A sede dos agentes da CBI em parar o Red John nunca foi tão grande e parecia insaciável tanto para Taylor quanto para Jane e apesar de terem sua parcela de culpa na tragédia das pessoas que amavam, não aceitaram a perda de forma razoável, pelo contrário, aumentaram seu ódio para seguir cada pista e pegar o assassino.
Jane se sentiu ligado ao Taylor, e ainda que motivados por tragédias, eles desenvolveram uma grande amizade. Eles sempre compartilhavam suas teorias, ou apenas alimentavam as terríveis pretensões de ambos para dar fim a qualquer vestígio de que Red John tenha existido.
[...] Dias depois.
Era noite, Lisbon estava encarando a mesa vazia de Van Pelt e imaginando como ela poderia ter evitado sua morte precoce daquela forma, mas nada era mais deprimente do que Rigsby com a aliança que gostaria de ter dado a Van Pelt. Seu pensamento estava longe e seu coração vazio.
Jane estava no sótão com o enorme quadro cheio de recortes de pistas do Red John, seria mais uma noite de autoflagelação se uma denúncia por perturbação do sossego, não os tivesse tirado do tédio que os consumia.
Qualquer caso era útil para preencher a mente e mesmo Jane foi acompanhar a denúncia, pois estava lá em cima há dias e apenas comia quando Lisbon o obrigava.
Ao chegar ao local, Lisbon encontrou a porta da casa aberta e adentrou com a arma em punhos quando foi surpreendida pela carinha na parede e o corpo dilacerado. Era uma cena de crime do Red John e não apenas perturbação do sossego, o barulho atraiu a atenção dos vizinhos.
Jane avistou o olhar de Lisbon e pelo seu semblante empalidecido, ele sabia que Red John havia feito mais uma vítima. Ao entrar, ele notou que aquela cena não era como as demais, ele havia matado aquela mulher as pressas, porque a sua marca na parede não estava completa, faltava a boca e isso deixou Jane surpreso.
Jane olhou para a parede e para o corpo, o fato da marca não estar completa o fez cogitar se a cena não poderia ser consequência de mais um seguidor do Red John, contudo, quando ele se aproximou do corpo da mulher, reconheceu as profundezas dos cortes, mas não foi o desleixe da marca feita na parede que o intrigou, e sim fato de Red John não ter pintado as unhas da vítima com seu próprio sangue, como ele sempre fazia.
Jane aproximou-se do rosto da mulher e antes que seu cérebro pudesse processar a informação, seu grito ecoou pelo quarto e consequentemente por toda a casa:
— Ela ainda está viva!!! Chamem uma ambulância!!! Ela está viva!!!
A mulher estava respirando, Red John havia cometido finalmente um erro e Jane regozijava-se com a pequena possibilidade de estar à frente dele, pelo menos dessa vez.
Lisbon chamou uma ambulância com urgência e Jane não soltou a mão da vítima em nenhum momento, era possível ver o espanto e o pavor em seus olhos vermelhos e lágrimas que desciam misturados ao sangue que havia em seu rosto.
Ela tentava falar, mas não conseguia porque sua garganta havia sido cortada, era uma grande surpresa que estivesse viva e Jane, obcecado em sua missão de pegar o Red John, aproximou-se e sussurrou no ouvido daquela mulher:
— Como ele é?
— Uma tatuagem. – Disse a moribunda com muito esforço.
— Que tatuagem? – Ele insistiu.
— Letra T. – Ela respondeu engasgando-se com o próprio sangue.
— Onde ficava a letra?
— No ombro. – Disse ela, entrando em estado de choque.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O mentalista
FanficQuando a atriz Marie Avgeropoulos é assassinada, o principal suspeito é o namorado: Taylor Lautner que é acusado pelo crime, causando uma grande polêmica em Hollywood. Para resolver o caso, a melhor equipe da CBI investiga o assassinato, os agentes...