CAPÍTULO 25

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Vinicius

As horas foram se passando de forma lenta, quase parando. Somos quatro pessoas dentro da residência, porém eu sou completamente ignorado. Na verdade os três estão dispersos, se evitando mesmo.

Depois do almoço, onde eu fiz um macarrão, que é a unica coisa que sei fazer, tentei ir falar com Millena mas ela estava distante e conversando monossilábicamente, então deixei ela na rede pensando em sei lá o que, e fiquei jogado no sofá até o meio da tarde, jogando vídeo game, quando por volta das quatro e meia da tarde, eu vi Millena levantar da rede no quintal e caminhar a passos largos pra dentro da casa.

- Quatro e trinta e cinco! - Gritou já na sala e então a correria e passos apressados foi tudo o que ouvi desde aquele minuto.

Olho no relógio pela milésima vez, cinco pra seis da tarde. Bato o pé no chão e encaro a escada, na esperança de ver um dos três descendo, suspiro derrotado, ninguém.

Levanto e vou até a cozinha, duas mochilas grandes estão em cima da mesa, já passei aqui cinco minutos atrás e não tive coragem de abrir nenhuma delas, agora é diferente a ansiedade me move. O ziper da primeira mochila faz um barulho rápido, enquanto abro e retiro uma pistola média. Arregalo levemente os olhos e devolvo pegando outra coisa, cordas, munições, explosivos, um recipiente com álcool, fósforo e mais duas pistolas e tantas outras coisas, porra quantas armas! Uma mala cheia de equipamentos pra destruição! Equipamentos esses, que eu não sei o nome nem da metade!

Fecho a mochila e sigo para a próxima.

Assim que abro me deparo com dois notebook, sorrio, disso eu entendo. Fuço mais e acho vários cabos, pendrives, CDs, um molho de chaves, pontos de ouvido, lanternas. Abro o outro bolso, roupas pretas e um kit de primeiro socorros. A curiosidade me toma e abro a maleta branca com uma cruz vermelha no meio, balanço a cabeça impressionado com o tanto de coisa que tem aqui dentro, desde agulha e acho que linha, até um bisturi! Dá para fazer uma cirurgia com toda essas coisas! Eu só sinto falta da anestesia, que não achei em canto algum.

Escuto passos no andar de cima e rapidamente pego uma pistola e munição da outra mochila, guardo no cós da calça. Isso pode ser útil. Os passos agora são na escada e chego na sala junto com eles. Olho para os três, vestindo preto e com a cara fechada, parecem outras pessoas. Meus olhos procuram por os de Millena, e vejo a mulher que amo, com um olhar determinado e a força de sempre, meu coração se agita e sorrio de orelha a orelha.

- Bom, Vinicius preciso que fique aqui e... - Ela começa quebrando meu encanto e sorriso, a interrompo.

- Nem ferrando! - Exclamo negando com a cabeça e fazendo uma careta. - Estou indo com vocês também.

- O meu filho, você não deve saber nem segurar em uma arma! - Juca murmura rindo. - Para de inventar, que estamos sem tempo!

Reviro os olhos.

- Na verdade, ele pode ser útil. - Lazlo diz de repente e começo a gostar desse cara. - Caso eu precise sair do caminhão, ele assume e não fica desfalcado.

- Obrigado! - Agradeço a Lazlo.

- Não é por você, eu nem te conheço! Só quero que de tudo certo, e você poderá ser útil, assim como é bom nas maquinas. - Lazlo murmura e eu reviro os olhos novamente, continuo não gostando dele.

- Beleza, se for assim eu topo. - Juca diz digitando algo no celular e é empurrado por Millena.

- Eu não concordo, - Millena diz e a encaro, vejo um lapejo de medo em seus olhos. - acho arriscado e falta de profissionalismo, levar alguém inesperiente, para um local instavél e totalmente perigoso!

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