Quem diria, chegamos ao capítulo 7.
Creio que não há nada que eu possa escrever sobre meu passado pois a visão do presente e futuro me faz crer que o meu estado anterior a esse era meramente um estágio de transição entre fases diferentes da vida.
Vida atual.
Como lidar com as relações cotidianas sendo que são fruto de conhecimento ignorante e experiências de quase nenhum valor de crescimento?! É óbvio que o ambiente universitário me fez pensar sobre meu real tamanho frente o mundo, porém não pude deixar de perceber a pequenez de meus colegas de classe. Não conheço todos, mas não pude enxergar nada de extraordinário nos que já conheci. Alguns tímidos, alguns brincalhões, filhinhos de papai (eu também não deixo de ser), etc.. Porém agora, no auge do copo de Sakê consigo expressar em palavras o que mais mais me aflige no mundo atualmente, as pessoas vêem mas não enxergam realmente, não reparam. Talvez eu que seja detalhista em excesso, porém essa é a magia da vida, os detalhes. Vidas tranquilas e pacatas nunca me interessaram. A vida cheia de erros, as pessoas cheias de erros, os erros são sempre mais interessantes. O que faz tal pessoa agir de determinada maneira?! Será que essa pessoa é realmente o que transmite pra gente?!
Sempre me interessei pelo "in-side" das coisas, o lado de dentro. Sempre fui mais atento as coisas que levam determinado fato a acontecer, deixando mais pra segunda visão o fato em si. É claro que os fatos são no fim das contas o que mais importa, porém não se pode compreender o fato totalmente sem conhecer o emaranhado de coisas que o moveu do inicio até determinado momento, talvez eu esteja, mesmo sem querer, parafraseando algum filósofo famoso, mas não é a intenção. Meante a tantos detalhes observados torna-se uma atividade espontânea da mente interpretar certos gestos e feições. Como seu lábio se fecha quando é contrariado, ou como sua sobrancelha se levanta quando escutas algo que não esperava ou que não está acostumado. Talvez seja essa a magia do mundo. É uma pena que tão poucas pessoas sejam assim, acho que o enxergar além do que a gente vê naturalmente é algo tão extraordinário quanto qualquer livro de Sherlock Holmes.
philos-sophia
