Alvo Severo Potter E A Batalha Final

Capítulo 6 - Chá de Retchier

Rose estava cozinhando os cogumelos enquanto assava o peixe que Tiago havia pescado. Sem a ajuda da magia, nada seria possível. Megan continuava dormindo, continuava totalmente molhada. Alvo e o irmão jogavam snap explosivo na mesa de jantar. Logo o "jantar" estava pronto. Alguns cogumelos cozidos, peixe assado, algumas frutinhas e água para beber. Não era realmente um banquete, mas, ninguém podia reclamar, era o que tinha para comer.

Eles começaram a comer calmamente enquanto trocavam olhares. Não precisavam dizer nada, aqueles olhares sabiam se comunicar muito bem. Após todos comerem, finalmente alguém falou algo.

__ Nós precisamos ir na casa de Mary hoje. - disse Tiago com convicção - 

__ Não vamos lá só para ver sua namorada não, Tiago. - Rose revirou os olhos - Se a questão for ver namorados, vamos passar na mansão dos Malfoys então.

__ Primeiro, eu não piso naquela mansão - disse Tiago apoiando as mãos na mesa - Segundo, eu não quero visitar Mary. Ela sabe o passado de Dominus e pode nos dar uma pista. E terceiro, a idéia não foi minha, foi do Alvo.

__ Tudo bem. - concordou Rose. Ela não iria se desculpar, era orgulhosa demais para isso. Ainda mais pedir desculpas à Tiago - Mas, temos que esperar Megan acordar. Aliás, por quê mesmo ela desmaiou?

__ Ela foi atingida por um feitiço, caiu no lago. Quando saiu do lago, tremeu e caiu - disse Alvo espremendo os olhos como se lembrasse de tudo - Acho que ela está com febre! - exclamou - Ela caiu num lago realmente gelado.

Rose andou até Megan e colocou a mão na testa dela. Tirou rápidamente. Olhou para Alvo e assentiu: "É, ela está com febre" confirmou. Tiago abriu a bolsa da garota e tirou um pedaço velho de pergaminho, todos ouviram-o murmurar: "Juro sonelemente que não farei nada de bom". O pergaminho começou a ser traçado por várias linhas pretas. Mostrava Hogwarts. 

Alvo e Rose se juntaram ao garoto e começaram a observar. Dominus estava andando de um lado para o outro na sala de McGonagall. Os alunos transitavam calmamente pelos corredores. Mas, nenhum sinal dos professores antigos. Só comensais. Alvo engoliu em seco quando pensou que Dominus poderia ter matado eles. 

__ O que faremos? - perguntou Rose com a voz um pouco tremida - Não podemos demorar. Os comensais já sabem que estamos aqui!

__ Nós precisamos ir logo à casa da Mary - disse Alvo. Olhou de relance para Megan - Alguém sabe como curá-la?

__ Curar com magia não - respondeu Rose - Com um chá é possível! Só que vamos precisar sair da barraca de novo. - abriu a bolsa de Megan novamente e tirou um tecido azul que era maleável como água e depositou-o na mesa - Quem for sair, terá de usar a capa porque é arriscado.

__ Eu vou. - disse Tiago - Não sirvo para nada ficando aqui mesmo - ele deu de ombros colocando o mapa do maroto no chão - Que espécie de planta eu tenho que pegar? - Rose pegou um outro livro de capa verde e apontou uma planta de folhas verdes claras e algumas pintinhas amarelas - Uma "Retchier"? Você ficou louca? São extremamente raras!

__ Esta floresta é ampla. - disse Rose - Creio que abriga várias espécies, até as mais raras. Ah, Tiago, você precisa tentar... - Tiago assentiu e vestiu a capa - Acho que ele já foi. Eu vou ver se descubro mais sobre horcruxes no meu livro, e você Al, o que vai fazer?

__ Esperar ela acordar - disse Alvo olhando para Megan e dando um sorrisinho - Estou começando a me arrepender de ter chamado todos vocês para essa enrrascada.

__ Somos quatro. - respondeu Rose - Não seria a mesma coisa se você viesse sozinho, e aliás, nos quisemos vir com você. Quisemos derrotar Dominus. Não se culpe. Aliás, todos sabíamos que correríamos vários riscos. - ela se aproximou mais do primo - Você é igualzinho o tio Harry. - se afastou e sumiu atrás do livro -

Alvo se jogou na sua cama e encarou o teto. Por quê simplesmente ele não tentara achar as horcruxes sozinho? Rose estaria segura nos braços dos pais, Tiago estaria em casa para proteger Lily de ser torturada, Megan estaria com a família na Londres-trouxa. Agora, estavam numa floresta, perdidos, comendo apenas cogumelos e frutas, fugindo dos comensais, sendo as pessoas mais procuradas, Megan estava doente e não tinham nenhuma pista. Deu um longo suspiro e respirou fundo. Logo viu alguém despir a capa no centro da barraca.

__ Já voltou? - perguntou Rose e Alvo andou até os dois. Tiago entregou algumas folhas para a ruiva - São estas mesmo. Vou preparar o chá - Rose saiu com as folhas em mãos -

__ Achou rápido - comentou Alvo cruzando os braços - 

__ Dei sorte - disse Tiago sorrindo de canto - Agora, hum, alguma notícia da Toca? Uma carta, um patrono, algo?

__ Não, nada. - respondeu Alvo pegando um pergaminho - E se escrevessemos para eles?

__ E correr o risco da carta ser interceptada? Não mesmo - cortou Tiago enquanto Rose levava uma xícara até Megan - Nossa, o chá que fica pronto mais rápido na história! - Rose olhou para ele com aquele olhar ameaçador - É o que a magia faz!

__ Achou alguma coisa no seu livro Rose? - perguntou Alvo esperançoso enquanto ela voltava com a xícara para a "cozinha" - 

__ Algumas coisinhas. - disse ela sorrindo - Horcruxes não podem possuir as pessoas, a não ser que a pessoa abra seu coração para a horcrux.

__ Como assim abrir o coração? - perguntou Tiago - Pegar um canivete e cortar? - riu sozinho enquanto Rose cerrava os olhos - Só descontraindo - levantou as mãos e sorriu - 

__ Abrir o coração significa você contar seus medos, falar das suas emoções, seus sentimentos, seus desejos. Confiar à aquele amuleto tudo que você tem na sua mente - explicou Rose - Você se torna vulnerável!

Ouviu uma tosse rouca. Megan acabara de acordar. Caminhou até onde eles estavam e sorriu um tanto constrangida. "Oi" murmurou fracamente "Chá realmente eficaz" ela deu uma risadinha. 

__ Podemor ir na casa de Mary agora? - perguntou Tiago - 

__ Sim, mas, temos que desarmar a barraca - respondeu Rose - Vamos achar outro lugar para ficar porque aqui já está muito "marcado" pelos comensais.