Ryan
Aparecemos numa espécie de vila ou aldeia remota, aparentemente sem viva-alma nas nossas "novas formas",tudo o que se via era quintas e pastos sem fim e o mais interessante...
-Acho que nem estamos no nosso país.
-Bem visto, alta inteligência.
-Credo, tu não medes palavras pois não? Porque é que estás corada?
(Ela estava vermelha que nem um tomate)
-O que tens a ver com isso?
-Estás estranha desde o treinamento.
-Já chega, crianças-interrompe (adivinha quem) o Auron.
-Auron, afinal o que estamos aqui a fazer?
-Esta vila está envolta num pesadelo, a vossa missão é erradicá-lo.
-Como é que se erradica um pesadelo-pergunta a Alicia ( como se fosse a coisa mais normal para se perguntar no momento)
-É como diz o vosso provérbio "cortar o mal pela raiz". Terão de encontrar a origem do pesadelo e purificá-la. Agora vão.
Alicia
-E lá estamos nós a deambular pela vila, sem ter a mais pálida ideia do que estamos à procura, mais um dia normal, não achas, Alicia?
No entanto eu não estava a ouvir patavina do que ele estava a dizer, nem conseguia olhar para ele, sempre que tentava lembrava-me daquele beijo, pode ter sido uma ilusão mesmo assim foi o meu primeiro beijo.
-Alicia (voltei a mim) estás a sentir isto?
De repente começo a sentir uma espécie de presença que me deixou, para além de tonta, com uma profunda tristeza e talvez por instinto começamos os dois a ir para lá.
-Alicia, achas que estamos a ir para a origem?
Não tive tempo de responder, pois quando olhei ao longe vi uma flecha preta vindo e era lógico que alvejava.
-CUIDADO!!!-disse e atirei o Ryan para o chão.
-Salvaste-me, obrigado.
-De nada, mantém-te atento a próxima já vem aí.
-ALICIA (ele estava longe porque começamos a fugir das flechas e do que que as tivesse a atirar) AQUELAS COISAS NÃO TE FAZEM LEMBRAR AQUELAS DA CANTINA?
-ACHAS QUE ISTO É HORA DE DISCUTIR, ARRANJA É UM PLANO PARA SAIR DAQUI.
-Chamem as vossas armas!
-QUE ARMAS(dissemos ao mesmo tempo)
-Imaginem uma arma que vos dê jeito e chamem-na.
Talvez pelo calor da batalha, mas duas palavras apareceram-me na mente com tanta intensidade que gritei:
-ARCO LUNAR!
E apareceu-me na mão um arco com um estranho brilho branco e um saco de flechas (boa, sou vice-campeã em tiro ao alvo) e comecei a atirar no que o Auron chamou de "escuridão".
Ryan
Ao ver a Alicia a lutar não podia ficar para trás então gritei com todas as minha forças:
-ARCO SOLAR!
E na minha mão apareceu um arco parecido com o da Alicia só que com um brilho amarelo. Não resisti fazer uma piada:
-PARECEMOS ATÉ APOLO E ÁRTEMIS.
-ACHAS MESMO QUE ISTO É HORA PARA BRINCADEIRAS!?
Continuámos a atirar na escuridão até que chegámos a um casebre que parecia ser a origem daquela sensação estranha, então entrámos e vimos uma boneca rodeada por uma aura negra.
-Achas que aquilo é o que temos de purificar?
-Provavelmente, Auron, encontramos a origem, o que devemos fazer agora?
-Recitem o encanto da purificação e abram o portal do céu.
-E como é que isso se faz?- perguntámos.
-É igual às armas, as palavras vão chegar à cabeça.
-Obrigado por nada.
-Não têm de quê.
(Ele não entende sarcasmo!?)
Mas ele tinha razão as palavras começaram a vir à cabeça, olhei para a Alicia ela também já sabia o que dizer e entoámos:
Alicia e Ryan
-Oh, alma profana que não consegue alcançar a paz, através deste rito estendemos o caminho para a matriz o qual conecta todos os seres do universo, livra-te do teu pecado e recolhe-te nos braços do divino o qual te guiará até onde devíeis estar.
Depois com os braços fizemos um quadrado e começamos a entoar palavras numa língua que não conhecíamos e a aura ficou branca e foi sugada pelo espaço que criamos.
Quando acabamos o rito, sentimos uma exaustão equivalente a fazer 7 maratonas seguidas e deixámo-nos cair.
Alicia
Quando acordei estava deitada no meu quarto e cheguei à conclusão que Ryan também já estava em casa, pensei em dar uma justificativa aos meus pais por não ter assistido as aulas até ao fim quando eles entram e dizem.
-Toca a acordar vais chegar atrasada à escola.
Olho para o relógio e para a data de hoje e deduzo que o Auron voltou a gente no tempo para não darem pela nossa falta. Levantei-me, sem remédio, para ter o mesmo dia de aula outra vez.
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O mundo depois da meia-noite
FantasiaJá pensaste alguma vez na tua vida, caro leitor, o que acontece enquanto dormimos? Ryan e Alicia são dois jovens que se confrontavam diariamente com essa questão antes de um acontecimento que virou o mundo de pernas para o ar. Será que eles consegue...