Capítulo: 12

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Após ser apresentado à encantadora esposa de seu futuro empregador, Alfonso foi encaminhado ao andar superior, onde havia um quarto disponivel para se lavar. Quando se preparava para descer, usando uma camisa xadrez de Fernando, encontrou a filha do homem no corredor.

-- Ei, vc!. - chamou ela. Segundo antes de optar por um vocabulário menos refinado para se referir ao hospede, Dul se lembrou que Alfonso, desprezivel como era, poderia lhe ser útil. Com esse pensamento, endereçou-lhe um sorriso felino e seus olhos o devoravam com falsa cordialidade. - Que bom vê-lo outra vez. - murmurou.

-- A Srt. Brilha como sol, srt. Espinosa. - Poncho se curvou e se afastou para o lado a fim de deixá-la descer os degraus na sua frente.

-- Estive pensando... - Disse ela, pousando uma mão sobre o braço dele. - Sei que é muito cedo e que nos conhecemos há pouco tempo, mas poderiamos conversar reservadamente? Levará apenas um minuto, eu lhe asseguro.

Dando uma olhada furtiva ao redor, ela o puxou para o fundo do corredor.

-- O que tem em mente Srt.? - Perguntou ele, sentindo-se como uma vitima na teia de uma aranha. - Acho que seu paí está me aguardando no escritório.

-- Meu paí pretende me casar com algum Mineiro. - sussurrou ela. - Tenho uma propósta a lhe fazer.

-- Poupe-me, por favor. - disse ele revirando os olhos verdes. - Não pode ser a mesma coisa que seu paí tem em mente, ou é?

-- É bem possivel que seja algo relacionado a isso senhor Herrera. Mas, ouça, prefiro tê-lo trabalhando para mim. - Dulce se remexeu, preocupada, sabendo que não dispunha de muito tempo. Não podia deixar o paí estragar seu estratagema. - Tudo que tem em fazer é se casar comigo.

-- Casar-me com a Senhorita?! - "Casamento" Era a palavra mais terrificante do idioma inglês, pelo menos para aquele irlandês. Em face de tal perigo, Ele fitou os sedutores olhos de Dulce e riu alto. - Impossivel!

-- Seria uma únião por conviniência, um arranjo temporário. - explicou Ela apressada. - Só até eu chegar a San Francisco, bem longe de meu paí. Eu lhe pagarei bem.

-- Diga Quanto. - iniciou ele, com um sorriso sinico nos lábios. Não tinha a menor intenção de aceitar, mas era divertido conduzi-la para a areia movediça.

-- Que tal Mil dólares?

Poncho encolheu os ombros.

-- Nada mau para fazer um teatrinho no altar, suponho. E os meus serviços serão requerido só até Ai?

-- Naturalmente. - ela assentiu com a cabeça, anciosa para chegar a um acordo.

-- Nada de brincadeiras a noite? - Disse ele e ela ofegou.

-- Claro que não!. - murmurou, levando ambas as mãos ao peito.

-- Isso é bom. - poncho se moveu de forma graciosa. - Já fiz muita coisa na vida, mas não vou bancar o gigolô de nenhuma jovem mimada.

-- Gigolô? - O quê, em nome de Deus, estava fazendo?  Um trato com o diabo? Porque aquele homem dizia coisas que nenhum cavalheiro ousaria dizer a uma dama?

-- A senhorita me ouviu. - Poncho se curvou e beijou-lhe os lábios com suavidade.

A respiração morna de poncho tocou a face de Dulce, deixando-a com os joelhos bambos. Ele não fizera nada além de beijá-la... Oh,  não! Não fora tão simples assim! Aquele beijo não se parecía em nada com o que trocara com Clarence no balanço da varanda em noite de sábado. Era muito mais... Bem, definitivamente, não era... Santo Deus! Dulce deixo de tentar analisar o que estava sentindo.

Durante varios e deliciosos minutos, Poncho continuou provando o doce sabor daqueles lábios inocentes. Seduzi-lá seria divertido.

Uma estranha falta de ar ameaçou destruir o que restara do bom senso de Dul. Ondas de calor e frio percorriam-lhe o corpo ao mesmo tempo. As sensações que os beijos daquele homem provocavam não eram decentes. Jamais ousaria confidenciá-las a outra pessoa. Deixaria apenas para seu diário pessoal.

Alfonso sugou e mordiscou-lhe os lábios, excitando-lhe os mentidos até fazer a cabeça dela girar. Ela ergueu as mãos para manter os cabelos no lugar.

-- Por favor, Vai se casar comigo?. - indagou, por fim, ofegante voltando ao assunto original.

-- Depende. - Os olhos verdes cintilaram. Ele estava de pé, fitando-a, enquanto seus dedos polegar e indicador acariciavam-lhe o queixo tremulo.

-- De quê? - sussurrou ela, arqueando ás sobrancelhas.

-- Aínda não ouvi a propósta de seu pai. - Murmurou ele, beijando-lhe a face. - Se ele me oferecer menos, quem sabe?

... Continua...

Casamento Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora