Capítulo 5: Convicções.

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"Veja o mundo num grão de areia, veja o céu em um campo florido, guarde o infinito na palma da mão, e a eternidade em uma hora de vida!" (William Blake).

Van Pelt mantinha suas convicções na culpa de Allison, afinal, o êxito de Marie, seria seu fracasso. Patrick acompanhava o interrogatório, observando cada reação física e gestual que Allison transparecia conforme era acusada.

— Onde você estava entre as oito horas e oito e dez minutos na noite em que Marie foi assassinada? – Interrogou Lisbon.

— Eu estava sozinha na sala de imprensa improvisada no Hotel, estava preparando as perguntas para que os repórteres só perguntassem ao Taylor sobre Tracers. – Respondeu Allison séria.

— Você temia que perguntassem sobre a visita do Taylor à boate gay?

— Sim, a ida dele lá foi um prato cheio para a mídia.

— O que Taylor fazia na Abbey?

— O Abbey é um bar e restaurante e não uma boate gay como dizem.

— Então, Taylor foi ao Abbey fazer exatamente o quê? E porque Marie ficou tão zangada?

— Taylor foi apoiar um primo que se assumiu gay. Marie tirou conclusões precipitadas quando viu as notícias e como Taylor nunca a correspondeu, para ela era a confirmação de que ele era gay.

— Então, quando ela pensou que ele fosse gay, esqueceu o que sentia?

— Não necessariamente. Marie ficou zangada por ter sido ridicularizada em público. Ela era namorada dele formalmente, então ela se sentiu humilhada.

— Marie falou com você sobre isso?

— Sim.

— O que ela disse?

— Ameaçou-me. Marie disse que revelaria o romance publicitário e revelaria que Taylor era gay nas entrevistas do redcarpet na premiére mundial.

— Ela revelaria na noite em que foi morta?

— Exatamente.

— Foi aí que você a matou?

— O quê? Eu não matei Marie.

— Qual é Allison? A carreira do Taylor seria arruinada e a sua também. Seu papel é evitar que esse tipo de coisa venha a público. Você cortou o mal pela raiz! Confesse e podemos fazer um acordo.

— Eu não a matei! Nós conversamos momentos antes e ela prometeu não revelar nada disso.

— E você acreditou?

— Claro! Ela era muita coisa, menos mentirosa.

— Tinha problemas com Marie?

— Claro que sim. Havia conflitos o tempo todo, mas, ela me culpou por não estar na sequência de Tracers.

— E de quem foi a culpa?

— Thompson!

— O patrocinador de Tracers 2 não queria Marie na sequência?

— O Sr. Thompson não gostou da atuação de Marie, desta forma, vetou a participação no segundo filme.

— Foi o próprio Thompson que disse isso a você?

— Não... Ele disse ao produtor, do filme: Van Gus Saint.

— Há alguém que pode confirmar que você estava preparando as perguntas para os repórteres?

O mentalistaOnde histórias criam vida. Descubra agora