Capítulo - 10

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Anna

    Saio do apartamento de Paulo, caminho até o elevador que já está fechando.

   —Segura para mim - grito para a pessoa que está dentro do elevador, que coloca a mão para impedir.

    Entro no elevador que logo se frecha atrás de mim.

   —Obrigada - agradeço a pessoa enquanto arrumo a bolsa no ombro.

   —Disponha - levanto meu rosto rapidamente quando escuto a voz de Felipe penetrar em meus ouvidos, fazendo minha pele se arrepiar por completo - Felipe.

   —O próprio - ele diz sorrindo e no segundo seguinte o elevador da um solavanco, fazendo as luzes se apagarem e a luz de emergência se ascender instantaneamente.

   —O que é isso?

   —Na certa uma queda de energia no prédio -  ele diz tranquilo.

    Não consigo disfarça meu descontentamento em ficar presa com ele nesse elavador.

   —É tão ruim ficar presa comigo aqui? - ele chega perto de mim e minhas costas batem no metal frio do elevador.

   —Eu.. Eu - não consigo articular nenhuma palavra com ele tão perto de mim.

    Ele se afasta de mim e pega seu celular no bolso.

   —Sem sinal, tenta o seu.

   —O meu?

   —Anna seu celular - eu pego o celular na bolsa.

   —Também sem sinal.

   —Então o jeito é esperarmos.

    Ele se senta no elevador. E me sento o mais distante dele possível.

   —Ta muito calor - digo me abanando.

   —Ta mesmo - ele diz e retira a camisa fazendo com que eu perca um pouco da minha sensatez.

    Ele passa a camisa no rosto e não consigo desvia os olhos do abdômen dele, todo musculoso. Ele percebe que o olho e abre um sorrisinho de lado e desvio o olhar.

   —O que você estava fazendo aqui no prédio Anna.

   —Não que seja da sua conta mas tenho amigos que se mudaram para cá e você ?

   —Eu moro aqui, estava inclusive indo na casa da Valentina - vejo uma gosta de suor escorrer por seu abdômen.

    Meu deus me de força, peço e me levanto do chão me abanando por que parece que o calor triplicou aqui.

   —Se você quiser retirar a camisa. Não vou me incomodar - ele diz com um sorriso cínico no rosto.

   —Engraçadinho - finjo uma risada e ele gargalha.

    Ele se levanta do chão e caminha até mim. Encosto minhas costas no metal e ele continua a caminha, quando está perto de mim. Passa a mão por meu rosto fazendo com que eu feche os olhos em seguida.

    —Você não sabe a saudades que senti de você, minha menina - antes qu eu possa raciocinar, os lábios dele estão grudados no meu.

    A língua dele pede passagem e não resisto acabo sedendo, o beijo de novo com tudo de mim já que estou na chuva é para me melhor mesmo.

   —O que você está fazendo - digo entre beijos.

   —Te beijando meu amor - ele diz e volta a me beijar.

    Eu sou tão fraca que esqueço tudo e só me entrego ao beijo dele, é tão bom está nos braços dele.

   —Volta para mim? - ele diz e me Afasto dele.

   —Não posso.

   —O que te impedi Anna, eu te amo - ele diz e parece que meu coração está em festa de tanto que bate rápido, só por ouvir dele que me ama - Volta para mim.

   —Eu não consigo toda vez que olho para você vejo o cara que me traiu.

   —Eu me arrependo tanto Anna, mas a Clarinha foi a única coisa boa que me aconteceu durante esses anos, eu sofri tanto por não te ter ao meu lado durante esses anos, acompanhei sua carreira através de revistas, internet e jornais, quando o que eu mais queria era está ao seu lado, era que você estivesse comigo.

   —Eu teria ficado, mas você me traiu você durmiu com a sandrinha quando estavamos juntos, não foi antes - minha lágrimas caiam, vejo seus olhos marejados.

   —Eu sei me perdoa, eu fui atrás de você naquele aeroporto mas cheguei tarde de más, você já tinha ido embora da minha vida Anna, você é o amor da minha vida, passei anos te amando e vou continuar te amando agora, vamos tentar, vamos nos dar uma chance, da uma chance para mim? para o nosso amor.

   —Felipe... eu.. - e lá está ele com os lábios de novo nos meus.

   —Promete pensar - ele beija as lágrimas do meu rosto - Por favor.

    O elevador dá um solavanco de novo e as luzes se ascendem.

   —Por favor minha menina, promete pensa  - as portas do elevador se abrem e saio dali as pressas.

    Pego um táxi em frente ao prédio e vou para minha casa ainda ofegante, as palavras dele ficam martelando em minha mente os lábios dele na minha pele, o gosto dos lábios dele na minha boca.

    Ele sem camisa naquele elevador, o cheiro dele, naquele perfume masculino, Felipe me deixa doida, mas uma coisa eu gravei mais que as outras.

    Ele disse que me ama, que passou anos me amando e que vai me amar para sempre, que eu sou a mulher da vida dele, meu deus o que eu faço.

    Eu não sei o que fazer se aceito ele de volta na minha vida, mais se eu aceitar ele na minha vida de novo tenho que aceitar aquela lindinha da Clara, mas aonde entra a Sandrinha nisso afinal ela é  a mãe dela.

    Eu preciso pensa, eu preciso de tempo tanta coisa acontecendo de uma vez na minha vida.

Apenas mais uma chance - Livro 2 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora