Capítulo 7-Escuridão

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Ryan

Aparecemos numa espécie de vila ou aldeia remota, aparentemente sem viva-alma nas nossas "novas formas",tudo o que se via era quintas e pastos sem fim e o mais interessante...

-Acho que nem estamos no nosso país.

-Bem visto, alta inteligência.

-Credo, tu não medes palavras pois não? Porque é que estás corada?

(Ela estava vermelha que nem um tomate)

-O que tens a ver com isso?

-Estás estranha desde o treinamento.

-Já chega, crianças-interrompe (adivinha quem) o Auron.

-Auron, afinal o que estamos aqui a fazer?

-Esta vila está envolta num pesadelo, a vossa missão é erradicá-lo.

-Como é que se erradica um pesadelo-pergunta a Alicia ( como se fosse a coisa mais normal para se perguntar no momento)

-É como diz o vosso provérbio "cortar o mal pela raiz". Terão de encontrar a origem do pesadelo e purificá-la. Agora vão.


Alicia

-E lá estamos nós a deambular pela vila, sem ter a mais pálida ideia do que estamos à procura, mais um dia normal, não achas, Alicia?

No entanto eu não estava a ouvir patavina do que ele estava a dizer, nem conseguia olhar para ele, sempre que tentava lembrava-me daquele beijo, pode ter sido uma ilusão mesmo assim foi o meu primeiro beijo.

-Alicia (voltei a mim) estás a sentir isto?

De repente começo a sentir uma espécie de presença que me deixou, para além de tonta, com uma profunda tristeza e talvez por instinto começamos os dois a ir para lá.

-Alicia, achas que estamos a ir para a origem?

Não tive tempo de responder, pois quando olhei ao longe vi uma flecha preta vindo e era lógico que alvejava.

-CUIDADO!!!-disse e atirei o Ryan para o chão.

-Salvaste-me, obrigado.

-De nada, mantém-te atento a próxima já vem aí.

-ALICIA (ele estava longe porque começamos a fugir das flechas e do que que as tivesse a atirar) AQUELAS COISAS NÃO TE FAZEM LEMBRAR AQUELAS DA CANTINA?

-ACHAS QUE ISTO É HORA DE DISCUTIR, ARRANJA É UM PLANO PARA SAIR DAQUI.

-Chamem as vossas armas!

-QUE ARMAS(dissemos ao mesmo tempo)

-Imaginem uma arma que vos dê  jeito e chamem-na.

Talvez pelo calor da batalha, mas duas palavras apareceram-me na mente com tanta intensidade que gritei:

-ARCO LUNAR!

E apareceu-me na mão um arco com um estranho brilho branco e um saco de flechas (boa, sou vice-campeã em tiro ao alvo) e comecei a atirar no que o Auron chamou de "escuridão".


Ryan

Ao ver a Alicia a lutar não podia ficar para trás então gritei com todas as minha forças:

-ARCO SOLAR!

E na minha mão apareceu um arco parecido com o da Alicia só que com um brilho amarelo. Não resisti fazer uma piada:

-PARECEMOS ATÉ APOLO E ÁRTEMIS.

-ACHAS MESMO QUE ISTO É HORA PARA BRINCADEIRAS!?

Continuámos a atirar na escuridão até que chegámos a um casebre que parecia ser a origem daquela sensação estranha, então entrámos e vimos uma boneca rodeada por uma aura negra.

-Achas que aquilo é o que temos de purificar?

-Provavelmente, Auron, encontramos a origem, o que devemos fazer agora?

-Recitem o encanto da purificação e abram o portal do céu. 

-E como é que isso se faz?- perguntámos.

-É igual às armas, as palavras vão chegar à cabeça.

-Obrigado por nada.

-Não têm de quê.

(Ele não entende sarcasmo!?)

Mas ele tinha razão as palavras começaram a vir à cabeça, olhei para a Alicia ela também já sabia o que dizer e entoámos:


Alicia e Ryan

-Oh, alma profana que não consegue alcançar a paz, através deste rito estendemos o caminho para a matriz o qual conecta todos os seres do universo, livra-te do teu pecado e recolhe-te nos braços do divino o qual te guiará até onde devíeis estar.

Depois com os braços fizemos um quadrado e começamos a entoar palavras numa língua que não conhecíamos e a aura ficou branca e foi sugada pelo espaço que criamos.

Quando acabamos o rito, sentimos uma exaustão equivalente a fazer 7 maratonas seguidas e deixámo-nos cair.


Alicia

Quando acordei estava deitada no meu quarto e cheguei à conclusão que Ryan também já estava em casa, pensei em dar uma justificativa aos meus pais por não ter assistido as aulas até ao fim quando eles entram e dizem.

-Toca a acordar vais chegar atrasada à escola.

Olho para o relógio e para a data de hoje e deduzo que o Auron voltou a gente no tempo para não darem pela nossa falta. Levantei-me, sem remédio, para ter o mesmo dia de aula outra vez.  

O mundo depois da meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora