Conto 1

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Domingo, 9 horas da manhã

Estou em frente à igreja da cidade.
Depois de anos longe finalmente estou de volta à cidade.

Vou entrando na igreja está lotada.
Parece que me atrasei pois a missa já está pela metade.

Enquanto vou em direção a primeira fileira de bancos tudo se silencia.

Me sento e olho primeiro para o altar e depois para o padre. O padre está com a expressão de espanto e ao mesmo tempo de medo como se estivesse vendo um fantasma.

Olho em volta e todos estão com a mesma expressão.

O padre começa a falar algo.

- Meu Deus, Meu Deus, Meu Deus. Isso não é possível!

Eu me Levanto e falo.

- Calma padre.

- Como isso é possível ? Você está desaparecida há mais de dois anos, até foi dada como morta depois que a guerra acabou.

- Eu estou viva.

O povo tudo faz OHHH!!!

- E é uma longa história.

O padre faz um gesto para que eu me junte a ele e fala.

- Pode começar a falar.
Vou até ele e falo.

- Então, eu estava na praça, estava tudo tranquilo a sirene não havia tocado.
Então eu fui atingida por algo na cabeça, não sei se por um estilhaço de alguma bomba ou outra coisa, mas eu apaguei na hora. Eu não sei quem me levou ou como fui parar lá, mais fui internada em um hospital em outra cidade com traumatismo craniano, onde fiquei em coma por 2 meses.

Quando acordei não lembrava de
nada, não havia notícias de ninguém me procurando. Bernhard o médico que estava cuidando do meu caso
tentou de todas as formas me ajudar, mas ele também não encontrou nada. Também como poderia encontrar senão sabia nem meu nome, nem de onde tinha vindo.

Então eu tive alta, não tinha para onde ir, continuava a não me lembrar de nada e a guerra havia acabado. E Bernhard voltaria para a Alemanha seu país natal. Como já eramos amigos depois de ter me ajudado tanto, ele me fez uma proposta de ir junto com ele para lá, por que lá ele teria mais formas de me ajudar, tanto com tratamentos para recuperar a memória, quanto com outras coisas.

Então eu aceitei. E lá eu fiquei hospedada na casa dele. Então eu comecei a passar com uma psicoterapeuta para me ajudar a recuperar tudo que aquela amnésia retrógrada retirou de mim.

Os meses foram passado e Bernhard e eu fomos ficando mais e mais amigos, estávamos inseparáveis. Também não poderia ser diferente, passávamos quase o tempo todo junto, menos quando ele ia para o hospital, mas ele até me acompanhava nas consultas.

Já faziam quase 5 meses que estava na Alemanha, já havia me lembrado de mais e mais imagens, de pessoas e de momentos que vivi.
Naquele dia eu tive um sonho em que uma pessoa chamava um nome, só que a pessoa estava muito longe para entender o nome, e toda vez que tentava me aproximar mais longe ela ficava, até que ela desapareceu e eu fiquei sozinha. Então a mesma voz surgiu só que atrás de mim, que me fez virar, e ela estava muito próxima. Ela chamava "Anne, Anne, Anne" sem parar.
Aquele nome me era famíliar e me causava uma sensação que não sabia explicar. Foi então que a pessoa começou a se aproximar mais e mais pronunciando aquele nome.

Foi aí que eu acordei, e passei o dia inteiro pensando naquele nome.

Bernhard chegou por volta das 6 horas da tarde e eu continuava encafifada com aquele nome, então eu subi para o meu quarto para pegar algo. Mas um pensamento me fez parar no meio do caminho, aquele nome novamente só que agora ele também tinha um sobrenome, Anne Campbell.

No mesmo segundo fui correndo para o local onde Bernhard estava e pedi para que ele pesquisar sobre aquele nome. E aí descobrimos que aquele é o meu nome, eu finalmente tinha lembrado.

Lá estava dizendo que é uma moça de 25 anos de uma cidade do interior da Irlanda. No site não dizia nada sobre eu estar desaparecida nem que fui dada como morta.

A felicidade foi tanta que tínhamos finalmente descoberto coisas sobre mim, que eu não sei explicar como isso foi acontecer, mas Bernhard e eu acabamos nos beijando, foi aí que descobri que o que eu sentia não era só gratidão e amizade, e sim algo a mais.

Depois disso eu continuei fazendo tratamento e nós começamos a ficar.
Após um mês ele me pediu em namoro.

"O padre me perguntar:

- Já que você já sabia seu nome e de onde era, porque você não veio para cá antes ?

- Então eu tinha descoberto isso, mas tinham muitas coisas que ainda me ligavam a lá, tinha o tratamento que tinha que continuar fazendo, por que ainda não me lembrava de muitas coisas, tinha Bernhard que eu não poderia deixá-lo lá, e também tinha questão da distância, porque afinal é outro país, como eu viria sem saber se ia conseguir voltar para a Alemanha, então resolvi esperar mais um pouco.

- Então continuando de onde parei."

Se passaram mais 5 meses, eu finalmente lembrava de tudo, o tratamento tinha acabado, e Bernhard havia me pedido em casamento.
Nós casamos a dois meses atrás, mas como ele tinha a agenda muito lotada naquele hospital não deu para viajarmos nem nada. Então ele prometeu que quando tivesse férias viriamos para cá, e aqui estou eu.

- Eu sabia que você ia está aqui!

Bernhard estava em frente à porta.
Eu vou até ele.

- Povo esse é Bernhard. E falando em povo cadê as meninas que ainda não vi?

O padre fala:
- Foram para outra cidade. E aconteceram muitas coisas enquanto você esteve fora, mas isso depois você vai saber.

- Ok, está tudo pronto Bernhard ?

- Está sim.

- Gente em comemoração à minha volta, vamos ter uma festa no salão de festa da cidade e todo mundo está convidado.

O povo sai todo correndo porta a fora.

Bernhard me pergunta:

- Agora está feliz ?

- Sim estou, você acredita que achavam que eu estava morta ?

- Sim, deve ter sido um espanto e tanto vê-la aqui em!

- E foi, mas agora está tudo certo finalmente.

Olá Amores e Amoras💙Os dois primeiros contos foram feitos para desafio do grupo PE

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Olá Amores e Amoras💙
Os dois primeiros contos foram feitos para desafio do grupo PE.
Espero que gostem 😘😘

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⏰ Última atualização: Jun 20, 2018 ⏰

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