Ao seu encontro || Justin Bieber

Capítulo 3

Capítulo 3 – Quarta-feira.

"Deixei meu coração cair e enquanto ele caía, você se levantou para o reivindicar" (Set Fire to the rain - Adele)

Justin Bieber POV

21 de junho de 2016. Vicksburg – Mississipi.

Grupo: Bieber está morto.

Chaz: "Como ainda está vivo na selva?"

Ryan: "Estou me perguntando isso. Já passaram dois dias e você ainda está aí."

Justin: "Achei uma coisa bastante legal por aqui."

Chris: "Já sei que é mulher."

Ryan: "Com certeza é mulher!"

Chaz: "Numa escala de 0 a 10..."

Justin: "Completamente 10 de 10!"

Deixei meu telefone de lado ao ouvir batidas na porta. Minha avó entrou com um sorriso no rosto e uma caneca na mão. Pelo cheiro eu sabia que era chocolate quente.

— Está cansado? — perguntou, me entregando a caneca.

Minha avó sentou-se na beira da cama e me observou por alguns minutos. Eu odiava quando ela fazia isso. Estava tentando desvendar algum mistério.

— Eu estou quebrado, vó! — reclamei, fazendo uma careta. Bebi um pouco do chocolate murmurando de prazer — Como essa menina consegue fazer isso todos os dias? Meu Deus, eu só preciso de uma hidromassagem!

Ela riu, negando com a cabeça.

— Harlow é um anjo. Parece ser amiga de todos os animais, porque eles ficam calmos quando ela está por perto ou quando está conversando com eles. — minha avó parecia amá-la. Seus olhos brilhavam — Acho que metade desta fazenda não seria nada sem ela.

— Ela realmente parece a garota dos animais. — debochei — É divertida, bem na dela.

— Harlow não fala muito sobre passado sabe?! Ela diz que falar sobre o presente é mais saudável, porque a vida dela é saudável agora. — abriu um sorriso — É bastante querida por todos na cidade. Os rapazes caem em cima dela. — me mandou uma piscadela.

Arqueei na sobrancelha, dando um resmungo. Eu imaginava muitos caras dando em cima de Harlow. Ela era uma garota linda, além de decidida demais. Se ela estivesse na minha cidade, não aguentaria de tanto que os caras se jogariam aos pés dela. Era uma beleza que não víamos na Califórnia, algo muito simples mas apaixonante.

— Justin?! — estalou os dedos perto do meu rosto e deu risada — Terra chamando Justin!

— Foi mal, viajei por um momento. 

— Estava pensando em Harlow?

— Não viaja, vó! — resmunguei.

Ela riu, me fazendo revirar os olhos.

— Você tem a sorte que todos os rapazes da cidade querem: a Harlow ao seu lado o tempo todo. Geralmente, ela afasta todos, mas ela te deixou entrar. Deu espaço para que você conhecesse o mundo dela, valorize isso.

— Acho que tinha alguma coisa no suco que você tomou, você não está regulando bem da cabeça! — desdenhei.

— Ah Justin... — pegou a caneca já vazia da minha mão e sorriu — Ela é o que você precisa.

— Isso deve ser sono, não tem outra explicação. Vá dormir, vó.

Ela assentiu, rindo da minha cara. Saiu do quarto, sem dizer uma palavra, e fechou a porta atras de si. Suspirei, preenchendo o barulho do quarto. Peguei meu celular, voltando para a minha conversa com os meninos.