Capítulo XIV - Perspectivas

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Olá, meus amores! Demorei mas cheguei.

Peço para lerem as notas finais, são de extrema importância, no mais, boa leitura!

Deixem as estrelinhas, por favorzinho <3

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[Gabriel White]

Sua feição amena foi desfeita pelo soar do sino, seus olhos instintivamente abriram-se, desfocados e dilatados; cinzentos. Era o dia.

Seu sorriso formou-se, iluminando sua face. Iria para Pinoa, finalmente.

Pulou da cama, sem hesitar, indo apressadamente para o armário, de onde tirou uma troca de roupas e puxou sua toalha; saindo em seguida do dormitório, a caminho do banheiro. A água percorria por seu corpo, acordando-o; o que foi mais motivador, aquilo estava longe de ser um sonho. Era real. Ele faria de tudo para falar com Jake, e, como Tyler o havia pedido, mandaria o recado para um tal de Yan Selly; embora o nome e as características que o garoto o passara lhe fossem familiares, não conseguia recordar-se com exatidão. Talvez fosse apenas uma sensação.

Depois de voltar ao dormitório para deixar sua toalha, seguiu ao refeitório. Desta vez sentaram-se todos juntos: ele, Sabrina, Lola e Tyler; este último permanecia afastado, havia demorado para dormir, sendo atormentado por diversos tipos de pensamentos que envolviam ele em sua atual realidade, mesclando-se à relação conturbada de amizade que tinha com Gabriel. Tyler havia decidido, iria parar com toda aquela reclusão, explicando...pedindo, na verdade, para que seu colega fosse paciente consigo, e, com a interrupção de tal pensamento, viu o colega levantar-se da mesa.

Após o desjejum, todos voltaram aos seus respectivos dormitórios, para, os que ficariam na ilha, trocarem de roupa para as atividades; e os que não ficariam, para organizarem-se para partir. Gabriel e Tyler estavam inquietos, o loiro pensava e pensava, a todo custo tinha de conseguir contatar o amigo; já o outro, em expectativa, ansiava pelo retorno do garoto que nem havia partido ainda, a fim de saber se ele havia conseguido mesmo aplicar seu plano mirabolante de forma bem sucedida. Mas a hora havia chegado. Depois de um mês enclausurado, parecia uma mentira que ele veria sua cidade novamente; embora não fosse, nem de longe, a maneira que ele gostaria de ver, era melhor que nada.

— Bem, tenho que ir agora... — declarou, desconfortável; era estranho voltar a falar com o garoto depois de quase dez dias sem sequer uma troca de palavras.

— Boa sorte lá... — sorriu minimamente, acentuando os lábios, encorajador, meio sem jeito. Partilhando da mesma sensação de desconforto de Gabriel.

...

A lancha havia atracado no píer, os olhos dos jovens, na ilha opacos, ganhavam um brilho esperançoso, embora fossem apenas algumas horas no continente, a perspectiva de relembrar de suas vidas antes do CRS lhes davam a certeza de que dias melhores viriam. Gabriel mantinha-se quieto, pensativo, tentando realmente criar um plano, para o que até então era apenas uma ideia insensata.

Os internos caminharam até uma van, de um em um, acomodados, com a porta sendo protegida por um dos seguranças, seguiram para os respectivos lugares; consultas oftalmológicas, visitas à nutricionistas, endocrinologistas, realização de alguns exames e, para Gabriel, a hora mais importante havia chegado: ida ao dentista. Tentava disfarçar sua ansiedade focando-se na paisagem no lado de fora, que em sua maioria era constituída por muros e arranha-céus; no intuito de não perpassar nenhuma impressão que o prejudicasse.

Então a van parou, de frente para a clínica. Era agora. Um dos seguranças que os acompanhava ficaria do lado de fora, uma medida profilática em caso de tentativas de fugas.

Delitos (Romance Gay)Where stories live. Discover now