Capítulo 8

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OLHA QUEM VOLTOU KKKKKK

Então, bebês? Como vocês estão? Cansados, exaustos? Tristes, apaixonados? Gostaria de saber se estão solteirinhos na pista como eu ♥
Então, gente. Aqui vai mais um capítulo e eu gostaria de agradecer novamente as pessoas que estão lendo. Isso é realmente importante pra mim, e ter um feedback como estou tendo é realmente um sonho. Além dos amigos que fiz escrevendo esse livro, que com certeza vou levar pra sempre. Espero que gostem do capítulo. Beijinhos 😘

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Miguel

Vejo o boyzinho na última vez me encarando, e ao perceber, o encaro de volta. Seu olhar revelava que ele ainda estava a fim. Parecia um cachorrinho olhando para um osso muito desejado. Chegava a ser fofo. Chego pertinho dele, e ele continuava me olhando, sem palavras. Dou uma tragada no meu cigarro e resolvi ser direto. Afinal de contas, não tinha tempo a perder.

- Vai ficar só olhando mesmo ou vai me dar um beijo?

Ele fica me olhando esbabacado, sem ter o que dizer, e eu sorrio negando com a cabeça. Me aproximo e seguro seu queixo, o forçando a olhar pra cima, já que ele estava sentado e eu em pé. Dou um beijo calmo, e ele retribui de bom grado como se já estivesse esperando por aquilo. Ele respira ofegante, e eu abro o olho só um pouquinho pra ver seu rosto de satisfação enquanto me beijava. Volto a fechar os olhos e sinto sua mão em minha cintura, me apertando. Com uma das mãos eu ainda segurava o cigarro, e com a mão livre acariciava sua nuca.

Logo paramos por falta de fôlego, e eu pego um banquinho pra sentar ao seu lado. Ele sorria sem graça, e aquele mesmo sorriso circundado por lindas covinhas ainda eram seu maior charme, mesmo que o restante do corpo fosse sensacional.

- Er... Eu respondi sua mensagem no Grindr... Mas você nunca respondeu...

- Oh... Aquilo? Eu realmente quase não uso o aplicativo. Devo ter esquecido. Desculpa... Gustavo, né?

Ele sorri pra mim novamente, mas dessa vez não era um sorriso sem graça. Era um sorriso sedutor. Era engraçado como ele colocava a mão na nuca, ou enrolava os cachinhos do cabelo enquanto falava.

- Você pode me chamar de Guto...

O som estava muito alto, e a música estava ótima, mas desfavorável a uma conversa. Por isso aproveitei pra beijar o Guto mais algumas vezes. Ele era muito bom de beijar, e parecia estar gostando também.

- Eu... Posso pegar seu número?

Ouço aquilo e fico meio atônico. Eu não costumava entregar meu contato a ficantes casuais. Além disso, tinha ficado com o garoto apenas duas vezes, e isso me assustou um pouco. Estava com medo do Guto querer um relacionamento sério, o que com certeza não era prioridade pra mim. Adorava minha vidinha de solteiro. Então passei o número errado.

Sim, você não entendeu errado. Passei o número errado sim, e por mais que agora saiba que aquilo apenas adiou o inevitável, eu fugia de relacionamentos. Já havia sofrido muito na vida com outros namoros, que não duraram mais que seis meses. Chorei muito por garotos que eram ciumentos e possessivos demais, ou não tinham nada a ver comigo. Ou simplesmente por enjoar a pessoa. É muito fácil alguém vir aqui e me julgar, achando que eu fui um idiota. Mas eu preferia mil vezes cortar logo relações do que ficar brincando com os sentimentos de alguém. E sentimentos pra mim, não serviam de nada. Eu só queria curtir, e não fazer ninguém sofrer.

Ele pareceu ficar muito feliz com o número, anotando meu nome com um sorriso lindo no rosto e os olhos brilhando. Deu até pena. Pedi mais uma bebida, e ele continuava falando. Não que eu não quisesse conversar, mas estava ali pra me divertir, e não queria ficar só com uma pessoa na festa inteira. Tinham alguns garotos que eu já estava de olho.

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