Tento ter calma, leio mais de cinco vezes todos aqueles estúpidos textos que te escrevi. Lei-os e tento decifrá-los à tua maneira, para que pelo menos uma vez na vida te tente perceber. Eu sei que não é mútuo, sei que te queres afastar. Mas não o faças. Dá-me pelo menos mais uma oportunidade para que te possa fazer sentir, sentir tudo de bom e de mau. Deixa-me entrar na tua vida, não de repente, mas com calma para que não te assustes. Eu só te peço uma oportunidade e à mínima chance de me aproximar tu afastas-me com todas as tuas forças. Empurras-me do abismo e deixas-me no fundo do poço sem nada nem ninguém. Tento ter calma, mas já sabes que isso não combina comigo. Sou impulsiva e espontânea e a cada passo que dou explodo com a tua paciência e tu desapareces sem deixar rasto, refugias-te no teu labirinto, no mesmo que sempre que eu tento entrar me perco. Já são tantas vezes que entro nele, mas qual é o raio do caminho? Nem tu próprio sabes, nem tu próprio te conheces. Tento ter calma, mas é mais forte que eu, desvalorizar-te sempre que possa e minimizar-te sempre ao mesmo tempo que te comparo com outra pessoa. Eu não sei porque o faço, e desde já as minhas mais sinceras desculpas. Não seria a minha intenção te ferir. Eu sei que isto não faz sentido. Estou mais reduzida a fragmentos do que qualquer outro tipo de material frágil. Estou perdida confesso, mas quando é que não estou? É inevitável não me perder quando te vejo. O meu maior ponto fraco és tu, e sempre que penso nisso, não consigo conter as lágrimas. Ninguém disse que seria fácil, muito menos eficaz. Eu perdi-te naquele em que me trocaste, eu perdi-te naquele dia em que outro me tocou, perdi-te no dia em que decidimos-nos perder. E agora como te recupero? Não se volta atrás com sentimentos, mas a cada dia que passa eu não consigo sentir menos.