Fugindo

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Minha cabeça doía muito. Aos poucos fui abrindo meus olhos e conseguindo ver o lugar onde eu estava. Era um quarto/sala, não sei bem ao certo o que era, pois estava vazio, tinha apenas um jarro ridículo na cor cinza e sem flores perto de uma porta cheia de grades e cadeados,havia também um banco de madeira na cor branca perto da porta. O lugar era todo na cor branca e fechado, um ambiente de fato, claustrofóbico!                                                                                                            Meu corpo todo passou a doer, e respirar se tornou uma imensa dificuldade. O medo tomou conta de mim, eu não sei onde estou, nem quem sou e nem por que estou aqui, mas tenho uma certeza de que, eu preciso urgentemente sair daqui, aos poucos as lágrimas vão caindo e a respiração diminuindo, então me sento no chão frio e começo a chorar. - Deus, por favor, me tira daqui! Me ajuda, POR FAVOR! De repente, como um milagre, eu olho para as paredes e vejo uma janela de vidro sem proteção alguma, ela está um pouco alta, mas é minha única opção. Reúno o restante de força que ainda tenho, levanto, pego o vaso e o arremesso na janela, quebra um pouco, mas acho que não o suficiente para que eu passe, minha única solução é lançar meu próprio corpo para conseguir passar. Pego o banco de madeira e subo nele, vejo que lá fora tem muito mato e a estrada é de barro e com muitos buracos. Começo a quebrar mais a janela com as mãos, apenas puxando os vidros já trincados. Minhas mãos sangram, mas não me importa, apenas quero sair daqui. Finalmente consigo pular, por ser um caminho de barro, a queda foi mais amortecida, mas acho que quebrei meu braço esquerdo, sinto muita dor, mas não as  dou atenção. O chão estava molhado, acho que choveu, com os pés descalço começo a correr, levo algumas quedas e piso em muitos espinhos, mas continuo correndo. Era um começo de manhã, eu acho. Não sei ao certo quanto tempo corri, até que avistei uma estrada, enfim sai da estrada de barro e cheguei à uma br, mas não passavam muitos carros, e os que passavam, não paravam para ajudar.   De longe vi um carro parado com umas luzes brilhando, em frente dele havia um homem, acho que era um policial, não sei dizer de fato o que era, pois tudo foi ficando escuro e de repente tudo apagou. 

Perdida- Em busca...Onde histórias criam vida. Descubra agora