MYOPIA

🍡 - t h r e e :

   ㅡ minmin! ㅡ dawon chamou assim que abriu a caixinha de pocky, estendendo a mão com um palitinho marrom com uma partezinha bege, sorrindo orgulhosa quando o amigo pegou com a boca, quase se derretendo ao sentir o gostinho de chocolate misturado com baunilha.

   ㅡ para quê você comprou tantos, wonnie? ㅡ hoseok perguntou com a sobrancelha erguida, enquanto comia seu ramén de carne. a menina deu uma risadinha fofa - porém um tanto suspeita -, mostrando as três caixinhas do doce.

   ㅡ eu pensei que você e o ji-chan podiam fazer aquele joguinho... ㅡ disse com a voz baixa e manhosa, mostrando um biquinho enquanto olhava triste para o park, abusando da boa vontade do amigo. ㅡ mas se não quiserem, tudo bem.

   ㅡ da-chan... ㅡ jimin chamou com um olhar tristonho, odiava ver a amiga triste. olhou para a caixinha e pegou um pocky de morango, caminhando até onde o outro estava sentado e colocou uma parte entre os lábios de hoseok.

   ㅡ jimin... ㅡ o maior alertou, mas o menino nem deu atenção. suas bochechas ardiam de vermelhidão, estava tremendo o corpo inteirinho.

   ajeitou os óculos e fechou os olhinhos logo depois, se aproximando do amigo e mordendo um pedacinho do palitinho doce. dawon já estava surtando internamente, pegou seu celular e começou a gravar um video enquanto fazia barulhos falsos de choro.

   as mãos trêmulas de jimin pararam nos ombros do jung mais velho, apertando mais aquela área cada vez que ficava mais perto da boca do outro. sobrava menos de cinco centímetros do doce.

   park fechou os olhos com força, seus dedos pequeninos já estavam brancos de tanto apertar hoseok por nervosismo, quando, finalmente, jimin comeu o último pedacinho e sentiu seus lábios tocarem o do melhor amigo.

   foi um selinho simples e não durou muito tempo, mas foi o suficiente para dawon começar a gritar e se espernear enquanto jimin afastava e escondia o rosto totalmente vermelho e deixando hoseok confuso.

   a única coisa que passava na cabeça do park era: jimin havia beijado jung hoseok!

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      é o ditado: quem é vivo sempre aparece.