Natiese: A pureza do amor

O que está acontecendo?

A semana passou voando. Oba sextou!

Priscila está em casa à vontade, pois acabara de tomar banho. Estava usando um shortinho e uma blusinha leve, como ela sempre gosta de ficar. Livre, leve e solta.

Estava pegando o celular para ver as últimas notícias. Fora interrompida por alguém batendo à porta.

Desistiu de olhar o celular e se dirigiu abrindo a porta. Tamanha foi a sua surpresa. Quando se deparou com Natalie.

- Oi Pri!

- Oi! Falou surpresa.

- Entre, por favor. Fique a vontade.

Naquele momento passava um filme na cabeça de Priscila, pois havia saído sem se explicar da casa de Natalie. E não tinham tocado no assunto durante toda semana. Na verdade mal se cumprimentaram na escola, pois a semana foi puxada, a escola estava desenvolvendo vários projetos que exigia ainda mais dos professores.

- Priscila está tudo bem?

- Ô! Sim Natalie. Tudo bem.

- Olha Pri, trouxe chocolate para você. E meu pedido de desculpas por ter te deixado só quando esteve em casa. Mas eu realmente não poderia deixar de atender aquela ligação.

Priscila recebeu a caixa de chocolate e agradeceu um pouco sem saber com que cara olhar para Natalie.

- Obrigada Natalie! Não precisava se preocupar.

Nesse momento Priscila percebeu que nem havia pedido para Natalie se sentar, e as duas estavam em pé ainda perto da porta.

- Sente-se Natalie. Desculpa o meu mau jeito. Eu nem ofereci nada. E se dirigiram, sentando no sofá.

- Aceita um suco, um café, alguma coisa?

- Não Pri, agora não.

- Olha Pri, eu fiquei sem graça por você ter saído daquele jeito. Mas, não sem graça contigo. Mas, comigo por tê-la deixado só. Mas eu não poderia deixar de atender meu amorzinho, eu o amo tanto.

Priscila ouvia tudo com bastante atenção e com uma seriedade nunca vista antes por Natalie.

- Pois é Pri. Ele é tão lindinho e eu daria a minha vida por ele.

Priscila fica sem saber como reagir, mas disfarça, focando a atenção em Natalie.

- Ele tem Síndrome de Down. E eu o amo ainda mais. Ele tem 8 anos. Nossa! Como eu amo o Daniel. Soa até estranho eu dizer Daniel, eu o chamo sempre de Dan. Meu irmãozinho é lindo Pri.

Priscila corou as bochechas. Não sabia onde enfiar a cara, pois Natalie naquele dia falava com o irmão. Ficou sem saber o que dizer, ou como agir. Até Natalie dizer:

- Pri? Está tudo bem?

- Sim Nati. Desculpa! Eu estava tão concentrada em você, na forma como você fala do irmão. Com tanto amor e carinho que acabei voando aqui.

- Vou a cozinha ver sem tem algo para bebermos. Disse Priscila. Que foi interrompida por Natalie.

- Você nem abriu o chocolate Pri. Abra!

Priscila se apressou em abri-lo. Experimentando logo.

- Nossa Natalie. Maravilhoso. Ummm delícia.

Levantou se dirigindo ao sofá que Natalie estava sentada, sentou-se ao seu lado e a ofereceu.

- Pega Natalie experimenta. Você tem bom gosto! Esse chocolate com mel dentro é uma delícia.

Natalie sorriu e brincou!

- Acha que vou te dar chocolate ruim. Claro que não né Pri. E pegou um chocolate para acompanhar Priscila que insistiu que não queria comer sozinha.

As duas se dirigiram à cozinha para guardar o restante do chocolate e lavar as mãos. Priscila levava a caixa em uma mão, e na outra o chocolate que comia. Ao morder, o mesmo escorreu pelo canto de sua boca. E sem perceber pediu:

- Nati? Limpa pra me. Minhas mãos estão ocupadas.

Só pensou depois, no que havia falado. Tarde de mais!! Natalie se aproximou. E com as pontas dos dedos limpava sua boca. Priscila ficou sem chão. Seu coração acelerou de um jeito que a muito tempo não acontecia, sentindo o toque dos dedos de Natalie em sua boca.

Natalie, no entanto tratou de limpá-la com cuidado. Enquanto observava a boca de Priscila. Boca perfeita, toda desenhada, lábios macios. Aquele momento parecia uma eternidade e ambas queria que fosse. Ela sentiu que sua apreensão, sua fraqueza nas pernas não era nada normal. Essa proximidade da boca de Priscila a deixou sem saber como agir.

Priscila não aguentava mais se segurar e por impulso chupou o dedo de Natalie. Que estremeceu na base. Respirando fundo, totalmente sem reação.

E agora? O que fazer? Como agir?