Obscuridade dentro de mim...

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Doce morte, procuras-me ansiosamente, para o meu dia enterrares. Desejas roubar-me o ar, que viva me mantém.
Tu sabes que da ninha vida já fazes parte. Alvo teu sou.
Todos os dias eu te vejo, entras em mim e arranhas dolorosamente o meu coração. Atormentas a minha cabeça. Pedes para acabar com as minhas veias. Atroz tentação.
Deixas-me duvidosa, acabo por me deixar levar. Tudo o que mata olha-me convictamente. Apanha-me! Tira-me do mundo! Nao me deixes viver!
Matas-me silenciosamente. O meu dia chegará, lágrimas de pranto serão deitadas. Tu e eu sorriremos lado a lado.
Haverá um sorriso de satisfação, prazer, tranquilidade. Serei mais leve e feliz.
O meu sofrimento é tenebroso, tétrico, diabólico, feroz.
Algo em mim está incorreto. O que fizeste ao meu meigo coração? Porque me tiraste o desejo de viver?
Nao existe nenhum amor no mundo que te faça mudar?
O meu medo faz-me suar, sufocar, gritar em mudo.
Atas-te uma corda à volta do meu pescoço. É aqui que o sangue escorreu. Tudo o que fui evaporou. Morreu.
Eu, Joana, morri silenciosamente. Em mudo.
Nao há amor que me trará de volta. Quem se apaixona por mim?
Morri. Sem me sentir amada.

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