Alvo Severo Potter E A Batalha Final

Capítulo 4 - Pesadelos e preocupações

Alvo estava suando frio. Remexia à todo instante na cama enquanto tinha pesadelos tenebrosos.

"Alvo se encontrava em Hogwarts. Vários gritos, feitiços e coisas pegando fogo. O castelo novamente estava destruído. Naquele instante Rose deveria estar duelando com um comensal. Tiago fora tentar defender Mary que estava cercada por três. Megan se encontrava um pouco adiante duelando com Lucius Malfoy. 

O jovem Potter duelava com Turner, um comensal alto com uma risada realmente insuportável. Numa fração de segundos um feitiço atingiu Megan e ela foi arremessada para perto de Alvo. 

O garoto correu até ela. Seus cabelos dourados tampavam sua face. Ele afastou-os para poder ver seu rosto. Porém, aqueles olhos verdes já não brilhavam mais, não eram mais vivos."

Alvo acordou desesperado. Ofegava. Olhou para o lado. Megan dormia tranquilamente na cama. Sentindo que não conseguiria mais dormir, levantou, pegou a varinha e foi para fora da barraca.

A noite parecia acolhedora. Sentou-se em frente a barraca e observou a lua. Lua cheia e brilhante. O vento gélido balançava as árvores e bem longe dali, uma coruja piava.

O espanto do garoto fora grande ao ver dois comensais passarem rente a ele. Talvez não pudessem vê-lo, nem ouví-lo pelos feitiços que Rose havia lançado. Porém, Alvo poderia ouvir o que os comensais falavam.

__ Lembre-se, eles estão acampando aqui. - disse o mais alto deles numa voz rouca - E seria uma grande oportunidade de ganhar a confiança do novo Lorde das Trevas.

__ Mas, eles não estão aqui. Aquela ruivinha mentiu - disse o outro com uma voz sombria. Alvo gelou. Os comensais tinham ido na sua casa. E tinham feito algo com Lily -

__ Nós torturamos ela. Devíamos ter ameaçado alguém de morte. - tornou a dizer o outro comensal mais alto. Alvo se sentiu um pouco aliviado. Não tinham feito quase nada à Lily. - Vamos voltar lá.

__ Não seja burro - respondeu o outro comesal com azedume - A essa hora a família inteira já deve ter saído da casa. Eles agora podem estar em vários lugares.

__ Mas, tenho certeza que aqueles quatro estão aqui. - disse o comensal alto - Talvez ocultados por feitiços ou capas de invisibilidade.

__ Vamos retornar ao esconderijo e pela manhã voltamos. Eles vão ter que buscar comida - disse o outro comensal e de repente eles aparataram -

__ Acordado tão tarde? - perguntou uma voz sonolenta. Alvo se virou e viu Rose esfregando os olhos - Algo está te preocupando, Al?

__ Várias coisas. - explicou o garoto - Dois comensais estavam aqui perto à pouco. Eles foram à Toca e torturaram Lily. Ela nos revelou - Rose pareceu um tanto desconcertada - Mas, não a culpo. Ela não teve culpa. Só espero que tudo esteja bem.

__ Eu queria notícias. - suspirou Rose se sentando ao lado - Algo para saber que estão todos bem, seguros. Mas, não podemos enviar cartas. E um patrono seria arriscado.

__ Temos que torcer, não é? - perguntou Alvo abatido enquanto Rose o olhava desconfiada e assentia - Que foi?

__ Não é só isso que te aflinge, não é? - disse ela e Alvo olhou para direção contrária - Pode me dizer Al. Se não confiar em alguém, vai enlouquecer com esse sentimento dentro de você. Temos que nos manter unidos.

__ Tive um pesadelo. - ele suspirou observando as estrelas - Lucius Malfoy havia matado Megan. E olhar nos olhos mortos dela foi a pior coisa que eu já vi. A idéia de nunca mais a ver sorrir, sentir tranquilidade ao lado dela me assusta.

__ Também tenho medo de perder Scorpius - revelou Rose e Alvo olhou para ela - É sério, ele vive com um comensal em casa, está longe de tudo. Não tenho notícias dele, não sei se está bem. Mas, precisamos confiar, acreditar. Porque se nós quatro conseguimos destruir Dominus, faremos um mundo melhor futuramente.

__ Se pelo menos soubessemos por onde começar. - suspirou Alvo profundamente - Mas, estamos sem rumo, sem pistas. Isso é perturbador.

__ Nós precisamos ligar os pontos - argumentou Rose de modo doce - Sabe, começar a seguir os sentimentos, intuições. Tentar chegar em algum lugar por hipóteses e não fatos concretos. - ela pegou a mão de Alvo - Vamos dormir. Ficar acordado não adianta nada. Amanhã decidimos o que fazer.

Alvo se deitou na sua cama e Rose se deitou na outra. O garoto não conseguiu dormir, ficou encarando o teto da barraca. A prima tinha razão. Tinham que começar a arriscar, já que não tinham fatos concretos. Mas, mal sabiam da vida de Dominus. Apenas algumas poucas pessoas sabiam. 

Mary sabia alguma coisa. Podiam ter um palpite. Ir na casa dos Avecamour é uma boa idéia. Proporia para os amigos no outro dia. Virou para o lado e fechou os olhos. Não queria dormir com medo de ter pesadelos de novo.