1 mês depois.
Levantei-me para o último dia de aulas da semana. O que me deu um certo ânimo para levantar.
Vou fazer aqui um resumo do último mês.Começando pelo meu pai que daqui a pouco pode ter um esgotamento de tanto que trabalha. Por isso, tirou este fim-de-semana para estar comigo. E eu realmente já tinha saudades com ele sem ser de manhã quando está com pressa ou quando já vou dormir.
Eu e o Xiumin estamos cada vez mais próximos. Mas é apenas amizade. Eu cada vez mais confio nele. Nunca pensei que fosse confiar em alguém que nem sequer é uma pessoa. Ele também confia em mim mas ainda não consegui saber qual é a história dele. Mas eu sei que lhe deve custar. Por isso é que não insisto. Mas ele tem sido um grande amigo. Um amigo como eu nunca pensei ter. Ele é muito divertido e bem disposto.
Já o Conor... eu não sei bem... eu tenho a certeza que eu estou apaixonada. Já ele... não sei. Ele dá a entender que sim. Mas posso ser só eu a entender mal as ações dele. Mas isso, vou saber com o tempo.
Fui até à cozinha onde encontrei o meu pai a tomar o pequeno-almoço calmamente. O que até me surpreendi de ele não estar com pressa.
— Não vais trabalhar hoje? — disse sentando-me ao seu lado e servindo-me do que estava em cima da mesa.
— Vou à tarde e à noite. Até às 5 da manhã.
— Pensei que ias passar o fim de semana livre. Não passar o sábado a dormir.
— Só durmo de manhã. Prometo.
— Só quero que descanses.
Comemos, despedi-me do meu pai e voltou ao meu quarto para fazer a mochila. Mas voltei a assustar-me quando ouço alguém chamar-me.
— Assusto-te assim tanto? Sou assim tão feio?
— Sim, tu estás sempre a aparecer onde eu não espero. E não, não és assim tão feio. És... aceitável.
— Aceitável... vou pensar que isso foi um elogio.
— Tu já tiveste alguma namorada?
— Que pergunta foi essa agora?
— Não sei praticamente nada sobre ti. Já sabes tanto sobre mim. Podíamos começar por algum lado.
— Eu não sei tudo sobre ti. Há qualquer coisa que tu me escondes com todas as forças tenho a certeza.
— Não estamos a falar disso — comecei a ficar nervosa.
— Já, já tive uma namorada. Satisfeita?
— Sim. Mas agora tenho que ir para as aulas. Continuamos a conversa noutra altura. Até logo.
— Adeus.
30 minutos depois.
Cheguei à escola e foi logo procurar o Conor mas não o vi. Fui para o mesmo sítio onde estamos sempre. No mesmo banco, no mesmo jardim da escola.
Sentei-me lá e fiquei no telemóvel à espera das aulas começarem. Ele costuma chegar sempre cedo. Pode ser que nem venha hoje. Mandei-lhe mensagem mas ele não respondeu.
Deu o toque e eu fui andando para a sala. Mas quando eu passei pela casa de banho dos rapazes, estava um casal a beijar-se.
Calma... era o Conor e a Yura!
Ok, Alex, ele não é teu namorado, pode muito bem estar a namorar com ela. Então mas porque é que ele me disse tanto mal dela se gostava dela?Senti os meus olhos encherem-se de água e só me apetecia sair dali. Desisti de ir às aulas naquele dia e saí dali.
Não podia ir para casa já que o meu pai lá estaria então chamei um táxi e disse para me levar para um sítio onde não estivesse ninguém e que desse para pensar e estar sozinho.
Ele levou-me para um sítio não muito longe dali.
Tinha muitas árvores e flores. Não tinha bancos. Tinha um riacho e uma ponte sobre ele. Parecia um paraíso. Um sítio perfeito para passar um momento como este.O taxista perguntou se eu precisava de mais alguma coisa mas eu neguei. Paguei-lhe e pisei a relva verde que abundava ali. O que era maravilhoso. Natureza é maravilhosa. Até me fez esquecer o outro assunto durante um tempo.
Deitei-me na relva e fechei os olhos. A ouvir apenas a água do riacho e os pássaros a cantar.
Poucos minutos depois, sinto o meu telemóvel a vibrar. Era uma mensagem do Conor.Conor
Porque é que foste embora? Disseram-me que te viram hoje na escola. Passou-se alguma coisa?Alex
Só não me senti muito bem. Tive que voltar para casa.Conor
Ok... as melhoras. Se precisares de alguma coisa, já sabes.Nem me dei ao trabalho de responder. Eu sei que ele não tem culpa. Ele não sabe o que eu sinto por ele. Mas ele já me deve tantos indícios que sente o mesmo... afinal, era tudo mentira. Mas eu sei que tenho que voltar à escola e voltar a falar com ele. Mas agora não. Talvez amanhã também não. Talvez esta semana não.
— Alex?
Levantei-me com o susto e dei de caras com o Xiumin. Mas este também está sempre em todo o lado?
— O que é que tu queres?
— Calma...
— O que é que tu estás aqui a fazer?
— Senti. Senti que estavas a precisar de alguém. Que não estavas bem.
— Como...
— A minha condição tem destas coisas. És a única pessoa que me consegue ver. Faz-nos ter uma ligação forte.
— Desculpa. Eu não queria ter falado assim contigo. Tens estado sempre ao meu lado, sempre tão bom amigo. Não mereces que te trate assim — voltei a sentar-me mas ao lado dele.
— Só te desculpo se me contares o que se está a passar.
— Tudo bem. Há uma coisa que tu não sabes.
— Uma delas.
— O quê?
— Nada, nada. Continua.
— Pronto. Eu... tenho um amigo muito próximo na escola. E...
— E... estás apaixonada por ele.
Assenti na cabeça e baixei o olhar.
— Mas o que tem? Estar apaixonado é maravilhoso.
— Quando se é correspondido.
— Ele não gosta de ti?
— Eu não sei... ele dava indícios que sim. Mas hoje vi-o a beijar a ex-namorada dele. Quando ele me disse que ela era uma pessoa horrível, Xiumin.
Não consegui segurar as lágrimas e comecei a chorar. Escondi a cara nas mãos.
— Calma. Vem aqui.
Ele puxou-me para ele. Eu encostei a cabeça no seu peito e chorei mais ainda, enquanto ele passava a mão pelos cabelos na intenção de me acalmar.
— Eu vou estar sempre aqui.
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My Sweet Ghost | Xiumin
FanfictionO que farias se te mudasses para uma casa onde vive um espírito? Alex nunca pensou ficar tão ligada a um ser sobrenatural. ✅ CONCLUIDA ➼ copyright © xisweet 2018 | todos os direitos reservados