Capítulo 5

34 10 14
                                    

Levantei da cama às 08h. Ainda estou com sono. Vou ao banheiro, tomo um banho, faço minhas necessidades, me visto e desço indo em direção a cozinha. Vejo minha mãe e dona Carla, servindo o café da manhã.

— Bom dia! — me aproximei.

— Vai acordar sua irmã, Letícia. — reviro os olhos, indo em direção as escadas.

— Letícia, meu amor... — Carla me chama. — Você poderia fazer o favor de acordar a Flávia e o Pietro pra mim? — pediu, apenas concordei com a cabeça. 

  Resolvei ir no quarto da minha irmã primeiro. Vejo-a dormindo.

— Vitória... — me sento ao seus pés. — Acorda! Já está na hora! — começo a mexer em seus pés.

— Me deixe dormir. — põe as mãos no rosto.

— Vamos logo, Vitória! — me levanto.

— Ah! Tá! Tá! Já vou! — levantou-se também, indo em direção a porta.

— Não vai escovar os dentes primeiro? — pergunto.

—  Depois que eu alimentar minha queridinha barriga. — e sai do quarto. Porquinha.

Resolvi ir no quarto de Flavia logo, para me ver, meio que, livre. Bati na porta e ninguém respondeu. Resolvi tentar abrir a porta, pra ver se estava trancada. Estava destrancada. Não tem ninguém na cama, já deve ter acordado. Quando eu ia fechando a porta, ouvi um gemido, não tão alto, mas meio... Sei lá. Doloroso. Vindo em direção de uma porta branca. A curiosidade bateu mais forte que tudo. Não vai matar ninguém se eu for lá olhar. A porta estava entreaberta. Vejo Flavia encolhida no chão. O banheiro estava com cheiro de vômito.

— O que aconteceu?! — me agachei. Foi algo involuntário.

— Você é cega?! Não está vendo? — diz irritada.

— Calma! Só quero ajudar! — levantei, dando descarga na privada.

— Não quero sua ajuda! — levantou, em seguida pondo a mão na cabeça e puxando os cabelos.

— Vou chamar sua mãe. — faço menção de ir até a porta, mas ela me segura pelo braço.

— Não! Não! Você não vai dizer nada! — protestou.

— Mas... — comecei.

— Minha vida não lhe diz respeito. — soltou meu braço.

— Flávia, você está passando mal... — oh, menina difícil viu.

— Não quero que você diga nada a ninguém, entendeu? — falava pausadamente.

— Sua mãe está esperando... — murmurei, saindo.

O que será que ela tem?! Devo dizer algo ou não? Que saco!

Bati na sua porta de Pietro, umas três vezes e ninguém respondeu. Entrei e dou de cara com ele de toalha. Sinto rosto queimar.

— É... Sua mãe mandou eu vim aqui te acordar. — me virei e para sair do quarto. — Desculpas!

— Desculpas pelo o quê? Fala que eu já tô indo.
— saio do quarto.

  Caminhei novamente até a cozinha. Vitória está comendo bolo. Flavia chega logo depois de mim.

— Minha paixão, já está melhor? — diz a mãe do Pietro, se referindo obviamente a sua filha.

— Sim, mãe. Estou ótima! — não foi isso que eu vi no banheiro. — Tem manga verde? Eu queria comer manga verde...

— Manga verde? Uma hora dessa? — e elas começam a discutir. 

O Pietro chega minutos após a Flavia ganhar a discussão. Ela está comendo manga verde com sal. Ele se senta ao meu lado.

— Bom dia, garotas. — colocou suco pra si mesmo. — Já está melhor, irmãzinha? — Flavia apenas fez que sim com a cabeça. — Por que você tá comendo manga com sal? — perguntou.

— Não pode comer mais nada nessa casa?! — levantou.

— Calma. Não falei nada demais. — bebeu um pouco do suco.

— Quer saber? Tchau! — e saiu.

— Que mal humor. — comentou. — Quer sair, Leticia? — me olhou.

— Com você... E mais quem? — é preciso ter cautela.

— Só comigo.

[•••]

O dia se passou rapidamente. Flavia foi pra casa do tal Bruno, a Ana felizmente não apareceu por aqui, eu e o Pietro ficamos conversando com a Vitória, ela é uma comédia. Aceitei sair com Pietro. Pietro me disse que ia me levar em um lugar que ele gostava muito de frequentar. E amanhã nós, — digo me referindo a minha família, junto a dele. — vamos em Ilha Grande.

— Pietro? — chamei. — Onde nós vamos?

— Espere. E verá. — piscou.

— Ok, vou confiar em você. — desviei o olhar.

— Pensei que já confiasse em mim! — se fez de ofendido.

— Você entendeu... — rimos. 

  No mesmo instante o carro para. Eu desço, e em seguida, o Pietro

— Pode ir Chico, depois eu pego um uber. — fecha a porta de trás do carro.

— Sua mãe não vai gostar... — comenta, negando com a cabeça.

— Tchau, Chico! Nós vamos ter que andar mais um tanto, tudo bem? — concordei com a cabeça, enquanto acenava para Chico.

— Pietro, qual seu sobrenome? — perguntei após minutos de silêncio, que estavam sendo um tanto desconfortável. E eu tirei a conclusão, sou péssima em puxar assunto.

— Sério isso? — passou o braço por meu ombro. — Pietro Saltarelli Gusmão. E o seu?

— Letícia Ariel Menezes. — fico impressionada com esse nome composto que meus pais escolheram super combinam.

— Ariel pequena sereia, onde está sua calda? — brincou, fazendo com que eu revirasse os olhos.

— Na sua cavidade anal.  — mostrei o dedo do meio.

— Calma, sereia! Foi só uma brincadeira. — meio que apertou meu pescoço. — Mas sabe o que eu acho?

— Você não acha nada. — sussurro.

— Que seu nome ficaria ainda melhor se fosse Leticia Gusmão. — corei.

[•••]
Notas: Gente, eu juro que nem me lembrava que a Letícia também se chamava Ariel, super coincidência. hahahah

Era Apenas Uma Viagem Onde histórias criam vida. Descubra agora