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-Kristen...-Ele disse comovido, sorriu mostrando os dentes perfeitamente alinhados e brancos, sem saber o que dizer, ele apenas olhou em meus olhos, passou a mão delicadamente pela minha nuca, me causando arrepios, e me deu um beijo lento, sem pressa, como se quisesse que durasse para sempre. Sua língua ia de encontro com a minha, e o seu gosto de menta era delicioso, e era engraçado que com apenas um beijo ele já me deixava com os nervos à flor da pele, cheia de vontade de seguir  adiante. Ele mordia meu lábio inferior, enquanto eu passava a mão pelas suas costas definidas e ombros largos, nossos corpos já estavam completamente grudados e eu podia sentir que ele estava excitado. Era tão bom ter ele pra mim, mesmo que não tivéssemos nada definido, eu tinha certeza que ele me desejava como eu desejava ele.

-Acho melhor a gente ir. -Ele disse enquanto o sinal batia, afastando nossos lábios, e eu resmunguei em protesto. Nossos corpos ainda estavam colados, deitei minha cabeça em seu pescoço, sentindo seu perfume doce.
-O que você acha de sairmos depois da aula? -Perguntou, chamando minha atenção.
-Sairmos? Pensa em algo? -Perguntei, ainda aconchegada em seu pescoço.
-Hummm...-Ele disse como se estivesse pensando. - Califórnia. -Disse com humor em sua voz, e eu ri.
-Você não acha que é longe demais só para um passeio? -Questionei levantando minha sobrancelha esquerda, mesmo ele não me vendo.
-Mas quem disse que é só um passeio? Vamos fugir! -Ele disse agora me olhando, todo animado.
-Você está louco! -Falei rindo.
-Louco? Só se for por você. -Ri da sua cantada barata.
-Dean Winchester, você é o clichê em pessoa! -O acusei e ele caiu na gargalhada. -To falando sério! Olha pra você. -Me afastei um pouco e apontei para ele, que me olhava com uma sobrancelha arqueada.
-O que tem eu? -Ele disse se fazendo de indignado.
-Vamos começar pelo seu cabelo? -Arqueou as duas sobrancelhas.
-O que tem de errado com ele? -Ele riu, e eu tive que me concentrar para conseguir falar.
-Esse é o problema, não tem nada de errado! Sempre perfeito, brilhante, hidratado! -Falei e ele se gabou, passando a mão no cabelo, como um modelo e eu revirei os olhos.
-É muita babosa. -Ele brincou e eu ri.
-Tá bom...-Falei pensativa. -Agora vamos para o seu estilo. -Falei o olhando de cima a baixo e ele franziu a testa. -Você tem esse seu jeito de Badboy que conquista as meninas na hora.
-Ah é? -Ele riu- Eu te conquistei na hora então? -Disse e eu revirei os olhos, e ele selou nossos lábios.
-E daí você tem esse carro pra complementar o seu estilo clichê. -Falei e ele me fuzilou com os olhos.
-Eu não sou clichê! -Ele disse sério e eu ri.
-É óbvio que é! -Falei e ele deu um sorriso.
-Tenho meu próprio estilo, se eles me copiam, daí eu já não sei! -Ele disse levantando as mãos, convencido.
-Ah sim, entendi. -Falei fingindo acreditar. -Então senhor clichê, acho estamos atrasados. -Falei levantando. Ele olhou em seu relógio e fez cara de espanto.
-Já tínhamos que estar lá a 10 minutos. -Revirou os olhos e levantou. -Você sabe como a senhorita "Sophie" não tolera atrasos. -Deu ênfase no parênteses com a voz fina, imitando-a.
-Essa mulher é um porre. -Reclamei enquanto andávamos até a sala de aula, Dean pegou a minha mão, e assim caminhamos até a sala de aula. Pelos corredores vazios e silenciosos só dava pra ouvir nossas risadas e gargalhadas, pela primeira vez em tempos, eu estava feliz, e não parecia faltar mais nada.

-

Na última aula, Dean e eu conversávamos sobre o último trabalho que o Professor Dallas havia passado, quando Celeste veio caminhando até nós e sentou na frente de minha mesa, eu e Dean a olhamos confusos e ela disse:
-Kristen, eu sinto muito por tudo o que eu te causei! - Se desculpou, mas eu não sabia do que ela estava falando.
-Como? -Perguntei, Dean estava perdido como eu.
-Sobre...ah você sabe...eu e Sam. -Ela disse cochichando.
-O qu...-Não estava entendendo, mas lembrei da conversa que tive com Sam. - ...Ahh, você e ele? -Perguntei.
-É, você sabe, rolou.-Deu seu sorriso falso.
-Ela e ele...-Dean disse confuso.-O que rolou?
-Ela e o Sam dormiram juntos na última noite.-Falei receosa da sua reação.
-Tá, mas por que ela veio te pedir desculpas? -Ele perguntou já estressado.
-Porque Sam me disse que Kristen ama ele e que ela ficou muito chateada com isso. -Ela disse e meu sangue ferveu, o do Dean na estava borbulhando.
-Como é que é? Você já sabia disso? -Ele disse ríspido, perguntando tudo de uma vez.
-Eu... -O sinal tocou e eu já estava com raiva da situação.
-Enfim, já vou indo -Celeste sorriu- Mais uma vez, me desculpe. -Fez cara de cachorro abandonado e foi embora. Dean guardava seus matérias na mochila com pressa e raiva.
-Dean - O chamei, mas ele continuou. -Dean, me ouve. -Insisti. - Ah entendi, é assim que você vai fazer toda vez que ouvir alguém falando mentiras?  Vai acreditar? -Falei grossa, e ele me olhou.
-É, me desculpe, eu só fiquei meio nervoso. -Ele arriscou um meio sorriso. Todos da sala já tinham ido embora.
-Meio? -Arqueei uma sobrancelha, e ele riu.
-Muito! -Revirei os olhos e ri.
-Você só pode ser doido. -Falei e ele selou nossos lábios. Agora já estava calmo e atento às minhas palavras.
-Então...-respirei fundo. -... hoje Sam me disse que foi pra um bar e bebeu com uma garota, e os dois ficaram juntos. -Falei simples. Mas ele me olhou querendo mais explicações. -Ele disse que queria pedir desculpas por isso, mas eu falei que não devia explicações para mim, já que né...-Levantei os ombros. -...ele parecia muito chateado. -Falei triste por ele.
-Você fez o certo, Kristen. -Nós caminhávamos até a porta. -Mesmo ele fazendo umas merdas por aí, ferrando comigo, eu acho ele um cara bacana. -Ele fez um sacrifico para falar aquilo, eu sabia. -Vai achar alguém que goste dele também.
-Sim, ele vai. -Andamos até o seu carro e eu ainda não tinha visto Natalie.
-Você acha que nossos pais vão reagir mal ao nosso relacionamento? -Dean disse, havia preocupação em sua voz.
-Eu não sei, é tudo tão confuso. -Bufei constrangida e ele me abraçou contra o seu peito. Dean devia ter 1.86 de altura, era duas vezes maior que eu, e eu admito que gostava disso.
-Califórnia. -Ele disse do nada e eu ri.
-Você quer mesmo ir pra Califórnia, né? -Falei o abraçando ainda mais forte e deitando minha cabeça em seu peitoral.
-Se nossos pais não aceitarem, eu quero. -Ele disse beijando minha cabeça.
-Mas você não acha que já somos bem grandinhos para eles quererem mandar em nossas vidas?
-Você sabe como meu pai é, pra ele eu faço música. -Ele disse chateado.
-Então o plano é ir Califórnia amanhã mesmo. -Falei e senti que ele sorriu.
-Acho melhor a gente não contar nada ainda, né?
-Sim, apenas sermos como bons irmãos. -Falei e ri.
-Que horror. -Ele riu. -Quero é beijar essa tua boca, e irmãos não fazem isso, não é mesmo? -Ele perguntou e eu olhei para ele, eu tinha que levantar a cabeça, pois a diferença de altura era alta. Ele tirou a mexa do meu cabelo ruivo de meu rosto, seus olhos me encaravam, eram verdes e me faziam suspirar, deslizei uma mão para sua nuca e a outra mantive  em seu ombro.
-Acho que não fazem mesmo. -Fiz uma cara de nojo e depois sorri.  Sua boca vermelha estava entreaberta e seu cabelo se mexia com o vento, era perfeito, como um anjo, sei lá! Só sabia que estava vivendo algo muito bom, e parecia um sonho que ia acabar a qualquer momento, me trazendo de volta para a realidade, mas esse parecia real e era o melhor de todos. Selou nossos lábios, mordendo lentamente meu lábio inferior, o gosto de menta ainda era forte em sua boca, nossas línguas moviam-se juntas, como numa dança perfeita.
Contra a minha vontade, eu interrompi o beijo, me afastando, Dean abriu os olhos devagar e me olhou, passando a língua sobre os lábios.
-Eu preciso ir agora. -Falei e ele resmungou.
-Mas eu posso te levar pra casa se quiser.
-Mas você não acha melhor a gente fingir que nem se fala muito? -Perguntei e ele assentiu.
-Você tem razão! -Concordou e selou nossos lábios uma última vez.
-Te vejo amanhã. -Sai de seus braços e me despedi.
-Até amanhã, sister! -Ele brincou e eu fiz cara de vômito, depois rindo junto à ele.
Dean entrou no carro e me mandou um beijo no ar, me fazendo rir, depois sumiu entre os carros. Caminhei o estacionamento todo procurando Natalie, mas não a achei, talvez tivesse achado que eu iria com Dean e foi embora. Droga! Peguei meu celular e fiquei uma meia hora tentando achar um Uber, e quando achei, ele demorou mais uns vinte minutos para chegar até a mim.
Conferi o carro e entrei:
-Boa tarde! -Falei educadamente.
-Boa tarde. -Ele respondeu ríspido. Revirei os olhos.
No caminho de casa, fiquei pensando em tudo o que havia acontecido nas últimas semanas na minha vida e como estava tudo uma confusão, mas uma confusão boa se parasse pra pensar na parte em que Dean se envolvia.
O barulho de ambulância soava alto e me tirou de meus pensamentos, havia tido um acidente feio, pois tinham varias viaturas de polícia indo rapidamente para a direção contrário da minha casa, que já estava próxima, e varias ambulâncias, isso me deixava meio atordoada.
Chegamos na frente de casa e eu peguei o dinheiro da corrida para o Uber "super simpático", que me disse só um "Tchau" e saiu cantando pneu. Abri a porta de casa e encontrei minha mãe na mesa, chorando, toda nervosa.
-Mãe, o que aconteceu? -Perguntei rapidamente.
-O Dean filha, o Dean! -Meu coração acelerou, achei que ela tinha descoberto sobre nós dois.
-O que tem? -Perguntei já nervosa e exaltada.
-Ele sofreu um acidente!!! -Meu coração parou, meu corpo amoleceu, e minha visão ficou lenta, as palavras não saiam da minha garganta, e eu achei que fosse desmaiar.

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⏰ Última atualização: Mar 18, 2018 ⏰

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Eu Estou Na Sua- Jensen Ackles & Jared padaleckiOnde histórias criam vida. Descubra agora