27º Capítulo

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Sierra P.O.V

Nada mais importava.

Era eu e ele, ali naquele pequeno lugar resguardado dos olhares intrometidos de pessoas que, eventualmente, poderiam passar no parque a aquelas horas da noite.

A sua penetração lenta e subtil fazia-me deixar passar pelos meus lábios cornudos, vários suspiros de prazer. Os meus olhos fecharam-se para poder saborear aquele momento inesquecível, enquanto sentia a respiração de Edward contra o meu pescoço. As suas mãos faziam pressão sobre as minhas ancas para poder facilitar os seus movimentos, que, agora, tornaram-se rápidos e fundos. As minhas costas arquearam-se nesse mesmo momento e vários gemidos altos ecoavam pelo arvoredo, uma das suas mãos encontrou um dos meus seios, ainda cobertos com o soutien, e apertou-o com uma força estridente, o que me provocou um misto de dor e prazer exacerbante.

Colaborei com ele movimentando as minhas ancas para proporcionar aos dois ainda mais satisfação. Sim, estava a resultar e tudo estava perfeito. Os gemidos de ambos eram cada vez mais altos, os seus movimentos mais prazerosos e as minhas unhas marcavam as suas costas.

Ele sempre foi tudo o que quis e desejei, agora com a outra idiota fora do meu caminho, posso ser finalmente feliz. Ele era tudo para mim e para mais nenhuma saloia.

Edward, és meu.

A minha boca formava um ‘ o ‘ perfeito quando deixei passar um longo e alto gemido juntamente com Edward, o que significava que ambos tínhamos chegado ao nosso limite.

A nossa respiração era pesada, os nossos corpos suados, estávamos fracos, mas satisfeitos.

Levantei a cabeça de Ed, de modo a poder ver-lhe o rosto, e depositei um leve beijo nos seus lábios, igualmente cornudos e rosados. Em um segundo, quebra o beijo, olhando-me com uma cara de desprezo e irritação.

- Sierra já te disse que depois disto, não há beijos. Ficaste esquecida? Caraças. – Resmungou irritado e eu limitei-me a assentir.

Não percebo ainda o porquê de ele recusar-se a beijar-me depois de nos envolvermos. Eu precisava de um gesto de carinho, de amor, algo que confirma-se o seu sentimento por mim.

- Ainda bem. – Ed senta-se ao meu lado e veste os seus boxers. Rapidamente começa a enrolar uma ganza e acende-a, começando a puxar o fumo do cigarro.

- Depois passa. – O meu olhar insidio no seu peito nu e um sorriso transpareceu nos meus lábios. Endireitei-me, vestindo as cuecas e o meu vestido, assim como as sapatilhas. Eu admirava os pequenos círculos de fumo cinzento que saiam pela sua boca e estiquei-lhe o braço para que ele me passasse a ganza.

Assim que estava em posse do tal produto, levei-o à boca, segurando no mesmo com apenas o dedo indicador e o polegar, e senti o fumo quente a descer a minha traqueira até aos pulmões.

Nunca gostei do sabor, mas com o tempo habituei-me e agora não consigo largar este vício que me faz tão bem e que, de certa forma, liga-me a Edward. Expiro lentamente para que o efeito daquela substância perdura-se no meu sistema.

De certa maneira, fumar deixava-me mais relaxada e calma, sentia uma paz interior inexplicável, fazia-me tão bem mas tão mal.

Edward fintava-me com um olhar malicioso e satisfatório, talvez por este dia. Não foi a nossa primeira vez juntos, mas todas as vezes eram boas e acabávamos sempre assim, acabávamos sempre com uma gansinha para alegar o nosso dia.

Devolvo-lhe o olhar e Edward torce o seu tronco, tirando da sua mochila uma simples máquina fotográfica e liga-a enquanto voltava-se para mim.

- Faz-me uma striptease. – O cigarro foi retirado dos meus lábios e posto nos dele, assim que este vestiu as suas calças de ganga. – Eu gravo e depois vemos os dois. – O seu lábio inferior curvou-se por entre os seus dentes e lançou-me um piscar de olhos.

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