Capítulo sem título 6

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Segunda-feira chegou, para a alegria de poucos. Pois, a rotina de trabalho volta tudo ao normal.

A Escola Paulo Ferraz volta a sua rotina.

Natalie chega, estaciona o carro e cumprimenta o porteiro. Como faz todos os dias.

- Bom dia Sr. Jonas! Como vai? Tudo bom?

- Bom dia Professora Smith. Estou bem. Obrigado.

Em seguida chega Priscila.

- Olá Sr. Jonas. Um bom dia para o senhor. "Segundona" essa hem!

- Oi Professora Pugliese. Um bom dia para senhorita também.

O dia percorreu tranquilo. Natalie e Priscila se viram rápido nos corredores na troca entre uma turma e outra. Porém, mal deu para se cumprimentarem. As duas eram focadas em seu trabalho e se dedicavam inteiramente aos seus alunos.

Sinal bateu. E os alunos foram dispensados. Na saída Natalie vê Priscila.

- Oi Professora tem uma lasanha pronta lá em casa, vou comer sozinha. Aceita me fazer companhia?

- Oi Natalie. Me chame de Priscila ou de Pri. Somos amigas. E deu um sorriso de canto de boca.

- Ôôô! Desculpe-me! É o costume.

- Então! Aceita meu convite?

- Sim! Claro. É um prazer.

Chegaram à casa de Natalie, um espaço bem aconchegante. Nas paredes haviam quadros com imagens da natureza, de crianças brincando e um em especial de Natalie abraçando um senhor já bem idoso. Priscila observa atentamente.

- Olha Pri esse é meu avô.

- Ele tem um semblante meigo. Disse Priscila.

- Ele se foi a pouco tempo. Disse Natalie, deixando escapar uma lágrima.

Priscila percebeu que ela estava emocionada, aproximou-se, e abraçou fazendo um carinho em sua cabeça.

- Não fique assim, eu estou aqui. Disse Priscila tentando acalmá-la.

Natalie por um instante se sentiu protegida e segura nos braços de Priscila.

E Priscila por sua vez, queria protege-la de qualquer situação para não vê-la naquele estado.

Em meio ao abraço que parecia envolve-las completamente. Natalie diz:

- Temos uma lasanha para comer.

- Temos sim. Vamos lá. Disse Priscila.

Enquanto Natalie colocava a lasanha para esquentar, Priscila respondia algumas mensagens que recebera mais cedo. E ao mesmo tempo observava como Natalie era linda. Sua delicadeza, sua seriedade e concentração ao pegar cada coisa.

Natalie mesmo concentrada em suas atividades, entre arrumar pratos, garfos e facas e pegar suco na geladeira percebeu os olhares de Priscila e esboçava um riso tímido.

Num ato de descuido Natalie acabou esbarrando em Priscila que se levantara para pegar os copos para o suco. E quase que involuntariamente Priscila a agarra com medo que ela caia. Natalie fica tímida.

- Desculpa! Eu me distrair, quase te machuquei. Eu não me perdoaria se isso acontecesse. Disse olhando para baixo.

Priscila percebeu o clima e brincou.

- Também não é pra tanto, não é Nati.

Natalie a olhou surpresa, pois era a primeira vez que Pugliese a chamou de Nati.

- Posso chama-la assim ou não? Disse Priscila.

- Claro que sim. Respondeu Natalie.

- Então!! Vamos comer? Está tudo pronto.

Após saborearem a lasanha, as duas se sentaram no sofá para conversarem já que a manhã havia sido corrida.

Em meio à conversa, o celular de Natalie toca e ela pede licença para atender. Enquanto isso Priscila confere as últimas mensagens recebidas. E com tamanha rapidez volta sua atenção para Natalie que está no canto da sala falando ao celular.

- Oi meu amor! Quanta saudade! Como você está? Fala Natalie ao celular.

- Te amo, te amo, te amo! Você sabe disso. Te amo muito, muito Dan.

Priscila não consegue disfarçar sua inquietude e levanta rápido.

- Natalie. Desculpa tenho que ir. Recebi uma mensagem de urgência. Beijos. E saiu rapidamente em direção ao carro.

Natalie não entendeu nada. No entanto não poderia cortar a ligação ao meio para pedir explicações a Priscila.

Priscila por sua vez, pensava consigo.

- Não quero atrapalhar. Ela parecia amar muito esse Dan ou essa Dan. Não sei mais nada.

Aquilo a deixara confusa.

- Para Priscila. A amizade de vocês é algo maravilhoso. Não iria ter ciúmes de uma amiga né? Ou teria? Eita!!

Priscila preferiu ir para casa, tomar um banho e se jogar na cama. Dormir era seu forte.

Quando estava começando a cochilar, chega mensagem em celular.

Era Natalie.

- 16h Pri? Que foi fiquei preocupada.

- 16h01min Não foi nada. Foi tudo muito bom, mas eu realmente tinha que vir. Não se preocupe.

- 16h02min Mais uma vez obrigada por aceitar meu convite Pri. Beijos.

- 16h05min Beijos Nati. Eu que agradeço.

O que martelava na cabeça de Priscila era o por que de todo aquele amor que demonstrara Natalie ao telefone, e a forma carinhosa com que falava. Havia doçura em suas palavras, e eram muito verdadeiras.

Natiese:  A pureza do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora