Capítulo 16 - Tensões

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"Bom trabalho, Alyssa. Muito bem executado." - disse Takeda.
A segunda missão havia sido concluída.
"Aqui está o laptop." - disse Julia.
"Opa. Esse trabalho é meu." - disse Jessie, abrindo o laptop.
"Que plano de fundo horrível." - comentou Alicia. - "Jessie, sabe o que fazer?"
"Sí, señora!" - respondeu Jessie.
"Alyssa, Julia, estão dispensadas." - disse Sev.

***

"Takeda?" - chamou Stella.
"Sim?"
"Por que eu não fui escolhida pra nenhuma missão ainda?"
"Porque o Lynnoux acha melhor manter você aqui. Queixas são no Departamento Felino."
"Muito engraçado. Fala pra ele que se eu continuar engaiolada aqui, eu vou parar o suprimento semanal de latas de atum."
"Quer saber? Por que não vamos para a loja de doces? Eu estava com vontade de comprar uns chicletes de queijo mesmo."
"Achei que nunca iria perguntar! Deixa eu só pegar o meu fuzil."
"Só não demore... pera aí, um FUZIL!?"

**

"Privjet, Astra! Bonjour, Minna!" - cumprimentou Takeda.
"Bonjour, Takeda! Astra non está aqui no momento." - respondeu Minna.
"O que ela foi fazer?" - perguntou Takeda.
"Foi comprar mais garrafas de vodka. Eu digo sempre pra ela para tomar a bebida sagrada que é o vin. Mas cadê que ela escuta?"
"C'est la vie." - comentou Stella.
Minna riu.
"Então, o que vieram comprar hoje?" - perguntou ela.
"Dois sacos de chicletes de cheddar e cinco pacotes de biscoitos de nozes. Aliás... aquilo já chegou?" - perguntou Takeda, abaixando a voz.
"Oui. Astra foi lá buscar." - respondeu Minna.
"E aqui estou eu! Privjet, Takeda!"
"Privjet, Astra!"
Astra abriu a maleta que carregava.
"É bem bonita, não acha?"
"De fato." - respondeu Takeda, entregando uma nota de 5 mil rublos a Astra.
"Takeda. Seus chicletes!" - chamou Minna.
Um tiro atravessou o vidro da loja, passando rente a orelha de Takeda.
"Je me rende!" - gritou Minna, abaixando-se.
"Блин!" - gritou Astra.
Takeda procurou o agressor. Mais dois tiros atingiram o vidro da loja.
"Está lá!" - Takeda apontou para o outro lado da rua. - "Sally! Esse é seu!"
"Com prazer!"
Sally atirou duas vezes, atingindo o braço direito e a perna esquerda do agressor.
"KYAAAAAAAAAAAAAH!"
"Bom trabalho, Sally. Vamos ver quem foi esse." - disse Takeda, levantando-se.
"Minna! Guarde essa bandeira branca!" - disse Astra.
Sally e Takeda observaram o agressor caído.
"Que estranho. Ele tem a marca das Raposas Vermelhas... mas não é uma raposa, nem vermelho!" -observou Sally.
"Tem maluco pra tudo." - comentou Takeda.
"MORTE À MONARQUIA!" - gritou o agressor.
Rendeu um chute e uma baguete na cara.
"Explica isso quando você estiver apodrecendo em uma prisão! Sally, mande Astra chamar uma ambulância e o pessoal da polícia militar. Esse vai falar."
"Agora mesmo."

***

"Esses chicletes são realmente bons." - comentou Bruce.
"O quê? Acabamos de contar a história do dia e isso é tudo que você tem a dizer?" - perguntou Stella, indignada.
"Ei, eu ouvi tudo o que você disse! Ataque das Raposas Vermelhas, tiros na perna, et cetera. Realmente, atacar uma loja de doces é crime que merece pena de morte. Mas esses chicletes..."
"Experimente com um hambúrguer!" - Takeda respondeu.
Sally estava a ponto de explodir.
"Tente não fazê-lo sonhar, porque ele nunca vai desistir até experimentar!" - comentou Mike.
"Então, posso dar a próxima sugestão para uma missão civilizadamente ou eu vou ter que pegar um microfone?" - perguntou Stella.
"Vá em frente." - respondeu Takeda.
"Então, é o seguinte-"
"DEZENOVE NÃO É VINTE!" - interrompeu Lynnoux.
Todos riram, menos Stella.
"Muito engraçado. E maturo também. Lynnoux, quando você vai parar com isso?" - disse ela.
"Meow." - respondeu Lynnoux.
"Então, como eu ia dizendo-"
"Ryukendo!" - interrompeu Lynnoux.
Lynnoux foi pego pela cauda e atirado para fora da sala.
Stella trancou a porta.
"COMO EU IA DIZENDO, é necessário que façamos uma identificação das armas utilizadas pelo grupo, a fim de saber se eles têm apoio externo. Hoje, eu e Takeda coletamos uma AKD-89. Takeda, você trouxe?"
"Com certeza. Arma linda, maravilhosa. Vou ficar com ela." - disse Takeda, abrindo uma caixa e revelando a arma.
"Alyssa, você lutou na Segunda Guerra Civil Americana, certo?" - perguntou Stella.
"Sim. E antes que você pergunte, sim, reconheço essa arma. É o fuzil primário do Exército Popular Doniphan." - respondeu Alyssa.
"Que conclusões podemos tirar disso?" - perguntou Sally.
Jessie levantou a mão.
"Que, devido ao inclinamento ideológico com as Raposas Vermelhas e a rivalidade existente entre Trive e a RPD, as Raposas têm apoio externo, fornecido pela RPD." - respondeu Jessie.
"Precisamente! Eu não responderia de um jeito melhor. Vamos observar o laptop de Becca, se acharmos qualquer confirmação... aonde o rei está, nesse exato momento?" - perguntou Stella.
"Ele foi ao Japão, deve estar em Osaka agora." - respondeu Takeda.
"Gente. Acho que vão querer ver isso." - disse Jessie.
Todos olharam para a tela do laptop.
Um inventário gigantesco de material militar estava listando 6 mil desses rifles em mãos vermelhas. Local de origem: Moscou.
Houve um silêncio.
"Bem... parece que vamos ao Japão."

Takeda's Tales (PTBR)Onde histórias criam vida. Descubra agora