Amizade

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A casa onde moro é grande, porém simples e confortável, com cercas brancas à sua volta e uma cor amarela linda na fachada. O telhado colonial confere um charme a mais à ela. Do meu quarto desfruto de uma vista privilegiada. Ah! Também muitas árvores à rodeiam.
Ao entrar me deparo com João sentado à mesa sozinho.

- Por que está sozinho João?

- Estava esperando por você Anne!! - Diz ele.

- Mas por quê? Não precisava ficar todo esse tempo esperando. - Digo à ele.

-Anne, vou falar o porquê de ficar te esperando e sinceramente espero que me entenda. Sente-se aqui por favor. - Ele me chama.

- Tudo bem. - Assinto ao me sentar . - Então me diga... o que é tão importante? - Pergunto um pouco contrariada.

- Bom Anne, sei que você deve me achar chato e tal, porém quero que você entenda que eu me preocupo com você. Sei que está passando por problemas emocionais, que você tenta negar, mas eu te conheço o suficiente e sei quando está triste.

- João já se passaram nove anos desde que minha mãe morreu e não consigo aceitar. Minha tia e sua irmã não me ajudam com isso, venho passado por tudo sozinha. - Sinto uma lágrima escorrer pelos meus olhos.

- Eu sei que tem sido difícil Anne, mas eu sempre estive ao seu lado. Sabe que você pode contar comigo, não sabe?

- Eu sei João - deixando-a: Assinto com um sorriso tímido e lhe dou um abraço.

Depois que conversamos, subo as escadas, vou para o meu quarto, fecho a porta, entro no banheiro e tomo um banho relaxante. Após quase meia hora saio, vou ao meu guarda-roupas e pego um pijama bem velhinho estampa de pandinhas. Deito em minha cama puxo a coberta para dormir, porém não consigo, pois não paro de pensar em tudo que meu primo disse.
Depois de algum tempo pego no sono.

[...]

Desperto com o alarme tocando. Olho para o celular e são 6h da manhã. Está quase na hora de ir para o colégio, porém não tenho ânimo para ir. Ouço alguém bater na porta e me sinto indisposta para levantar.

- Quem é? - Pergunto.

- Sou eu. Katrina.

- Oi Katrina.

- Só quero saber se você vai à escola, pois já estamos atrasadas. - Afirma.

- Hoje não vou! Não me sinto bem. Eu... estou com dor de cabeça.

-Mais se você quiser podemos comprar um remédio no caminho da escola, tem certeza que não quer ir. - ela diz. E percebo um tom de preocupação em sua voz.

- Sim, tenho é melhor eu ficar hoje.

-Tudo bem. Vou avisar ao João que não precisa esperar por você, ok.

- OK avisa a ele por favor. - digo a ela.

Assim que ela vai embora, tento dormir mas não consigo, pois novamente ouço alguém bater na porta. Desta vez me levanto para abrir e vejo minha tia Estefânia. Fico surpresa, pois ela nunca vem ao meu quarto, nem mesmo quando estou doente.

- Oi tia, a senhora aqui?

- Sim. Surpresa? - Pergunta.

- Na verdade sim, afinal a Senhora nunca vem aqui no meu quarto. - Digo.

- Não é verdade Anne. Por que afirma isso?

- Ah tia, a senhora nunca veio, nem quando estive doente.

- Claro que vim Anne! Mas... isso não vem ao caso agora. Estou aqui para saber seus reais motivos de não ir ao Colégio hoje. Diga a verdade.

- Estou indisposta.

O Despertar- O segredo ReveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora