Destiel | 102 ✔

Capítulo único.

Songfic baseada na música 102 -Matt Healy (ali em cima) Mudei algumas partes da tradução para se encaixar melhor com a história. Enfim, espero que gostem. Por favor, não esqueçam de votar!
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Estou frente à seu prédio, sentado no capô do impala 67. Tivemos cinco anos de bons momentos nesse carro. Lembro-me que você me ajudou a escolhe-la. Lembro-me que decidimos que a chamariamos de "baby" juntos.

Faz anos desde que terminamos e meses desde que nos falamos pela última vez. E eu sei que eu estraguei tudo.

Sei que tudo está acabado já faz muito tempo.

Fumei seis dos dez cigarros
Que eu comprei há uma hora atrás.

Lembro-me quando nos conhecemos. Eramos crianças. Dois garotos ingênuos.

No começo não fui com a sua cara. Lembro-me que cheguei a socar seu rosto uma vez.

Mas você conquistou minha amizade.

E então chegou aquele dia.

O dia em que eu passei a não te ver somente como meu melhor amigo.

O dia em que eu te vi de maneira diferente.

O dia em que eu reparei em você.

Eu gosto de olhar seus olhos azuis.

Tivemos centenas de discussões bobas e brigas sérias naquele carro.

-Deus, Dean! -Você aumentou seu tom de voz -Ele é só um amigo.

-Por quê você está gritando comigo, Cas? -Eu disse com a voz manhosa -Ele claramente gosta de você, eu tenho motivos pra ficar com ciúmes.

-Eu não estou gritando com você!

E naquele momento eu dei risada.

Eu gosto da maneira que seu rosto fica quando estamos discutindo.

Eu fiz centenas de coisas, que eu, com toda minha alma, gostaria de não ter feito.

Eu me envolvi em algo que eu gostaria de não ter me envolvido. As drogas, Castiel.

Eu ficava chapado o tempo todo. E você tentou. Tentou que eu me recuperasse. Mas quando eu estava sob efeito, era como se fosse outra pessoa.

Com o ciúmes, e o sentimento de posse que eu tinha em relação a você, as brigas se tornaram algo constante.

Eu nunca te machuquei fisicamente, mas certamente destruí você por dentro.

E então, com todos dizendo o quão vagabundo eu era. O quanto eu não valia a pena. O quanto eu te machuquei. Você desistiu de mim. Com razão, eu sei. Mas se você tivesse insistido um pouquinho mais... Só mais um pouquinho, eu imagino que tudo seria diferente.

Quando... quando nós ficarmos velhos espero que isso te lembre que eu não sou tão ruim como te disseram.

E quando eu bati
No apartamento cento e dois
E eu vi você de pijama
Eu não consegui parar de sorrir.

Seu velho pijama azul listrado.

-Olá -Você acenou com as mãos e me disse que eu parecia ótimo.

Contei a você que eu já não usava mais drogas.

-Bom, tirando isso aqui -Eu ri, e mostrei o cigarro que tinha em mãos.

E você sorriu. Um sorriso verdadeiro.

E é por isso que quando
Estamos no habitual novamente
Eu tento abrir meu coração
Para esse seu sorriso otimista.

E então ele apareceu. Beijando sua bochecha e apertando minha mão.

Ele reclamou que era seu dia de ir ao mercado. Você disse que tinha esquecido e que ele deveria ter ido.

Como eu disse, eu, eu
Eu gosto do seu jeito de ser
Eu gosto da maneira que seu rosto fica quando você está discutindo com ele.

Eu me despedi, e ele disse que eu deveria visitar mais vezes. Realmente um cara legal.

Em casa, abri meu armário, e peguei a peça em mãos.

Neste sobretudo
eu encontrei o seu cheiro
E eu fiquei sentado lá por anos
contemplando o que fazer comigo mesmo.

Decidi que voltaria sim.

Eu te chamei
no apartamento cento e dois
Nós simplesmente nos sentamos por anos
Falando sobre aquele garoto
que você está ficando.