12. Interrogando Bella

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Como um leão enganado tentando cegamente fazer seu caminho pela selva, eu andava de um lado para outro sem descanso pela grossa neblina esperando pela saída do Chefe Swan. Durante esse tempo, eu pensei um pouco sobre o pai de Bella. O que ele pensaria de mim? Eu iria conseguir sua aprovação? Isso parecia bobagem para estar se pensando assim, mas ao mesmo tempo era prático. Afinal, se o Chefe Swan não me aprovasse, eu não tinha esperanças com Bella. Era difícil me encontrar repentinamente tentando jogar pelas regras humanas.

Então vi o Chefe Swan entrar em sua patrulha e dirigir para longe. Eu pulei no meu carro, que estava estacionado atrás de uma arvore próxima, e dirigi pela rua. Eu fiquei mexendo com os controles do painel por um tempo, tentando achar as condições ideais para um passageiro humano. Fiquei rapidamente impaciente.

Suspirando, eu sai do meu carro e voltei a caminhar na neblina. Enquanto eu andava, eu podia ouvi-la se movendo dentro da casa. Comecei a me preocupar. E se ela não quisesse me ver? E se os eventos da noite anterior finalmente pesaram nela e ela ficasse mortificada por me encontrar de pé lá? Se esse fosse o caso, eu iria educadamente sair de sua vida.

Então Bella saiu da casa, usando grossas roupas, a névoa fez sua pele de marfim brilhar. Ela desceu a entrada e parou quando viu meu carro. Ouvi seu coração acelerar. Eu sorri. Talvez ela gostou de me ver, afinal. Eu abri a porta de passageiros para ela. Ela ainda poderia recusar minha presença em sua vida e eu não ficaria no seu caminho. Ainda, eu tinha que fazer a oferta..

“Você quer ir comigo hoje?” Eu estava maravilhado pela expressão em seu rosto quando a peguei de surpresa. Bella realmente fazia as expressões faciais mais encantadoras.

“Sim, obrigada,” ela disse educadamente, embora sua voz soasse levemente controlada. Ela entrou no meu carro e eu fechei a porta atrás dela. Andei no meu ritmo natural, deslizando no meu assento. Liguei o carro, ansiando nos levar para a escola o mais rápido possível. Por mais que eu quisesse ficar perto dela, eu tinha que por um limite no tempo que passava com ela em um espaço fechado.

“Trouxe o casaco para você,” eu mencionei, esperando que ela não pensasse muito sobre o gesto. “Não queria que você ficasse doente nem nada disso.” Seus olhos permaneceram em mim por um momento antes dela responder.

“Não sou tão frágil assim,” ela disse. Contraditoriamente com suas palavras e para minha satisfação, ela puxou a jaqueta para o seu colo e deslizou suas mãos delicadas pelas mangas. Eu percebi como ela pressionou seu nariz contra o couro, inalando. Eu estava feliz que ela achava meu cheiro prazeiroso, mas principalmente eu estava incomodado que ela havia sido atraída por uma das armas vampiras usadas para iludir sua presa.

“Voce não é?” eu contradisse baixo para mim mesmo. Delicada… frágil… humana.

Ela não tinha idéia de quanto perigo ela realmente estava em estar tão próxima a mim. Era enervante pensar o quão facilmente eu poderia drenar todo seu sangue antes mesmo dela perceber o que aconteceu. Rosnei em minha cabeça por até pensar dessa maneira. Ela era frágil demais para estar na presença de um vampiro. Era ridículo para ela dizer que não era delicada.

Eu estava tão perdido em meus pensamentos que nem percebi por quanto tempo havíamos nos sentado em silêncio. Olhei para ela e a vi agitada. Estava surpreso que ela ainda não havia caído em cima de mim com todas as suas perguntas. Eu sorri.

“Que foi, hoje não tem jogo de vinte perguntas?”

“Minhas perguntas te incomodam?” ela perguntou, suspirando.

“Não tanto quanto suas reações,” eu disse um uma maneira provocadora, não querendo revelar totalmente o quanto essa mulher me enervava.

Ela franziu as sobrancelhas. “Eu reaciono mal?”

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