Capítulo 1

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  Acordei às 12h46min. Ontem dormir muito tarde, como de costume nas férias. Normalmmente não vou a lugar nenhum, mas nessas férias irei conhecer o Rio de Janeiro! Eu nunca sai de São Paulo, minha primeira viagem, e será de avião. Minha mãe reencontrou uma amiga das antigas pelo facebook, e voltou a conversar com ela, daí ela convidou minha mãe para passar a virada do ano e mais alguns dias lá. E como minha mãe, é minha mãe, não poderia deixar de levar as filhas, não é mesmo?

– Letícia! – ouço minha mãe me chamar.

– O que é, mãe? – respondi ao sair do banheiro, com a toalha enrolada ao corpo mesmo.

– Olha como você fala comigo... – apontou o dedo para mim. – Se arrume para comprarmos nossos biquínis logo. Ande! – me apressa.

– Ah, mãe... –  choraminguei. – Não pode ficar para mais tarde? Acabei de acordar.

– Leticia, preste atenção. A viajem será sábado de manhã, e hoje já é quinta. Não é bom deixar as coisas para cima da hora. - retrucou. - Se não for se arrumar agora, vai ficar sem biquíni.

  Revirei os olhos, e saio pisando duro. Mais que coisa viu.

•••

– Vamos logo. Vamos nos atrasar. – meu pai, autoritário, chamou pela milésima vez.

Ele infelizmente optou por não ir, irá apenas nos levar até o aeroporto. Sendo assim, apenas irá eu, minha mãe e minha irmã.

– Ajuda a pegar as malas! – minha mãe grita.

  Ao chegarmos ao aeroporto, ficamos esperando umas duas horas até nosso voo ser chamado. Isso que eu chamo de antecedência. Fizemos o check-in rapidamente, e logo emparcamos, após nos despedimos de meu pai é claro.

  Só sei que dormi a viagem inteira. Após desembarcamos, fomos para a esteira pegar nossas malas. Ao saímos do local, percebemos que o aeroporto estava lotado. Mas também né, é dezembro, final de ano. Avistei um senhor, de aparentemente de 50 anos, com um enorme cartaz escrito: “Bem-Vinda ao Rio de Janeiro.  Família Menezes. Assinado: Senhora Gusmão.”

  Sei que Gusmão é o sobrenome da amiga de minha mãe. Será que isso é para a gente? Percebemos que essa tal amiga é rica. Nos aproximamos do senhor.

Ele indaga: – Roberta Menezes? – minha mãe assentiu. – Me acompanhe, por favor. Irei levá-las.

– Você é o Chico que Carla disse que iria vim? - perguntou minha mãe. É sempre bom confirmar.

Sim.  – e sorriu.

Após saímos do aeroporto, seguindo o senhor. Claramente, agora, estamos dentro de um carro, parados no trânsito. Como eu odeio trânsito. Mas enfim, não me deixarei estressar por conta disso. Afinal, estou na cidade maravilhosa.

Ao chegarmos, ele estacionou o carro, em um prédio enorme. E pelo o que pôde reparar, era perto da praia. Esse condomínio era muito... Chique. Adentrarmos no elevador, com nossas malas em mãos, observei Chico apertar para o décimo nono andar.

 Chico abre a porta do apartamento para a gente. Fico admirada, com a decoração... Lindíssima. Meio que retrô. Amei.

Uma mulher eufórica abraça minha mãe, desviando minha atenção para elas. Uau. No mesmo instante um garoto aparece atrás, fiquei admirada com tamanha beleza, seus olhos verdes são os mais marcantes. Ele era alto, magro... O tipo que eu gosto. Não é que eu me desfaça dos outros tipos, mas cada uma com sua preferência.

— Olá, meninas! Eu sou a Carla. Prazer em conhecê-las. Como já devem saber sou amiga da mãe de vocês. — falava animadamente. Abraça minha irmã, e em seguida, eu. — Ah, quero apresentar meu filho Pietro. Querido, se aproxime, por favor. — pediu.

— Oi, eu sou a Vitória! Tenho seis anos! — disse minha irmã eufórica. Bem mais extrovertida que eu, deve ser coisa de criança, quando eu tinha essa idade também era assim.

Vejo os olhares recaem sobre mim.

— Eu me chamo Letícia. — sorri forçado.

  O garoto sorri. E que sorriso!

— Infelizmente minha filha, Flávia, não está aqui. Foi passar uns dias na casa de uma amiga, mas amanhã volta. — Carla informa, ainda sorrindo. E continuou: — Meninas, me acompanhem... Irei apesentar o quarto onde vocês irão ficar.

  O quarto onde a gente ficaremos tem duas camas, bem arrumado, gostei. E o colchão... Cara, nunca tinha dormido em um colchão tão... Não tenho nem palavras. As camas são de solteiro, eu dormirei em uma só, e a outra ficara para minha mãe e minha irmã.

Com o passar do dia não aconteceu muita coisa. E desde que cheguei não vejo o par de olhos verdes. Quero dizer, até agora. Estamos jantando. E volta e meia nossos olhares se encontraram.

***
Notas: Depois de alguns capítulos a história irá melhorar; editar uma história é bem mais difícil que escrever uma. Mas admito isso está bem melhor que antes. Aconteceram algumas coisas... Rápidas, como podem ver, mas... Foi a primeira história que escrevi. Estou tentando.

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