Capítulo 1

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Era uma noite de sexta-feira quando Thomas Edward, um grande empresário de Nova Iorque ligou para a polícia, no primeiro toque uma moça o atendeu.

— Alô! — Com quem eu falo?

— Meu nome é Thomas, eu preciso de ajuda.

— Em que posso lhe ajudar, senhor Thomas? — perguntou a moça calmamente.

— Eu cheguei de viagem agora a pouco e não encontrei a minha esposa aqui em casa, liguei no celular e ela não atende, não sei onde ela está. Tenho medo que possa ter acontecido alguma coisa com ela — disse ele um pouco agitado, mas não totalmente desesperado.

— Fique calmo! Preciso que me passe suas informações para que eu possa enviar uma viatura até o local. Então será possível analisar melhor os fatos e tentar entender o que aconteceu, se realmente sua esposa está desaparecida.

— Tudo bem, mas espero que não demorem, vou aguardar aqui.

Thomas passou o endereço, seu nome completo e o nome da sua esposa, Christine que estava supostamente desaparecida.

Scott já estava em casa quando recebeu um telefonema de Alfred pedindo que fosse verificar o ocorrido. Já estava fora de seu turno de trabalho, mas ele não se importava com isso. O chefe explicou que havia uma mulher supostamente desaparecida, Scott não acreditava que fosse uma vítima de um assassino em serie, mas não era bom tirar conclusões antes de analisar todos os fatos. Pegou seu carro e foi em direção ao endereço informado.

Trinta minutos depois de Thomas encerrar a ligação, detetive Scott parou seu carro em frente a casa que ficava em um condomínio residencial de luxo da cidade. Era uma mansão suntuosa com um jardim enfeitado com belas plantas exóticas, pedras coloridas e uma iluminação artificial que dava ao local um aspecto perfeito. Certamente era a casa de algum milionário, ou ao menos alguém muito rico.

O homem aparentemente abatido estava em frente a residência a espera da polícia. Scott estacionou o carro e caminhou lentamente até ao encontro do homem que não mudou os pés de lugar.

— Boa noite! Sou detetive Scott. O senhor deve ser Thomas Edward? — disse o cumprimentando.

— Sim! — disse o homem secamente.

— Recebi a informação de que a sua esposa está desaparecida. Preciso que me conte tudo o que aconteceu — falou o detetive entrando diretamente no assunto.

Os dois sentaram-se nas cadeiras que ficavam na varanda e o homem começou a contar os fatos detalhadamente.

— Acabei de chegar do Arizona, eu estava em uma viagem a negócios, cheguei aqui e encontrei a casa fechada. Abri a porta e não havia ninguém em casa. Imediatamente liguei para a minha esposa, mas ela não atende as ligações, parece que o celular dela está desligado. Não existe nenhum sinal de que a casa foi arrombada, ou qualquer outro tipo de violência. A casa está perfeitamente em ordem. Não entendo o que pode ter acontecido.

— Certo, se houve um arrombamento, isso só poderá ser comprovado com uma perícia na casa. Quando foi a última vez que o senhor a viu ou conversou com sua esposa?

— Cinco dias atrás antes de viajar, mas conversamos ao telefone dois dias atrás e estava tudo bem. Ao menos era isso que aparentava ao telefone.

— Sua esposa teria algum motivo para sumir sem dar notícias, ou ela já fez isso em outras ocasiões?

— Não, não! Isso nunca aconteceu.

— Muito bem! A princípio temos um caso de desaparecimento. Vou chamar a perícia e ver se eles descobrem alguma coisa, apesar de não existirem sinais de arrombamento. Mas enquanto isso o senhor terá que deixar a casa e também prestar um depoimento no departamento repetindo tudo o que acabou de me dizer e responder a mais algumas perguntas — Scott precisava oficializar aquele depoimento, pois poderia ter ocorrido um crime naquela casa.

Assassinato à beira-mar (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora