O Verdadeiro Reflexo Do Amor

Capítulo 10

Ao acordar essa manhã notei que está frio do que os outros dias da semana, deixando isso de lado, vou caminhando até o lugar onde eles sempre estão, Henry e Erik estão lá como sempre junto de Alice, eles então me cumprimentam:
-Bom dia Clarice. Eles falam todos juntos.
-Bom dia pessoal.
Vamos até o colégio conversando quando Henry é puxado por Larissa que nos separa, Erik e Alice se separam de mim igual todo dia, mas hoje é diferente, pois não estou com Henry, sou parada e puxada para um beco, eu grito por socorro:
-Por favor, me solta!
Ele era grande e forte, sua pela era morena e tinha cabelos negros estilo Dread, sua voz era grossa, ele me empurrou no chão e ia me bater quando ele cai no chão, um rosto desconhecido aparece, eu assustada pergunto gaguejando:
-Q-quem é você? O-o-o que quer de mim? E o que você fez com ele?
Ele ignora tudo que eu disse e pergunta:
-Você está bem minha dama?
Eu respondo com um pouco de ansiedade:
-Estou, mas me responda.
Ele fala calmamente:
-Eu estava passando na rua quando vi uma dama em perigo, tive que ajudar, esse cara só está inconsciente.
Eu noto que estou sendo mal educada e falo:
-Desculpa pela minha falta de educação, Muito obrigada.
Ele calmamente pergunta:
-O que esse rapaz queria com você? E por que uma dama como você estaria aqui com ele?
-Ele me puxou. Respondo sem demora.
-Ah que rude da parte dele, vamos entrando, o sinal deve já ter batido.
Respondo com educação:
-Novamente muito obrigada
-Não foi nada
Entramos no colégio e ele vai ao prédio do ensino médio, enquanto isso eu vou a sala do 9° onde eu estudo, mas Henry não está lá, nem Larissa, o que é estranho pois Erik e Alice estão lá, me sento e espero eles chegarem, nenhum sinal dos dois até a aula começar, fiquei a aula inteira com a cabeça pensando no rapaz que me ajudou e no Henry que tinha sumido.
Saio da sala e ainda nem sinal dos dois, Erik e Alice estão saindo em um encontro então nem vou atrapalha-los, estou sozinha, mas lembro do garoto que me salvou hoje de manhã, vou até o prédio do ensino médio onde ouço o sinal bater, todos saem acompanhados menos um garoto loiro, com 1,85 e óculos, ele segurava um livro em sua mão esquerda e com a direita ele arrumava o cabelo, me aproximo dele e pergunto:
-Sozinho? Quer que eu o acompanhe?
-Ah, Olá minha dama, por mim tudo bem.
Eu dou uma risadinha e pergunto:
-Alias, qual o seu nome?
-John, e o seu?
-Clarice, então vamos! Respondo com animação.
-Vamos sim minha dama.
-Nossa você é muito cavalheiro.
-Por que eu não seria com uma dama com você?
Enquanto caminhávamos ele disse:
-Você não tem namorado?
Será que Henry pode ser considerado? Acredito que não, então respondi:
-Não, só um melhor amigo.
-E onde ele está agora?
Só de lembrar-se da Larissa já sinto raiva, mas respondo:
-Ele estava vindo quando uma garota o puxou.
-Que feio... Abandonar uma dama para fazer coisas erradas.
-Ele não é disso, talvez se machucou.
-tem certeza?
-Sim é mais perigoso ele ter ido comprar um café e esquecido da aula.
-Nossa que rapaz despreocupado.
-Ela é muito avoado mesmo.
Ele dá uma pausa e pergunta:
-Uhm... Onde é a sua casa mesmo?
-Perto do café ao norte.
Ele diz feliz:
-Estamos perto então
-Sim!
Ele dá outra pausa e pergunta:
-E o seu amigo? Ele tem namorada?
-Não, ele não tem muitos amigos.
Ele faz uma cara de que entendeu então eu pergunto:
-E você?
-Estou procurando a pessoa certa.
-Ah espero que você ache então.
-Obrigado senhorita, você também achara o seu.
-Eu espero.
-Foi bom voltar para a casa com você senhorita.
-Sim! Até mais.
Ele vai ao lado oposto para onde estou indo, vou até a minha casa onde ouça gemidos vindos dos fundos no quintal, vou até lá e encontro Henry deitado no assoalho de madeira, ele sangrava e tinha marcas de facadas por todo seu corpo, ele tinha sido esfaqueado, ligo para o 911 e começo a passar mal, aquela imagem de Henry esfaqueado me lembra daquele dia, os enfermeiros chegaram e levaram ele numa maca, Erik estava lá assustado, e Alice abraçada a ele chocada, eu estava muito assustada, como tinha passado mal os enfermeiros estavam cuidando de mim, Erik entro na ambulância e eu fiquei ali, não lavei o sangue do lugar e fui dormir direto, eu sabia que os policias bateriam na minha porta na manhã seguinte.
Tive sonhos com aquele dia, no meu sonho eu via Henry sendo esfaqueado pela minha mãe que estava sentada no meu pai morto, ela depois de esfaquear Henry veio em direção a mim e disse:
-É tudo culpa sua. É tudo culpa sua!
Ela então pegava a faca e cortava a sua jugular interna assim se matando e me deixando sozinha na sala de estar.
Acordei com batidas na porta, meus olhos estão vermelhos de chorar, vou até a porta com pijama e atendo, é a policia e eles querem provavelmente ver a cena e fazer perguntas, Abro a porta e eles dizem:
-Bom dia senhorita... Er qual o seu nome mesmo?
Eu estou ainda triste, mas respondo:
-Clarice, querem entrar certo?
Eles entram, uma equipe de cinco, dois ficam ali comigo enquanto os outros vão até a cena, lá da área dos fundos um pergunta:
-Você não limpou a cena por quê
Aquela pergunta era dura para mim, mas fui forte e respondi.
-No passado meus pais morreram aqui nessa casa, não pude limpara para que eles analisassema cena, mesmo que o assassino estava claro quem era.
O policial ficou quieto e os 2 que estavam ali Comigo se sentaram e um dos dois falou:
-Vou fazer algumas perguntas, 1° pergunta é: Onde você estava antes de encontra-lo? E você tem algum álibi?
Eu respondo meio triste:
-Eu estava voltando para casa com um amigo, John é o nome dele, mas eu não sei seu sobrenome.
Um dos guardas anotava tudo e o outro continuou:
-O que você era de Henry Marow?
-Eu sou a amiga dele, nos conhecemos há pouco tempo, mas ele e o irmão dele são os únicos amigos que eu tenho depois da Alice.
O policial olha para o resto da casa e fala:
-Triste o que aconteceu a você naquela época, tenha certeza que trancara a porta bem.
O Policial se levanta e vai até os outros três, eu vou até a cozinha fazer o café, e então vou até meu quarto voltar a dormir.