✖️ Capítulo 1 ✖️

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Aviso: Esta fanfic está escrita geralmente em Português de Portugal, a não ser algumas palavras que eu tento usar "brasileiras" para soar melhor. Qualquer dúvida não hesitem em perguntar nos comentários se não souberem o significado de alguma palavra. Obrigada pela a atenção e boa leitura *_*.

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Estava a pôr toda a minha vida em caixotes, se bem que eu não sou assim tão velha, já que só tenho 17 anos. O meu pai sempre viveu aqui em Busan desde pequeno e eu também nasci aqui. Porque é que nós estamos a mudar?

O meu pai foi convidado para ser diretor de um hospital, numa terra no c****** mais velho. Mas eu ainda sou menor, portanto tenho que ir com ele.

Já não tenho mãe, ela era estrangeira. Daí eu ser um pouco diferente, sou morena, tenhos olhos verdes. Tive alguns problemas na minha antiga escola por não ter o padrão de beleza coreano. Não sou uma pessoa deprimida, nada disso. Nunca liguei muito a isso, mas a verdade é que sou uma pessoa um pouco sozinha.
Não tenho amigos. Tenho uma amiga, a Zoe, mas ela está a estudar na Austrália.

Levei o último caixote para a carrinha e o meu pai deu-lhes ordens para ir andando.

Que raiva! Não quero ir!

Vais ver que vai ser bom. Vais fazer novos amigos — o meu pai parecia bastante calmo mesmo depois de eu já ter perdido a paciência.

Eu nunca tive grandes amigos, tu sabes disso. Eu nunca me vou conformar por ter de mudar de casa.

Vai tudo correr bem. Relaxa. Vamos andando.

Ele abriu a porta do carro e eu entrei lá para dentro. Ainda estou amuada. Ele conseguiu convencer-me, e eu não sei como.  Ah já sei, é porque não tenho escolha.

5 horas depois.

Chegámos agora à nossa casa nova. Mas não era nada do que eu esperava. Era uma cada antiga, com o ordenado que o meu pai ganha não conseguia pagar melhor?

É isto?

Não havia mais nenhuma casa nesta zona. Além de ter sido muito em cima da hora.

Não havia melhor que isto? Que raio de terra é está?

É que nem vou responder.

Saí do carro a bater o pé e quase tudo já estava dentro de casa. Pelo menos a mobília, mas ainda havia muita coisa que arrumar. Entrámos e eu dei um olhar geral pela casa. Tinha pior aspeto do lado de fora, não é assim tão má. O sofá já lá estava, a mesa da cozinha também.

Onde é o meu quarto?

É a última porta do corredor.

A casa por dentro é toda de madeira, o que até é giro. Entrei no quarto que ia ser o meu e parecia ser grande. Tinha um roupeiro enorme, já tinha a minha cama e tinha casa de banho dentro do quarto. Já lá estava a minha mesa de cabeceira, tapete e cortinados. Foram rápidos.

De repente, senti um presença atrás de mim e virei-me rapidamente para trás achando que era o meu pai, mas não vi nada. Alex, estás a ficar maluca.

Sacudi a cabeça para afastar todos aqueles pensamentos e voltei para baixo. O meu pai estava a ligar os fios da televisão.

Precisas de ajuda?

Não. Já arrumaste as tuas coisas? — levantou-se um pouco  olhando para mim.

Mais ou menos. Vou dar uma volta. Não vou demorar muito.

Não voltes tarde.

OK.

Saí de casa e a casa tem jardim à frente e nas traseiras. Retiro o que disse, a casa é bem fixe, apesar de ser antiga. Faz lembrar a casas de madeira de antigamente.

Fui para o jardim das traseiras, onde havia duas laranjeiras e alguns canteiros com flores. Parece que alguém esteve aqui há pouco tempo, o jardim estava arranjado, tal como as árvores, que estavam tratadas, qlém de que não havia qual ter sinal de pó dentro da casa. E talvez tenham estado aqui pessoas há pouco tempo.

Voltei para dentro e o meu pai estava a arrumar algumas coisas na sala.

Estava alguém a viver aqui há pouco tempo?

Há uns 6 anos que não vive cá ninguém — O QUÊ? — mas porquê?

Não achas estranho a casa não ter pó nenhum além de o jardim estar muito bem tratado?

O dono deve vir aqui de vez em quando.

Pois... deve ser isso.

Não fiquei muito convencida mas também decidi esquecer. Que mais é que podia ser? Decidi ficar a ajudar o meu pai.

3 horas depois.

Estava exausta de arrumar tanta coisa. Fui para o meu quarto pois ainda não tinha arrumado nada meu. Comecei a tirar algumas coisas minhas e até que tirei uma moldura com uma foto minha e da minha mãe. O quanto eu sinto a falta dela. Pus-la em cima da minha mesa de cabeceira e continuei com as arrumações.

Reparei que o quarto já tinha um espelho na parede. Decidi olhar um pouco. As olheiras já lá não estão. Estão a desaparecer aos poucos. Olheiras de anos que duraram anos até desaparecerem. Na minha cara, uma cicatriz... que eu não quero lembrar. Uma coisa que sempre fez as pessoas que me olharem um pouco de lado. Uma cicatriz relativamente grande, que está ao lado do meu olho. Tento sempre esconde-lá com base, o que nem sempre é possível.

Ajeitei o cabelo e baixei-me para apanhar um elástico para o cabelo e quando voltei a olhar para o espelho reparei numa forma de uma pessoa no reflexo.

Olhei para trás de repente ainda um pouco assustada mas não estava lá nada. Quando voltei a olhar para o espelho também já não estava lá nada. Estava casa está a deixar-me doida! Agora é que não durmo de noite!

Apanhei o cabelo com o elástico e ouvi o meu pai chamar-me para jantar. Desci e ele estava na cozinha.

Pensei que ias encomendar comida.

Acabei por fazer eu. Acho que ficou bom.

Podias ter chamado. Sabes que adoro cozinhar.

Deixa estar. Agora senta-te e come. Olha lá, passou-se alguma coisa?

Não. Porquê?

Estás pálida. Muito pálida. Estás a sentir-te bem?

Sim...

Parece que viste um fantasma.

Foi quase isso.

O meu pai preocupasse quando eu fico assim pálida porque eu já tive anorexia e posso me sentir mal a qualquer momento.

Mas podem ter a certeza que não estou assim por causa disso. E há qualquer coisa nesta casa que não é normal.

My Sweet Ghost | XiuminOnde histórias criam vida. Descubra agora