106 - Encontradas

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- Mallya on-

  Me encolhi contra o vidro das altas portas da sacada que estavam fechadas. A cortina na minha frente estava bloqueando minha visão, mas pelo menos me escondia. Eu amava brincar desse jogo, era legal, você nunca sabia quem ia acabar beijando, e torcia pra não pegar nenhum cara feio claro. Se bem que não vi nenhum cara feio por aqui hoje, e espero também que o Tae me encontre logo, estou ficando com saudades da boca dele, aliás isso me lembra do quanto estou aliviada por finalmente conseguir provas pra inocenta-lo, é bem reconfortante saber que quando eu por minha cabeça no travesseiro ou no peito do Tae pra dormir, dormirei em paz.
  Escutei um barulho, nem demorou muito, até estranhei, não achei que o Tae me acharia tão rápido. Eu estava no quarto do Jaebum, escondida atrás da cortina grossa que havia nas portas da sacada. E mesmo assim ele me achou com rapidez, que cara espert... Antes que eu pudesse terminar meu raciocínio meus olhos contemplaram G Dragon abrindo as cortinas. Com os olhos curiosos, me observando da mesma maneira que olhou pra mim no dia em que nos conhecemos.
  - Essa brincadeira é bem antiga... - Comentou ele abrindo um sorriso tímido, estava um pouco envergonhado, e a forma que suas bochechas coraram um pouco o deixou fofo.
  - E você me farejou... - Ponderei respirando fundo, as portas estavam frias contra minhas costas, e isso me deu um arrepio. G Dragon parecia ansioso.
  - Mallya... - Ele disse e deu um passo adiante, não estávamos muito afastados, mas depois que ele fez isso, ficamos praticamente juntos.
  - G Dragon você sabe que é uma brincadeira não é...? - Perguntei me aproximando mais como uma forma de permissão para ele me beijar e G Dragon ficou imóvel por um instante, pra depois fechar os olhos e se aproximar um pouco mais.
  - E se eu estiver gostando de você de verdade? - Ele disse e então me beijou, me impedindo de responder, senti uma de suas mãos entrelaçarem-se com meus dedos enquanto a outra vinha pro meu rosto e acariciava minha maça do rosto. Tão calmo e cheio de desejo, que eu pude sentir que ele realmente não estava brincando. Seus lábios se moveram com precisão, buscando por mais, enquanto ele colava seu corpo ao meu e me colocava contra a porta de vidro. O calor corporal dele começou a atravessar minhas roupas, eu não sabia que beijar um lobisomem me fazia sentir todo esse calor. E com mais alhuns segundos, em que ele devorava meus lábios com vontade e sentimento, enquanto pra mim era apenas um beijo, G Dragon se afastou.
  - Mallya...
  - Achei você. - Uma voz interrompeu G Dragon, e saindo da porta surgiu meu ex, Chankyun. Ainda estava lindo, com seu corpo musculoso estremamente me tentando, mas ele não esperou nem pra dar "oi". Assim que se aproximou me puxou pela mão e roubou um beijo de mim, mordendo meu lábio e em seguida abrindo um enorme sorriso ao se afastar.
  - Demorei, mas te achei Jagi. - Disse ele com um sorriao no rosto e eu senti minhas bochechas queimarem.
  - Não me chama assim, eu não tenho mais nada com você. - Respondi cruzando os braços e ele ia dizer alguma coisa quando o Taehyung apareceu na porta, interrompendo também a crise de ódio que G Dragon estava prestes a expor. E ele não parecia nem um pouco contente com a cena, principalmente pelo fato do Chankyun ainda estar segurando a minha mão.
  - Vocês dois estão mortos! - Declarou Taehyung com um olhar mortal, fulminando os dois seres ao meu lado.

- Alícia on-

Encostei numa coluna e me olhei no espelho que estava a poucos metros na minha frente, um grande espelho que se estendia por todo o closet do quarto da Mallya. Eu estava escondida aqui e nem tinha tanto tempo quando escutei passos, calmos e com objetivo.
  Ele deslizou a porta pro lado e então entrou no closet, a fechando e trancando logo a seguir, olhei para o seu reflexo no espelho e fiquei me perguntando como eu demorei tanto pra perceber a psicopatia nele... Tenho que admitir que não estava tão nítido, mas eu deveria ter percebido, pelo jeito dele e a maneira como faz e quer as coisas, até mesmo a pocessividade. E por mais que minha mente reprovasse o que eu sentia, eu já estava começando a dar lado pra minha outra consciência, a que estava corrompida. Eu queria me libertar pelo menos um pouco, mesmo que seja errado...
  - Ninguém vai tocar em você além de mim. - Mark anunciou enquanto se aproximava, e quando me alcançou suas mãos se encaixaram na minha cintura.
  - Agora vai ser assim? - Perguntei, e Mark me olhou nos olhos, meu coração começou a disparar e eu escutei mais batimentos, de dois corações, mais um coração estava acelarando além do meu.
  - Você sabe... E eu sei... - Ele disse e então, pelo fato de ser mais alto, ele se inclinou na minha direção, buscando meus lábios, e eu avançei sentindo o gosto suave de vinho na boca, e aquele desejo que começava a formirgar minhas veias, se espalhando.
  - Nascemos assim... Mas as decisões que tomamos é que importam... - Comentei tentando analisar qual seria sua resposta e Mark desceu sua boca pelo meu queixo calmamente.
  - Eu nunca machuquei ninguém. - Sussurrou ele quando chegou no meu pescoço e eu abri um sorriso malicioso.
  - Vou fingir que acredito.

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