Eu estava deitada num grande Jardim. A grama era extremamente verde e o céu em um tom azul e límpido. O vento batia em meu rosto me dando uma sensação de paz.
Comecei a andar por ali sentindo a brisa bater em mim fazendo um grande sorriso se formar em meus lábios. Mas, de uma hora para outra tudo começou a escurecer, o céu ficou um cinza muito escuro dando lugar a trovões estrondosos. O vento começou a ficar casa vez mais forte fazendo meus cabelos se embaralhar. O medo me consumia, porém, senti calafrios quando senti uma presença poucos metros atrás de mim.
Quando olhei na direção da pessoa que estava alí eu estremeci e lágrimas rolaram.
Ele começou a caminhar em minha direção, tentei sair dalí mas era como se tivesse criado raízes de baixo dos meus pés. Fiquei mais desesperada ainda em cada passo que ele dava.
Quando chegou em minha frente ele sorriu de um jeito macabro e começou a me tocar.
Eu gritava e gritava pra ele não fazer aquilo de novo mas ele não estava ligando e começou a tirar meu vestido me deixando semi nua enquanto me debatia contra ele. Ele tirou uma pequena faca do bolso e passou pelo meu rosto me fazendo engasgar com meu próprio choro e depois desceu ela na minha cicatriz e a forçou fazendo meu grito se juntarem aos trovões.
De novo não, de novo não...
Acordo desesperada com meu corpo clamando por descanso. Meu coração parecia que iria sair pela boca de tão rápido e forte que estava batendo.
Não estava conseguindo respirar direito, desço da cama e sigo correndo para a varanda da sala. Precisava de ar.
Chego lá e imediatamente me jogo no chão.
Não conseguia parar de chorar, os soluços se tornaram mais fortes quando as cenas do sonho vieram.
Porquê? Porquê eu simplesmente não podia esquecer isso?
Porquê? Porquê? Porquê?
- Esse lugar já está ocupado. -me assusto com a voz me fazendo olhar o dono dela.
Klaus estava sentado em uma poltrona com um cigarro na mão.
- Me desculpa, eu não...não vi que você estava aí. -enxuguei as lágrimas que ainda insistiam em cair.
- Você está bem? -perguntou se aproximando, mas, antes que chegasse perto elevei a mão em sinal dele não se aproximar.
- Sim, estou. Só não conseguir dormir direito. -digo passando as mãos pelo cabelo. Eu precisava me acalmar.
- Você precisa de um cigarro. -ele se aproximou me estendendo e peguei sem hesitar.
Dei uma tragada forte no cigarro e soltei lentamente a fumaça. Isso não estava adiantando, não conseguia relaxar. Não conseguia colocar meus pensamentos em ordem.
Saí da varanda apressada e fui atrás de um dos whisky do meu irmão.
Com o cigarro ainda na mão procurei em todo o armário e não encontrei.
Voltei pra sala e abaixo da grande TV havia uma estante que tinha várias portas retratos em cima. Abri as portas que tinha ali e encontrei várias garrafas de whisky e vinhos.
Peguei uma garrafa e sem um copo virei a garrafa à boca. Senti a garganta queimar, engolia a bebida em pequenos goles mas não queria parar. Precisava esquecer aquilo nem que seja por poucas horas.
Senti arrancarem a garrafa da minha mão fazendo me engasgar.
- Você tá louca? -Klaus perguntou com os arregalados. Tinha esquecido da presença dele alí.
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Como Tudo Começou
RandomDoce e ingênua, duas simples e pequenas palavras que definiam Mila Singer. Mas, que agora não a definem mais, não depois do trauma que sofreu e destruiu completamente sua vida, a três anos atrás a atormentando até hoje. O livro tem erros ortográfico...