando se casaram – ela disse e eu me lembrei da história que ela contava sobre seu casamento com papai antes deles afundarem junto à um navio no oceano atlântico.
Eu voltei a abraçar Hermione fortemente e deixei algumas lágrimas saírem livremente de meus olhos pelo gesto da morena.
- Não acredito que meu irmãozão vai casar – ela disse zombeteira – acostumei com aquele que pegava todas – ela riu e eu revirei os olhos
- Por que hoje todos querem relembrar a época que eu honrei o James no meu nome? – eu disse rindo e ela me acompanhou
-Vamos logo antes que Ginny fuja de você – ela disse me puxando e eu arregalei os olhos
-Ela quer ir embora? Ela disse isso? Porque? – eu perguntei e ela riu – para de rir Hermione
- É claro que ela não disse isso Harry para de paranoia – ela riu e eu a acompanhei até o altar.
2 ANOS DEPOIS

Estávamos em nosso quarto, na nossa casa que compramos pouco antes do casamento. Eu estava sentado encostado na cabeceira da cama e Ginny entre minhas pernas, eu brincava com uma mecha de seu cabelo e eu senti seus ombros ficarem tensos e vi ela começar a balançar os pés.
- O que foi Ginny? – perguntei olhando para ela
- Nada... – ela disse pegando minha mão esquerda e brincando com a minha aliança.
- Me diz o que está te incomodando princesa – eu disse entrelaçando nossos dedos
- O que você acha de filhos? – ela soltou de uma vez e eu fiquei surpreso, embora tivesse ficado muito animado com a ideia. Fiquei imaginando um pequeno eu ou uma pequena versão de Ginny correndo pela casa, e um sorriso brotou em meu rosto, mas eu devo ter ficado muito tempo quieto pois Ginny disse: - você não quer, não é? Não devia ter te perguntado...
- Eu adoraria se nós tivéssemos filhos – eu disse entrelaçando nossas outras mãos e balançando-as – quantos você pensa?
- 3, queria ter uma menina pelo menos
- Dois meninos e uma menina? – perguntei já imaginando tudo
- Ou duas meninas e um menino – ela disse zombeteira
- Gostei dessa ideia também
- Eu... to grávida – ela disse repentinamente e eu fiquei sem reação, embora eu sentisse a felicidade me invadir
- Sé...sério? – eu disse sentindo um sorriso rasgar meu rosto e minhas mãos foram para sua barriga acariciando-a
- Sério – ela disse com a voz embargada e eu senti meus olhos arderem também – parabéns papai – ela disse se levantando e sentando em meu colo, me dando um beijo na bochecha e eu dei um beijo nela também
- Nós vamos ser papais – eu disse sonhador
- É, nós vamos. – ela respondeu sonhadora também.


FIM

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⏰ Última atualização: Feb 27, 2018 ⏰

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